ábio Assunção chega a uma nova etapa do tratamento contra as drogas. Livre do vício, ele virou uma espécie de conselheiro e exemplo para quem enfrenta o mesmo problema. Esse papel Fábio tem exercido até mesmo em seu ambiente de trabalho.
— Outras pessoas quebraram o anonimato falando comigo sobre isso. Muita gente, colegas de trabalho, vieram me pedir ajuda. É bom poder compartilhar com as pessoas — disse Fábio, no debate sobre a minissérie “Dalva e Herivelto”, anteontem, na Urca.
Ter exposto publicamente sua dependência química só fez o ator se aproximar ainda mais dos companheiros de cena. Ele se sentiu acolhido ao voltar às gravações, interpretando Herivelto Martins na trama que a Globo estreia em janeiro:
— Quando você não está bem, é impressionante o número de pessoas que vêm ficar do seu lado. Claro que existe gente que só está ali para compartilhar seu sucesso. Mas esses vão embora e um dia voltam.
Agora com a missão de ajudar quem convive com a dependência química, Fábio Assunção levará parte de sua experiência pessoal para as telas. Ele está escrevendo para o cinema uma história de amor com personagens que enfrentam o problema das drogas.
— Muita gente passa por isso e pode ter algum problema em assumir ou falar sobre esse problema. Para mim, pessoalmente, está encerrado, mas artisticamente ainda quero tocar no assunto — explica o ator.
Bronzeado e sorridente, já sem o bigode de Herivelto, Fábio vive mesmo uma nova fase. Mergulhar na vida do compositor e de Dalva de Oliveira também ajudou nisso:
— Eles foram muito humanos, eram gente de verdade. Essa humanidade foi transformadora para mim.