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domingo, 5 de abril de 2009

PCP


(FENCICLIDINA OU PENICICLIDINA)


Considerado o mais perigoso dos alucinógenos; droga sintética criada em 1963 com finalidades anestésica e analgésica recebeu o nome de Sernyl®.

Seu uso em seres humanos foi descontinuado em 1965, pois os pacientes freqüentemente se mostravam agitados, delirantes e desorientados enquanto se recuperavam de seus efeitos analgésicos.

Começou a ser usado como droga de rua nos anos 60, com o nome de Peace Pill, se tornou popular após o declínio do uso do LSD.

EPIDEMIOLOGIA

  • Não foram encontrados dados epidemiológicos no Brasil.

CLASSIFICAÇÃO (5)

  • É classificada como uma droga psicodélica anestésica.

NOMES POPULARES (4,5)

Cristal

Pó de anjo

Tranqüilizante de elefante

Ciclone

Cadilac.

TIPOS DE PREPARAÇÃO (4,5)

O PCP é um pó branco e cristalino que se dissolve facilmente em água e álcool;

Pode ser misturado a corantes e por isso apresentar uma variedade de cores e formas (cápsulas, tabletes, pós-coloridos);

Possui sabor químico e amargo;

É vendido na forma de cristais, que podem ser misturados a folhas de hortelã e fumados com tabaco e maconha. Nesta forma apresentam concentração que variam de 50 a 100%.

MODO DE USO (1,4,5)

• Pode ser usado de diferentes maneiras:

* Via intravenosa;

* Inalação;

* Aspiração

* Ingestão (via oral)

Quando fumada pode ser misturada a folhas de plantas (menta, salsa, orégano e maconha).

FARMACOCINÉTICA (5)

Apresenta boa absorção quando fumado ou ingerido oralmente - Fumado: pico de efeito é em 15 minutos. Ingerido oralmente: absorção oral é mais lenta, níveis sanguíneos máximos não são atingidos antes de 2 horas após a ingestão;

Passa rapidamente do intestino para o plasma, sendo distribuído pelo corpo e voltando ao intestino, onde é novamente reabsorvido;

É metabolizado no fígado e seus metabólitos são excretados na urina;

Meia-vida é de 18 horas (podendo variar devido a reabsorção).

MECANISMO DE AÇÃO (5)

Principal sítio de ação do PCP é no SNC nos receptores NMDA. Pacientes esquizofrênicos relatam reduzida atividade do receptor nicotínico, níveis elevados de dopamina e comprometimento na função do sistema límbico do canal de potássio. Essas ações contribuem para as propriedades psicotogênicas do PCP;

Sua maior ação é um antagonismo não-competitivo do receptor NMDA. O antagonismo é dose-dependente;

PCP também inibe canais iônicos: -sódio voltagem dependente, - canais de potássio, - receptores nicotínicos de acetil colina;

Atua em proteínas de membrana produzindo antagonismo do receptor sigma (receptor opióide).

EFEITOS (2,4,5)

Provoca anestesia dissociativa, isto é, deprime os centros nervosos responsáveis pela dor e impede que a percepção corporal chegue às funções cerebrais;

O PCP não produz alucinações verdadeiras como LSD;

Os efeitos duram entre 2 e 48 horas e são dose-dependentes.

Agudos

Efeitos físicos (doses baixas - 5 a 10 mg)

Aumento da freqüência cardíaca;

Aumento da freqüência respiratória;

Elevação da pressão arterial;

Rubor facial;

Suor profuso (excessivo);

Diminuição da sensibilidade das extremidades (formigamento);

Perda da coordenação;

Relaxamento.

Efeitos psíquicos (doses baixas - 5 a 10 mg)

Dissociação psicofísica (fuga da realidade, "sair do ar");

Desinibição;

Distorção das mensagens sensoriais;

Sensação de flutuar no espaço;

Alucinações;

Euforia;

Sensação de força, poder e invulnerabilidade.

Efeitos físicos (doses elevadas)

- Doses elevadas implicam na ativação do Sistema Nervoso Simpático, o que causa sintomas característicos.

Redução da pressão arterial, da freqüência cardíaca (depressão cardiovascular) e respiratória;

Taquicardia.

Estes sintomas podem ser acompanhados de:

* Náuseas;

* Vômito;

* Visão borrada;

* Movimentos rápidos dos olhos;

* Salivação excessiva;

* Perda de equilíbrio;

* Vertigem (tontura);

* Convulsão;

* Coma;

* Morte (resultado de ferimentos, acidentes durante o efeito).

Efeitos psíquicos (doses elevadas)

Sentimentos de força, poder;

Efeito de entorpecimento (diminuição da dor, enfraquecimento);

Os sintomas resultantes de doses elevadas podem ser comparados aos da esquizofrenia e incluem:

* Delírio;

* Alucinação;

* Paranóia;

* Pensamento desordenado

* Sensação de distanciamento do ambiente;

* Catatonia (perturbação psicomotora), esse estado psicótico pode desaparecer lentamente, conforme os níveis da droga vão declinado, algumas vezes pode permanecer semanas e requer internação;

* Fala limitada e incompreensível.

Crônicos

Efeitos físicos

Lapsos de memória;

Dificuldades com a fala e pensamento;

Perda de peso;

Desordens psicomotoras

Efeitos psíquicos

Depressão;

Transtornos emocionais (psicose, etc.);

Comportamentos violentos e agressivos (devidos a esses episódios, ganhou a reputação de droga violenta);

Estes sintomas podem persistir por até um ano depois de deixar de usar a droga.

ABUSO (5)

  • O abuso do PCP ocorre devido aos efeitos alucinógenos e psicotrópicos que ele produz.

TOLERÂNCIA (1, 5)

  • O uso diário implica no desenvolvimento de tolerância.

DEPENDÊNCIA (1,5)

Quando utilizado diariamente, há evidência de dependência; [5]

Provoca dependência psicológica e não existem registros de dependência física. [1]

SÍNDROME DE ABSTINÊNCIA (5)

  • Quando usado diariamente, produz sintomas de abstinência.

EFEITOS NA GESTAÇÃO (2)

O PCP atravessa a placenta e se encontra presente no leite materno.

Doses altas podem provocar o nascimento de fetos com anormalidades, como displasias (desenvolvimento anormal) esqueléticas e fenda palatina (malformação facial que afeta o céu da boca, com um sulco que pode se estender até a arcada dentária).

• As anormalidades que podem aparecer nos fetos são:

* Crescimento facial assimétrico;

* Espasmos persistentes;

* Microcefalia;

Hipoplasia (crescimento insuficiente) do nervo óptico;

São observados também anomalias congênitas no sistema cardiovascular, respiratório, urinário e músculo-esquelético.

TRATAMENTO (5)

Como o PCP é uma droga que sofre reabsorção intestinal retornando ao estômago várias vezes, o tratamento para uma overdose pode incluir a administração de carvão ativado, que se ligará ao PCP, diminuindo assim sua toxicidade;

• O uso de qualquer tipo de alucinógeno implica em quadros ansiosos e de pânico, que são controlados com reasseguramento e orientação voltada

para a realidade, colocando o indivíduo num ambiente tranqüilo (para diminuir os estímulos sensoriais);

Sintomas mais intensos são controlados com a administração de benzodiazepínicos ou neurolépticos;

Convulsões são tratadas com aporte de oxigênio e diazepam endovenoso;

Hipertensão, taquicardia, hipertermia têm prescrições especifícas.

EXAMES PARA DETECÇÃO DA DROGA NO ORGANISMO

  • Não foi encontrado dados.

INFORMAÇÕES ADICIONAIS (4)

  • O PCP vem sendo utilizado em roedores por produzir mudanças comportamentais, efeitos metabólicos e neuroquímicos semelhantes daqueles que ocorrem em pacientes equizofrênicos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. FUCHS, Flávio Danni; WANNMACHER, Lenita; FERREIRA, Maria Beatriz

C. Farmacologia Clínica: Fundamentos da Terapêutica Racional. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004.

1 Christopher Dvorak, BA; Carrie L. McMahon, MS; Eugene Pergament. The effects of hallucinogen use during pregnancy. Northwestern Memorial Hospital and Northwestern University Medical School. Vol 8#2, Chicago. October 2000.

2 Brian J Morris, Susan M Cochran and Judith A Pratt. PCP: from pharmacology to modelling schizophrenia. Current opinion of pharmacology, 5(1):101-6. Scotland. Feb/2005.

3 NIDA (National Institute on Drug Abuse). PCP (phencyclidine). March/2005 Disponível em Acesso em 25 abril/2006.

4 Figlie, Neliana Buzi; Bordin, Selma; Larangeira, Ronaldo. Aconselhamento em Dependência Química. 1° Edição. São Paulo - SP: Editora Roca. 2004.

Autor: VIVAVOZ
Fonte: SISP

PCP

1-1-phenylcyclohexyl piperidine

Where did PCP come from?

PCP was developed in 1957 by the Parke-Davis Company as a general anesthetic and tested under the name of Sernyl. In clinical trials PCP produced a desired effect as an anesthetic. Unlike many of the common anesthetics still in use, PCP raised blood pressure and heart rate and strengthened respiration. It also produced a number of postoperative problems as well. When coming out of the anesthesia a large percentage of patients experienced “emergence phenomena” which produced delirium, delusions, visual disturbances and varying degrees of psychotic behavior. Today it is this same phenomena that attracts recreational drug users to PCP and it’s chemical cousin, Ketamine. After these trials, PCP was never marketed for human use. In 1967, Parke-Davis did introduce PCP to the veterinary industry as an anesthetic for large animals. In the late 1970’s the legitimate manufacture of PCP was discontinued. All of the PCP that is seen on the streets today in manufactured in clandestine labs.

What does PCP look like?

Since PCP in manufactured in clandestine labs with a variety of different chemicals under less than ideal conditions the color and look of PCP can vary. If all the impurities are removed during manufacture PCP is an odorless, bitter tasting white powder or clear liquid. On the street, PCP will usually be a tan to brown powder or liquid and has a strong chemical odor.

How is PCP ingested?

PCP can be smoked, snorted, injected or swallowed. When smoked or injected, the user feels the effects in a minute. When snorted is takes approximately two minutes for the effects to begin. If swallowed it usually takes between 20 to 60 minutes for the effects to be felt. Smoking is the preferred method of use by approximately 75% of PCP users. The most common method of smoking PCP is to soak a cigarette in liquid PCP. “Shermans” are a popular brand of cigarette for smoking PCP as is has a dark colored paper that conceals the liquid discoloration.

How is PCP packaged?

PCP is commonly sold in laced cigarettes ready for smoking as well as in powder and liquid form. PCP powder is usually packaged in aluminum foil or plastic bags. Liquid PCP is usually found in small glass vials, or jars.

What are the effects of PCP?

PCP is a dissociatve anesthetic, meaning that at lower doses the user is aware of what is happening but does not feel involved. They see themselves as an observer to their own actions. As an anesthetic, PCP causes insensitivity to pain.

At low doses PCP produces the following physical effects:

Flushing Numbness of extremities

Increased blood pressure Shallow rapid breathing

Increased heart rate Slurred speech

Involuntary eye movement Sweating

Loss of coordination.

At higher doses, the physical effects are much more pronounced. Those effects can include the following:

Blurred vision Decreased respiration Muscle rigidity

Catonic state Dizziness Nausea

Coma Fever Reduced sensitivity to pain

Decreased blood pressure Hypothermia Seizures

Decreased heart rage Increased salivation Vomiting

The mental effects of PCP vary from user to user and by the dosage. Some of the common mental effects are:

Agitation Euphoria

Altered sense of time Impaired judgment

Confusion Loss of concept of size and distance

Delirium Out of body sensations

Delusions Schizophrenic-like behavior

Crystal PCP

Crystal PCP

Brown PCP

Brown PCP

Liquid PCP

Liquid PCP & Sherman Cigarette



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