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terça-feira, 24 de março de 2009

Falhas de delegadas comprometem investigação de pedofilia


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Dom, 22 de Março de 2009 00:00
Em depoimento a Magno Malta, delegada Rosana Vanni admitiu que falhou

O promotores que investigam os crimes de pedofilia em Catanduva já perderam as esperanças de ver atrás das grades quatro dos oito suspeitos de integrar a suposta rede de crimes sexuais, incluindo a “banda rica”, o médico Wagner Rodrigo Brida Gonçalves e o empresário José Emanuel Volpon Diogo. Tudo por conta das graves falhas cometidas pelas delegadas Rosana Vanni e Maria Cecília de Castro Sanches, da Delegacia de Defesa da Mulher. Maria Cecília indiciou apenas o borracheiro José Barra Nova de Melo, ignorando a informação, dita por uma das 12 crianças ouvidas em depoimento, de que havia pelo menos mais um abusador. Ela também teria deixado de apurar quem eram os outros dois suspeitos que aparecem em uma fotografia anexada no inquérito. Foi preciso a instauração de uma nova investigação, por determinação da Justiça, para que a polícia descobrisse a identidade deles: André Luiz Centurion e Eduardo Augusto Arquino. A CPI disse na quinta-feira que as provas contra eles são frágeis.

Em 20 de fevereiro, Rosana avisou com antecedência o advogado do médico de que iria até a casa dele apreender a CPU (equipamento que armazena dados do computador). Quando ela chegou, o estabilizador e o monitor estavam ligados, mas a CPU já havia sumido. A delegada admitiu à CPI que errou. “Provas contundentes seriam as materiais. E pela demora em tomar providências após as denúncias das mães e pela atitude da doutora Rosana com relação à CPU, a gente sabe que, se tinha alguma coisa (de prova), já foi destruída. Agora, só por azar deles (suspeitos) conseguiremos recuperar alguma coisa”, disse Noemi Corrêa, que cuida das investigações. Outros promotores que trabalham nas investigações também estão pessimistas quanto à condenação do médico e o empresário. “Só se Deus nos ajudar a encontrar provas para comprovar a participação desses suspeitos nos crimes, caso contrário eles vão sair ilesos”, disse um deles. No dia da Operação Fênix, o promotor João Santa Terra havia dito que “o depoimento das crianças eram muitos ricos em detalhes, o que reforçava a suspeição contra os investigados.”

O Tribunal de Justiça chegou a informar que 30 crianças haviam reconhecido fotograficamente os quatro suspeitos. Mas para o senador Romeu Tuma (PTB-SP), relator da CPI, a prova material é que poderia dar forças às denúncias porque “o depoimento é a prostituta das provas.” Em razão do erro, que considera gravíssimo, a comissão vai representar contra a delegada na Corregedoria da Polícia Civil, que tem dois procedimentos abertos para apurar o caso. Noemi tem opinião parecida. “Sou realista. Nós estamos trabalhando, mas isso não significa que, lá na frente, teremos êxito em condenar os culpados. Estamos tentando salvar alguma coisa, (depois) das besteiras que foram feitas.” A promotora afirma perceber que que a defesa vai usar de “todos os subterfúgios legais, éticos e antiéticos, que puderem” para livrar o clientes da acusação Ela também afirmou, sem dar detalhes, que esses advogados querem que ela e a juíza Sueli Juarez Alonso sejam afastadas das investigações. O desânimo também atingiu a CPI da Pedofilia. O presidente da comissão, Magno Malta (PR-ES), afirmou que a atitude das delegadas vai resultar na impunidade dos culpados. Para ele, as delegadas foram condescendentes com os suspeios, já que facilitaram os trabalhos da defesa. “O primeiro inquérito foi mal feito e o segundo pior.”

Perícia
A pá de cal nas esperanças dos promotores veio com a análise do material apreendido na casa do médico. Os filmes e DVDs não incriminam o suspeito. De acordo com informações obtidas com exclusividade pelo Diário, o material recolhido pelos promotores do Gaeco refere-se apenas a jogos de videogame, não tendo qualquer relação com pornografia infantil. A única prova material são fotografias de saquinhos de sorvetes juju com bebida alcoólica no congelador da casa de Gonçalves. Os produtos não foram apreendidos pela delegada Rosana. Para o MP, essa prova pode ser a única que complique a situação do médico. Isso porque as crianças violentadas relatam que ingeriam líquidos e passavam mal. “Pode ser esses ‘jujus’ que elas chupavam”, dise o promotor. Um notebook que foi entregue pelo advogado do médico para a delegada Rosana ainda é periciado no Instituto de Criminalística (IC). O resultado deve ser divulgado nesta semana.

Outro lado
A delegada Rosana não quis se manifestar ontem sobre as acusações da CPI e do Ministério Público. “Não tenho nada a declarar”, afirmou por telefone. Maria Cecília não foi localizada. O advogado José Luís Oliveira Lima nega envolvimento do médico no caso. “Vou conseguir provar a inocência do meu cliente.” Com relação ao sumiço da CPU, o advogado disse que o equipamento havia sido enviado para conserto no dia da blitz policial. Os advogados dos demais suspeitos não foram localizados.


Sérgio Menezes
Casal, pais de vítimas de abuso sexual, presta depoimento à CPI da Pedofilia

CPI da Pedofilia volta a Brasília de mão vazia
A CPI da Pedofilia passou dois dias em Catanduva investigando a existência de uma suposta rede de crimes sexuais na cidade. Foram ouvidas 18 pessoas, incluindo seis dos oito suspeitos, delegadas, promotores e a juíza Sueli Juarez Alonso. Mas a comissão deixou o município sem cumprir sua principal meta: levantar provas contra os suspeitos. Se faltaram provas, sobraram momentos de palanque político, aulas de investigação, preconceito e gafes. Risos certos da plateia, composta de mães das vítimas, advogados e curiosos. “A CPI teve o mérito de mobilizar a sociedade e o poder público local para o problema. Mas não trouxe avanços do ponto de vista criminal”, disse a promotora Noemi Corrêa.

Outro representante do Ministério Público responsável pelas investigações cita mais um mérito da CPI: desmascarar as falhas cometidas pelas delegadas Maria Cecília de Castro Sanches e Rosana Vanni na condução dos inquéritos. Magno Malta (PR-ES), presidente da CPI, pediu várias vezes para um dos suspeitos, um adolescentes de 17 anos homossexual assumido, “falar grosso”. Perguntou se ele e o outro menor suspeito “batiam bola” e comentou o comportamento dele. “A Justiça fala que você é menino, mas não acho que você seja menino.” Perguntado pelos jornalistas se exagerou na inquirição, o senador irritou-se. “Não pego leve com ninguém. É uma maneira de dar a volta no cara”, afirmou.

Circo
No depoimento do borracheiro José Barra Nova de Melo, Malta leu trecho de depoimento do inquérito em que uma vítima narra as danças do borracheiro, nu com as crianças, ao som da banda Calypso. O senador pede então para Melo levantar-se. “Imaginem a cena”, diz. Risos fortes na plateia. Malta chegou a comentar as estratégias dos senadores para arrancar alguma contradição dos suspeitos. “Tem de saber fazer as perguntas certas, no momento certo.” Mas os próprios senadores escorregaram em alguns cuidados básicos. Minutos após advertir um depoente para não citar os nomes das crianças vítimas, José Nery (Psol-PA) citou por duas vezes o nome de uma menina abusada. Outro depoimento que provocou risos foi o de Solange Cristina Barison, namorada do empresário José Emanuel Volpon Diogo. Ele foi casado até o estouro do caso de pedofilia, mas mantinha um relacionamento com Solange desde 2002. Ela tentou criar um álibi para a presença da caminhonete de Diogo todos os dias na porta da escola onde estudavam as crianças abusadas. Disse que namoravam no local, próximo à casa dela.

As mães das vítimas ficaram indignadas, principalmente quando, no meio do depoimento, Solange comemorou a informação, dita por Malta, de que o empresário havia obtido habeas corpus no Tribunal de Justiça (TJ). Outro momento de revolta das mães foi quando Willian Melo de Souza, outro suspeito, disse que “Deus estava do seu lado”. O momento mais político da CPI em Catanduva foi quando o prefeito Afonso Macchione (PSDB) foi convidado a subir na tribuna e anunciar a criação de uma força-tarefa de combate à pedofilia e auxílio às famílias vitimadas. A iniciativa foi elogiada por Malta, que trocou um longo abraço com o tucano.

PF de Brasília vai periciar apreensão
Todo o material apreendido pela Polícia Civil e pelo Ministério Público na Operação Fênix será encaminhado para Brasília nos próximos dias, onde será periciado pela Polícia Federal. A informação é da promotora que auxilia a CPI, Karla Sandoval. “Em Brasília, poderemos cruzar as informações colhidas nos computadores com os dados de que já dispomos na CPI, como as páginas do Orkut”, disse a promotora. Outra vantagem, segundo Karla, é que a análise do material será mais rápida pela PF. “Eles têm equipamentos muito avançados”, afirmou. O material apreendido pela Polícia Civil ainda não foi periciado pelo Instituto de Criminalística (IC).


Delação
O presidente da CPI da Pedofilia, senador Magno Malta (PR-ES), não desistiu de recorrer aos advogados de defesa para fazer os suspeitos dos crimes sexuais aceitarerm a oferta da delação premiada. Com isso, eles receberiam benefícios da Justiça em troca de apontar os nomes dos envolvidos nos crimes cometidos contra, pelo menos, 50 crianças. O senador esteve reunido com os advogados dos suspeitos na última quinta-feira, último dia de sessão da CPI em Catanduva. “Eles vão manter conversa com os clientes, porque sabem o tamanho do envolvimento de cada um e é possível que essa delação ainda aconteça”, disse. Para Malta, a probabilidade do borracheiro José Barra Nova de Mello, 46 anos, e de seu sobrinho Willian Mello de Souza, 19, aceitarem a oferta é grande. “Eles são elo significativo e só podem ser beneficiados juridicamente.”
Fonte: Diário Web



CADE A IMPRENSA CAINDA DE BOCA FEITO CÃES ESFOMEADOS???
CADE A RECORD, GASTANDO HORAS COM ESSE ASSUNTO?
MAS DIGA A PALAVRA MAGICA:
NARDONI
QUE VENDE REVISTA, QUE DÁ IBOPE...
NÃO É NO MINIMO CURIOSO ?
TANTO ENFASE NUM CASO "VAZIO" COMO O DA MENINA ISABELLA E NADA NUM CASO ESCABROSO COMO ESSE, COM AS VITIMAS E REUS TODOS ALI COMPROVADAMENTE E SEM A MENOR DUVIDA!
QUE FALTA DE INTERESSE EM CATANDUVA E SUAS VITIMAS, CRIANÇAS TORTURADAS, VIOLENTADAS, MASSACRADAS!
NÃO ENTENDO! SERÁ QUE NÃO DÁ AUDIENCIA?
DEVE SER ISSO , UMA QUESTÃO DE $$$$$$$$

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