Depois de longa espera, chegaram ao Brasil as célebres câmeras fotográficas analógicas que passaram de instrumento de propaganda soviética a febre mundial depois de descobertas por jovens austríacos em viagem pela República Tcheca nos anos 1980. A Lomography, que hoje administra a marca de câmeras Lomo, inaugurou esta semana no Rio de Janeiro a primeira loja-galeria da América Latina, para felicidade dos adeptos da chamada lomografia.
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Prestes a completar 25 anos, as câmeras Lomo foram desenvolvidas na União Soviética na década de 1980 com o objetivo de abastecer as massas com um produto confiável e duradouro para a fotografia do dia-a-dia. A Lomo LC-A era uma câmera simples, pequena e automática, e grande parte do seu sucesso mundial se deve à lente Minitar 1, que captura imagens vívidas em grande angular. Sua capacidade inovadora de autoexposição, geralmente encontrada só em câmeras profissionais caras, permite que a Lomo funcione em todas as condições de luz e impressione com imagens noturnas cheias de infusões de luzes e cores.
Com a descoberta das câmeras pelos jovens austríacos e a explosão da procura pela Lomo-LCA, foi fundada a Lomographic Society, em Viena, em 1992, com o objetivo de difundir a lomografia em todo o mundo.
Exposições, "embaixadas lomo", festas, workshops e turnês começaram a influenciar e converter o maior número possível de participantes para o estilo de vida lomográfico.
Nessa época foram criadas as "dez regras de ouro da lomografia", que incluem dicas de como fotografar sem olhar no visor e não deixar que a Lomografia interfira em sua vida mas faça parte dela.
Depois de altas e baixas na produção da câmera na Rússia, a LC-A parou de ser fabricada. Para não deixar órfãos os milhares de adeptos em todo o mundo, uma parceria entre a Lomographic Society e a Colibri Manufactures, permitiu que uma nova versão da Lomo fosse produzida na China, a Lomo LC-A+, um modelo que apresenta todas as qualidades características da sua ancestral e adiciona novas funções e melhorias.
Agora no Brasil
A nova loja-galeria no Rio de Janeiro pretende ser um ponto de encontro de lomógrafos do Brasil e do exterior, e vai abrigar workshops sobre câmeras e técnicas de fotografia analógica, palestras com convidados especiais e jornadas lomográficas, em que os convidados poderão utilizar as câmeras para desfrutar de uma experiência no universo da lomografia.
Um dos destaques do novo espaço é o mural gigante composto por 300 fotos do Brasil feitas por adeptos da lomografia do mundo todo e escolhidas a dedo por meio de um concurso internacional.
Além da nova LCA, a Lomographic desenvolveu uma série de outros produtos amparados nos preceitos lomográficos, como a Fisheye, uma câmera compacta 35mm que permite tirar fotos em 170 graus, comprimindo tudo ao seu redor numa imagem circular.
Já a multi-lentes SuperSampler produz quatro fotos panorâmicas sequenciais em uma única foto repleta de ação. Para quem gosta de brincar com as cores, foi criada a Colorsplash Camera, cujo sistema de colorwheel (carrossel de cores) possibilita escolher o tom do flash.
Outra câmera bastante procurada pelo público é a Diana +, uma reedição fiel, mas com novos recursos, da câmera Diana, lenda cult no começo dos anos 1960.
Confira abaixo as 10 regras de ouro da Lomografia:
1 - Leve sua Lomo sempre com você
2 - Use quando quiser - dia ou noite
3- A Lomografia não interfere na sua vida, faz parte dela
4 - Fotografe sem olha no visor
5 - Aproxime-se o máximo possível do objeto lomográfico desejado
6 - Não pense
7 - Seja rápido
8 - Você não precisa saber antecipadamente o que fotografou
9 - Nem depois
10 - Não se preocupe com as regras.
Redação Terra
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