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terça-feira, 14 de abril de 2009

Novo advogado assume a defesa do casal Nardoni

4/04/09 - 12h00 - Atualizado em 14/04/09 - 12h25


Roberto Podval entrou no caso de Alexandre e Anna Carolina na segunda.
Advogado pretende visitar o casal na prisão ainda esta semana.

Juliana Cardilli Do G1, em São Paulo




O advogado criminalista Roberto Podval assumiu na segunda-feira (13) a defesa do casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, acusados da morte da menina Isabella Nardoni, de 5 anos, em março de 2008. Segundo o advogado, ele foi procurado pela família Nardoni e pretende estudar todo o processo até a próxima semana para definir qual será a nova estratégia da defesa.

“Vamos levar uma semana, dez dias, para ler todo o processo. Só depois disso vamos definir qual será o caminho”, disse Podval ao G1 na manhã desta terça-feira (14). O advogado ainda não se encontrou com seus novos clientes, mas afirmou que pretende visitá-los nos presídios de Tremembé, a 147 km de São Paulo, ainda esta semana. “A ideia é tentar estar com eles esta semana. Mas a prioridade é estudar o processo”.

Podval também afirmou que ainda não é possível definir se a defesa irá entrar com um novo habeas corpus para o casal. “Não posso falar se vou entrar com um novo [habeas corpus]. Estou lendo o processo para ver o que tem e decidir se uso o que já foi feito ou faço algo novo”, explicou.



A menina Isabella morreu no dia 29 de março de 2008, após cair do 6º andar do edifício London, na Zona Norte de São Paulo, onde morava seu pai, Alexandre, e sua madrasta, Anna Carolina. Ela havia acabado de chegar ao local acompanhada deles e dos dois irmãos


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Antes de Podval, o casal Nardoni era defendido pela equipe do advogado Marco Polo Levorin. À reportagem do G1, o advogado afirmou que deixou o caso por “divergências profissionais, relacionadas ao processo, que se alongaram”. Levorin não quis comentar mais detalhes sobre sua saída, mas disse ter feito seu trabalho adequadamente. “Concluímos uma etapa do processo, nosso trabalho foi feito”, afirmou.

O G1 tentou entrar em contato com a família de Alexandre Nardoni para comentar o assunto, mas não teve resposta até a publicação desta reportagem.

Júri popular

Em março, desembargadores da 4ª Câmara do Tribunal de Justiça de São Paulo negaram o recurso apresentado pela defesa do casal para evitar o júri popular e mantiveram a decisão do juiz Maurício Fossen, do 2º Tribunal do Júri de Santana, na Zona Norte da capital paulista. A expectativa é de que o júri ocorra no segundo semestre deste ano.

Anteriormente, a defesa do casal já havia sofrido sucessivas derrotas relativas a habeas corpus e recursos decididos pela Justiça paulista, o Superior Tribunal de Justiça e o Supremo Tribunal Federal.

Clientes famosos

Antes de assumir a defesa de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, Roberto Podval já havia defendido clientes em casos bastante expostos na mídia. Ele fez parte da defesa do ex-cirurgião plástico Farah Jorge Farah, condenado a 13 anos de prisão em abril de 2008 pelo assassinato e do esquartejamento de sua paciente e ex-amante, Maria do Carmo Alves. O crime ocorreu em 2003.

Durante o julgamento, Podval insistiu para que o réu fosse julgado exclusivamente pelo crime que cometeu, que seria o homicídio, com todos os atenuantes referentes a esta acusação, como o da legítima defesa. Ele também pediu aos jurados que levassem em conta o fato de Farah ter sido levado a um suposto descontrole emocional devido ao assédio da vítima na ocasião.

Antes disso, Podval também defendeu o iraniano Kia Joorabchian, ex-presidente da empresa MSI, que tinha participação direta na gestão do Sport Clube Corinthians Paulista. Joorabchian foi acusado de lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.


O advogado também representa Denise Abreu, ex-diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Em janeiro, a juíza Paula Mantovani Avelino, da 1ª Vara Federal Criminal de São Paulo, aceitou a denúncia do Ministério Público Federal contra Denise Abreu por crime de fraude processual.

Ela responderia a processo por ter apresentado à desembargadora Cecília Marcondes, também do TRF, um estudo sem valor legal da Anac como se fosse uma norma, que tem poder de lei – o estudo iria garantir, em tese, a segurança nas operações de pouso no Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul de São Paulo.
Entretanto, em abril, o desembargador federal Luiz Stefanini, do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, em São Paulo, suspendeu provisoriamente o processo, concedendo liminar em habeas corpus à ex-dirigente da Anac.

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