Clodovil Hernandes está em coma após sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC) |
Laryssa Borges
Direto de Brasília
Os médicos Allan Ricardo Coutinho Ferreira e Benicio Oton de Lima anunciaram na tarde desta segunda-feira que o deputado federal Clodovil Hernandes (PR-SP) teve uma parada cardiorrespiratória de cerca de cinco minutos por volta das 14h15, mas foi reanimado pela equipe médica.
Em coma profundo, o parlamentar corre o risco de ficar em estado vegetativo, avaliam os médicos do Hospital Santa Lúcia, onde o deputado está internado desde as 8h17, após ter sofrido um Acidente Vascular Cerebral (AVC). "O risco de seqüela é muito alto, capaz de não tocar uma vida útil. Possivelmente (ficará sem falar e andar)", explicou Benicio Oton de Lima.
Clodovil está sendo medicado, respira com a ajuda de aparelhos, mas não responde aos estímulos. "O exame neurológico piorou mais", completou Ferreira. "Peço a Deus que não tenha nenhuma intercorrência e que ele possa ter uma vida, apesar de os fatores trabalharem contra a gente".
"As chances de vir a acontecer o pior são altas. Ele está muito grave e em coma profundo", observou Ferreira.
"O que define a gravidade é o potencial de risco à vida. Esse risco pode acontecer a qualquer momento. Quer dizer que vai acontecer? Não (necessariamente). O quadro é muito grave. A hemorragia é muito extensa. Ele (pode) sair com vida, mas a taxa de mortalidade é muito alta", explicou o neurocirurgião Benicio Oton de Lima.
Na Escala Glasgow, que vai de três a 15 e mede o nível de consciência do paciente, o estado de Clodovil quando chegou ao hospital era qualificado como cinco. Quanto menor o número, mais grave é a situação do paciente. Nesta tarde, o parlamentar atingiu o patamar três.
Solidariedade
Assim que soube do estado de saúde do deputado, a diretora de televisão Marlene Mattos telefonou para o chefe de gabinete para saber notícias. Ao longo do dia, também mantiveram contato para se inteirar do quadro clínico de Clodovil o ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Arnaldo Versiani, que julgou um processo contra o parlamentar, além dos presidentes da Câmara dos Deputados, Michel Temer (PMDB-SP), e do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e do senador Arthur Virgílio (PSDB-AM).
"Ele não mantém contato com familiares. Está distanciado de todos. Os assessores têm sido como familiares", explicou a assessoria do deputado.
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