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terça-feira, 14 de abril de 2009

Um ano após prisão, Cabrini ganha programa na Record

16/04/2008 - 10h59
Cabrini é transferido para 13º DP e diz que é "vítima de armação"



Ricardo Feltrin
Colunista do UOL
O jornalista e apresentador Roberto Cabrini estreia à frente de um novo programa jornalístico no próximo domingo, após a revista semanal "Domingo Espetacular".

O "Repórter Record Especial" conta com equipe de 20 pessoas e Cabrini estreia exibindo bastidores do tráfico de crianças no Suriname. O programa será semanal e terá cerca de uma hora de duração. O objetivo é fazer apenas pautas exclusivas, no estilo "60 Minutos", da rede norte-americana CBS.

O anúncio põe fim aos rumores de que o jornalista estava subaproveitado, ou que havia caído em desgraça na emissora depois que, exatamente um ano atrás, foi preso (em 15 de abril de 2008) sob acusação de portar drogas em uma favela de São Paulo.

A defesa de Cabrini defendeu que a droga foi "plantada". Disse ainda que o jornalista estava fazendo matéria investigativa sobre o tráfico de drogas em São Paulo, e que ele vinha sendo ameaçado por traficantes.

Segundo a Central Record de Comunicação, a escolha de Cabrini mostra que ele está "prestigiado" junto à direção, e que esta confia nele "o suficiente" para lhe dar um programa que tem "o nome e a cara" da própria emissora.

Com cerca de 30 anos de jornalismo, Cabrini iniciou a carreira profissional em rádio, foi correspondente internacional da Globo e venceu vários prêmios, como o Líbero Badaró (98) e o da APCA (95).

25/04/2008

Cabrini, da Record, vai para a África


Roberto Cabrini visitará países da África, na próxima semana, onde fará gravações para a Record. Ele deve ficar duas semanas fora. A emissora diz que não foi uma viagem decidida em cima da hora, que já estava programada. Nesta semana, Cabrini deve entrar no ar, no "Domingo Espetacular", apresentando reportagens prontas, do canal Discovery, compradas com exclusividade pela Record.




16/04/2008 - 10h59
Cabrini é transferido para 13º DP e diz que é "vítima de armação"



DAYANNE MIKEVIS
MIGUEL ARCANJO PRADO
da Folha Online

O jornalista da Record Roberto Cabrini, 47, detido na noite de ontem em São Paulo, foi transferido na manhã desta quarta-feira (16) do 100º Distrito Policial, no bairro Jardim Herculano (zona sul), para o 13º DP, no bairro Casa Verde (zona norte), informou a assessoria da Polícia Civil.

Flávio Florido/Folha Imagem
16-05-2003/São Paulo/Flávio Florido-Folha imagem/O apresentador do Jornal da Noite, Roberto Cabrini, posa para fotos no estúdio da TV Bandeirantes. TVFolha
Indiciado por tráfico de entorpecentes, Roberto Cabrini foi transferido para 13º DP

A Polícia Civil confirmou ainda à Folha Online que Cabrini foi indiciado por tráfico de entorpecentes. Ainda de acordo com o órgão, o jornalista foi preso em flagrante, às 18h45 de ontem, quando seu carro estava parado em frente a uma padaria na rua Deocleciano de Oliveira Filho, no Parque Santo Antônio, região sul de São Paulo.

A Polícia Civil diz que o carro de Cabrini parecia suspeito e que policiais responsáveis pela investigação do tráfico de drogas na região resolveram fazer a abordagem e encontraram dez papelotes de cocaína no porta-luvas do veículo do jornalista. No momento da prisão, Cabrini estava acompanhado de uma mulher, cujo nome não foi revelado.

A mulher também foi encaminhada à delegacia. Ela depôs na condição de testemunha e depois foi liberada. Segundo a Polícia Civil, não há previsão para a soltura do jornalista.

A Record informou que vai se pronunciar oficialmente sobre o caso nas próximas horas.

Armação

Cabrini disse, em carta enviada à imprensa, que é "vítima de armação". O bilhete, escrito à mão pelo jornalista, foi entregue pelo repórter Carlos Cavalcanti (do extinto "Aqui Agora"), que é amigo de Cabrini, a jornalistas que estavam no 100º Distrito Policial, no bairro Jardim Herculano, na madrugada de hoje, antes da transferência do jornalista.

Na carta, Cabrini diz: "Estou sendo vítima de uma armação, em virtude de estar investigando assuntos que incomodam a muitas pessoas". O jornalista ainda afirmou que vai proteger suas fontes. "Apesar de tudo, comunico que sempre protegi e protegerei minhas fontes, afinal, considero o respeito entre fonte e jornalista um dos princípios mais sagrados da minha profissão", escreveu.

Ainda de acordo com Cabrini, ele investigava um caso antigo, de uma entrevista feita com o líder do PCC. "Jamais parei de investigar e, apesar das inúmeras pressões, sempre tive certeza da autenticidade da entrevista que efetuei em maio de 2006 com o líder da facção, Marcos Camacho", afirma na carta. O jornalista conta que uma fonte lhe procurou para entregar fitas relacionadas ao caso. "Neste material, o líder confirma a autenticidade da entrevista e fala sobre os fatos que envolveram os ataques de 2006."

O jornalista disse que havia assistido a 40 segundos dessa gravação e que fontes do PCC disseram que só dariam esclarecimentos sobre o que aconteceu durante os ataques após garantirem que a revelação não prejudicasse vários detentos. Segundo Cabrini, três DVDs seriam entregues a ele no encontro de ontem. "Ao invés de receber fitas, houve, sim, uma abordagem policial." Ele não explicou de quem era a cocaína que a polícia afirma ter encontrado em seu carro.




03/04/2008 - 16h36

Defesa estuda pedido de habeas corpus para pai e madrasta de Isabella


da Folha Online
Colaboração para a Folha de S.Paulo

A defesa de Alexandre Nardoni, 29, e Anna Carolina Trotta Peixoto Jatobá, 24 --pai e madrasta da menina Isabella Oliveira Nardoni, 5-- analisa o inquérito do caso para um possível pedido de habeas corpus em favor do casal. Ontem (2), a Justiça decretou a prisão de ambos e o sigilo no inquérito policial.

A menina foi encontrada com parada cardiorrespiratória no jardim do prédio onde mora o pai, na região do Carandiru (zona norte da cidade), no final da noite do último sábado (29). Segundo o pai, ela teria sido jogada do sexto andar do edifício, supostamente, por algum desafeto seu.

"Estamos analisando os detalhes [do inquérito]", disse Jairo Neves de Souza, que se apresentou como representante do casal.

Após ouvir vizinhos e a mãe da menina, Ana Carolina Cunha de Oliveira, a Polícia Civil pediu a prisão do casal. Na terça-feira (1º), os advogados de Nardoni e da atual mulher dele afirmaram que ambos são inocentes.

Hoje, o casal decidiu falar pela primeira vez, segundo cartas exibidas pela TV Record. A emissora afirma que as cartas, escritas de próprio punho, foram enviadas ao repórter Roberto Cabrini durante a madrugada e tiveram a autenticidade comprovada pela equipe de jornalismo.

"Nós não tínhamos feito nenhuma declaração ainda porque acreditávamos que o caso seria solucionado", diz um trecho. "Somos inocentes e a verdade sempre prevalecerá", afirma Jatobá na carta.

Simulação

Uma boneca foi usada pelos peritos da polícia na noite de quarta-feira (2) para simular o local onde a menina foi encontrada. O brinquedo foi colocado em dois pontos do jardim do prédio --onde não havia ângulo para uma queda da janela e, depois, em um local onde ela poderia ter caído pela tela cortada.

Os peritos chegaram à rua Santa Leocádia às 19h, levando um equipamento (chamado luminol) que contém uma substância que detecta manchas, como de sangue, mesmo após lavagem. Ele foi usado na garagem e no carro. Os advogados do pai e da madrasta chegaram às 21h e acompanharam os peritos.



03/04/2008 - 12h54




Me condenam por algo que não fiz", diz pai de Isabella em carta à TV; leia íntegra

"Me condenam por algo que não fiz", diz pai de Isabella em carta à TV; leia íntegra





Com a prisão decretada, Alexandre Nardoni, 29, e Anna Carolina Trotta Peixoto Jatobá, 24 --pai e madrasta da menina Isabella Oliveira Nardoni, 5, que morreu no final da noite do último sábado (29), decidiram falar sobre o caso pela primeira vez, segundo cartas exibidas nesta quinta-feira pela TV Record.

A emissora afirma que as cartas, escritas de próprio punho, foram enviadas ao repórter Roberto Cabrini durante a madrugada e tiveram a autenticidade comprovada pela equipe de jornalismo.

Nardoni diz que seu "mundo acabou" com a morte da filha e que está sendo condenado por algo que não fez.

"Nós não tínhamos feito nenhuma declaração ainda porque acreditávamos que o caso seria solucionado", diz um trecho. "Somos inocentes e a verdade sempre prevalecerá", afirma Jatobá.

Isabella foi encontrada com parada cardiorrespiratória no jardim do prédio onde mora o pai, na região do Carandiru, zona norte da cidade. De acordo com ele, a menina teria sido jogada do sexto andar do edifício, supostamente, por algum desafeto seu. A prisão de Nardoni e da atual mulher dele foi decretada ontem (2).

Cartas

Confira a carta escrita por Nardoni, segundo divulgado pela Record:

"Eu, como pai de três filhos, posso dizer sem dúvida uma coisa, que a Isabella é o maior tesouro da minha vida. Tenho outros filhos meninos, mas a minha menininha era a princesa da casa. A Isabella sempre foi muito carinhosa comigo e com os irmãos dela. Costumava dizer que era a mamãe do meu filho mais novo, o Cauã, e defendia o do meio, o Pietro, acima de tudo.

Quando me dei conta que tinha perdido a Isabella, senti naquele momento que meu mundo acabou. Não sei como caminhar. Todos estão me julgando sem ao menos me conhecer, não faria isto com ninguém muito menos com minha filha. Amo a Isabella incondicionalmente e prometi a ela, em frente a seu caixão, que enquanto vivo não sossego, até encontrar este monstro. Tiraram a vida de minha princesa de uma maneira trágica e não me permitem sentir falta dela, pois me condenam por algo que não fiz. Minha filha, como os irmãos dela, são tudo na minha vida, estou sem rumo.

Mas confio que Deus me dará forças para vencer esses obstáculos, mostrando o caminho certo para a justiça. Quero minha filha bem, em paz e tenho plena certeza e consciência tranqüila do amor que tenho por ela. Pois por mais que me julguem, só eu e minha filhinha sabemos a dor que estamos sentindo. E o mais importante é que Isa sabe o pai que fui para ela.

Minha mãe está a base de calmantes por falta do nosso botão de rosa, como ela diz. Meu pai chora quando lembra dela e quando assiste a cada reportagem. Minha irmã e minha mãe choram pelo que estão fazendo.

Tenho muito mais a dizer, mas espero que um dia me escutem como um pai que sofre por sua filha e não como um monstro que não sou. Nós não tínhamos feito nenhuma declaração ainda porque acreditávamos que o caso seria solucionado. Nós não somos os culpados e ainda encontrarão o culpado. Dessa forma não precisaríamos mostrar a nossa imagem porque o nosso sofrimento é muito grande, só que nos acusam. Queremos mostrar o que realmente estamos sentindo. A verdade sempre prevalecerá".

Leia a carta escrita por Anna Carolina, de acordo com a emissora:

"Sei que a palavra madrasta pesa ao ouvido dos outros, mas para a Isa sei que eu era a tia Carol. Amo ela como amo os meus filhos. Tenho minha consciência tranqüila do carinho que sempre a tratei. Ela adorava me ajudar a cuidar dos irmãos e até ensinou o mais novo a andar. Ele trocava meu colo para ficar com ela.

O Pietro chamava a Isa todos os dias e só passou a ir a escola quando a Isa estudava lá. Adorava fazer de tudo para agradá-lo. Ela e o Pietro ligavam sempre para que eu os buscasse. Brincávamos ela, eu e o Pietro de musiquinha, ciranda e de casinha.

Eu, o Alexandre e minha sogra fizemos o quarto dela como ela sempre sonhou. Compramos o baú da Hello Kitty. Ela adorava as Princesas da Disney e compramos um abajur. Mas acima de tudo isso o carinho era o que mais contava. Então o que tenho a dizer é que a Isabella era tudo para todos nós. Tenho fé que encontraremos quem fez esta crueldade com nossa pequena. Não tínhamos dado nenhuma declaração porque acreditávamos que o caso seria solucionado. Somos inocentes e a verdade sempre prevalecerá".

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