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domingo, 5 de abril de 2009

Polícia identifica brasileiro entre vítimas de massacre nos EUA

da Folha Online

Atualizado às 17h51.

Um brasileiro está entre as 13 pessoas que foram mortas no ataque a um prédio de uma instituição de atendimento a imigrantes que aconteceu nesta sexta-feira (3), na cidade de Binghamton, no Estado americano de Nova York. A informação foi confirmada pela polícia local, neste domingo.

Reprodução
Foto de Almir Olimpio Alves publicada no site do CNPQ, onde tem o currículo do professor
Foto de Almir Olimpio Alves publicada no site do CNPQ, onde tem o currículo do professor

O diplomata Gustavo Chadid, do Consulado-Geral do Brasil em Nova York, informou à Folha Online que não foi oficialmente notificado pela polícia de Binghamton, mas que uma amiga do brasileiro ligou para a instituição notificando a morte e informando que o nome dele era Almir Olimpio Alves, que ele tinha 43 anos e que era nascido em Moreno (PE).

Por telefone, a reportagem não conseguiu contato com o Itamaraty.

Segundo Chadid, a mesma amiga disse ainda que o brasileiro era professor da Universidade de Pernambuco (UPE) e estava nos EUA desde setembro de 2008 para fazer um curso de inglês de um ano e que, depois, voltaria ao Brasil.

O massacre foi o pior registrado nos Estados Unidos desde que um jovem matou 32 pessoas na Universidade Virginia Tech, em 16 de abril de 2007.

Reuters
Jiverly Voong, 42, teria matado por causa de desemprego e dificuldade de aprender inglês
Jiverly Voong, 42, teria matado por causa de desemprego e dificuldade de aprender inglês

O crime aconteceu no final da manhã de sexta-feira. O vietnamita Jiverly Voong, 42, que é apontado pela polícia como autor do crime, bloqueou a porta dos fundos do prédio com um carro, para evitar que as vítimas fugissem, e depois invadiu o saguão principal e atirou nas duas recepcionistas. Uma morreu na hora, mas a segunda fingiu estar morta e, logo depois, conseguiu se arrastar até a própria mesa e, por telefone, avisar a polícia.

Em dois minutos, os primeiros policiais chegaram ao local. O cerco levou aproximadamente cinco horas. Foi o tempo necessário para que todas as pessoas --escondidas-- deixassem o prédio. "Podemos dizer com certeza que ninguém foi baleado depois que a polícia chegou", afirmou o promotor Gerald F. Mollen. "Nenhuma vida teria sido salva caso a polícia tivesse entrado no prédio no primeiro minuto."

Mike Groll/AP
Policiais e peritos examinam prédio que foi palco de massacre na cidade de Binghamton (EUA) nesta sexta-feira; veja mais imagens
Policiais e peritos examinam prédio que foi palco de massacre na cidade de Binghamton (EUA) nesta sexta-feira; veja mais imagens

Conforme o prefeito de Binghamton, Matthew Ryan, a principal suspeita é a de que Voong tenha cometido o massacre porque estava deprimido por ter perdido o emprego na IBM e frustrado por não conseguir aprender inglês.

Em seu site, a organização atacada, chamada Associação Cívica Americana, afirma ajudar imigrantes e refugiados com aconselhamento, reorganização, cidadania e união familiar com uma equipe de intérpretes e tradutores. A instituição também atende casos de emergência, inclusive brigas, fome ou falta de moradia.

Binghamton está localizada na junção entre os rios Susquehanna e Chenango, sul do Estado de Nova York, e tem cerca de 47 mil habitantes.

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