Bandidos trocaram tiros com vigia de empresa e foram presos; cúmplice ofereceu R$ 200 mil para libertá-los
Marcelo Godoy
Os assaltantes aproveitaram o momento de troca de turno da empresa de segurança para invadi-la. Dois dos criminosos seguiram um vigilante até o portão da Rua Mário Perdigão Coelho, no Jardim Cumbica, próximo do Aeroporto Internacional de São Paulo. Quando o segurança que controlava a entrada abriu para o colega, viu a aproximação dos dois homens, que sacaram revólveres. O segurança gritou para o colega sair da frente e atirou, baleando os dois assaltantes na barriga.
Um terceiro ladrão, que estava um pouco atrás, acabou detido por policiais militares da 1ª Companhia do 44º Batalhão. Ele estaria dando cobertura aos comparsas. Trata-se de Genivaldo Rodrigues de Oliveira, o Gê, de 37 anos, condenado a 23 anos de prisão pela Justiça sob a acusação de sequestro - ele estava foragido.
Outros bandidos que participariam do ataque conseguiram escapar. Um deles, segundo o soldado Marcos Aurélio de Souza, telefonou para o celular apreendido com Gê. O policial atendeu a ligação e o comparsa do assaltante ofereceu ao PM R$ 200 mil para que libertasse o criminoso. A oferta foi recusada pelos policiais, que levaram o assaltante para o 4º Distrito Policial de Guarulhos. Os outros dois acusados detidos, Helvércio Luis de Souza, de 42 anos, e Zênio Leandro de Souza, de 50, foram levados para um hospital da cidade.
Helvércio estava foragido desde que abandonara o regime semiaberto, em 2008. Zênio escapou de uma prisão semiaberta em janeiro deste ano. Os dois não corriam risco de morrer. Com os acusados, segundo o delegado Celso Valdir Marchiori, do 4º DP, foram apreendidos dois revólveres calibre 38.
O delegado decidiu autuar em flagrante os três pesos sob as acusações de tentativa de roubo, uso de identidade falsa e resistência. Ainda de acordo com ele, Gê se recusou a depor oficialmente na delegacia, afirmando que permaneceria calado.
Os PMs que o detiveram contaram que ele reconheceu fazer parte do PCC e afirmou que estava cumprindo uma ordem da facção. O objetivo do roubo era o arsenal da empresa, composto de escopetas, pistolas e coletes à prova de bala.
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