Médicos nos Estados Unidos anunciaram o nascimento de uma menina concebida por meio de fertilização in vitro (FIV) usando sêmen que ficou congelado durante 21 anos.
O pai do bebê, Chris Biblis, hoje com 38 anos de idade, recebeu tratamento para leucemia entre os 13 e os 18 anos. Aos 16, antes de ser submetido a sessões de radioterapia, Biblis foi aconselhado a congelar seu sêmen, uma prática pouco comum na época.
Os especialistas responsáveis, de uma clínica em Charlotte, na Carolina do Norte, acreditam que o intervalo de 22 anos entre o congelamento do sêmen, em 1986, e a concepção, em 2008, seja o mais longo já registrado.
Apenas 35% dos espermatozoides do pai eram saudáveis, o que significa que o método de FIV convencional - em que o esperma e os óvulos são misturados no laboratório para que a fertilização ocorra espontaneamente - oferecia menos chances de sucesso.
A técnica usada para fertilizar o óvulo extraído da esposa de Biblis, a injeção intracitoplasmática de espermatozoides (intracytoplasmic sperm injection, ou ICSI, na sigla em inglês), foi usada pela pela primeira vez em 1992.
Nela, os especialistas selecionam um espermatozoide saudável e o injetam no óvulo, aumentando a probabilidade de concepção. Após a fecundação, o ovo é colocado no útero da mãe.
Chris Biblis, clinicamente livre da leucemia há 20 anos, e sua mulher Melodie, de 33, decidiram fazer o tratamento em maio de 2008.
O médico responsável, Richard L.Wing, do grupo Reproductive Endocrinology Associates of Charlotte (REACH), disse:
"Eles alcançaram a gravidez no primeiro ciclo de injeção intracitoplasmática de espermatozóides, usada em conjunção com a FIV".
"Hoje, esse é um procedimento de rotina para (o tratamento da) infertilidade masculina, usando os óvulos dela e o sêmen congelado".
Stella Biblis nasceu com ótima saúde no dia 4 de março.
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