Porsche 911 Targa segue atraente na versão 2009, mas traz poucas novidades
Da Auto Press
Era o que faltava. A linha 2009 da Porsche ficou completa com a revelação dos novos modelos do 911 Targa, que serão apresentados ao público no Salão de Paris e no Salão do Automóvel de São Paulo, ambos em outubro. E suas vendas no Brasil começam no mesmo mês. Desde junho, a montadora divulga as versões da gama do próximo ano. E depois do 911 Carrera e Carrera 4 exibirem suas mudanças no visual, chegou a vez do Targa se mostrar.
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Na nova versão, a principal modificação foi o câmbio automático Tiptronic S, que passa a ser PDK -- Porsche Doppelkupplungsgetriebe, ou seja, de dupla embreagem --, um sistema que pré-engata a marcha seguinte e evita a "folga" entre as mudanças. Além do conhecido câmbio manual de seis velocidades, a versão Targa traz como opcional o câmbio de sete marchas automáticas, com indicador para condução econômica. Esta insuspeita faceta "ecologicamente correta" da Porsche se revela também na motorização. O carro conta com injeção direta de combustível que, segundo a marca, reduz em até 13,6% a emissão de gases poluentes. O sistema ainda promete aumento de 8,5 % em potência e ampliar a economia de combustível em quase 12%. A montadora aliás, tem aderido à "onda verde" e pretende até 2012 reduzir em até 20% o consumo de combustível de seus veículos. O 911 Turbo já se destacava como veículo com baixa emissão de CO2 em 1995.
O modelo inicial da Porsche será a versão 911 Targa 4, com mesma motorização do 911 Carrera: 3.6 litros de seis cilindros, boxer, que alcança potentes 345 cv -- 20 cv a mais que a versão 2008. Com o propulsor, o esportivo chega a 284 km/h e vai de zero a 100 km/h em 5,2 segundos.
A outra versão é o 911 Targa 4S. Equipado por um 3.8 litros, o 4S tem 385 cv de potência e acelera até os 297 km/h. A versão mais apimentada do Targa faz 100 km/h em 4,9 segundos. Os motores permaneceram traseiros, sem fugir à regra do 911. Para substituir a tração integral, a Porsche traz o "Traction Management", controle de tração que permanentemente distribui a tração necessária às rodas.
MANTENDO A TRADIÇÃO |
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No exterior, a montadora alemã não surpreendeu com grandes novidades. O modelo continua um dos menos ousados do segmento de esportivos, já que a linha tem como característica a fidelidade ao estilo da marca. Na dianteira, novos pára-choques mais pronunciados e os faróis continuam arredondados. Na traseira, o pára-choque ficou mais robusto e as lanternas com leds foram redesenhadas e se tornaram um pouco mais estreitas.
Assim como nas versões anteriores, o teto de vidro chega com destaque. No modelo 2009, ele é item de série e desliza à frente, sendo fixo na parte traseira. O teto panorâmico de vidro temperado de 1,54 m de comprimento se recolhe em apenas sete segundos. Ele tem um acabamento especial que obstrui a passagem de calor para o interior do veículo, além de bloquear os raios ultravioleta. No interior do Targa, bancos, volante e console revestidos em couro. Detalhes cromados aparecem também no volante multifuncional. No painel central, uma tela digital com sistema de navegação GPS.
Com previsão de chegada no mercado americano e europeu para setembro, o 911 Targa 4 será sugerido a 99.660 euros e a versão Targa 4S custará 110.700 euros -- o equivalente a R$ 246 mil e R$ 273 mil. Concorrem com o 911 Targa o modelo R8 da Audi, que alcança 420 cv com propulsor 4,2 litros, e o SL 500 da Mercedes-Benz, que chega a 306 cv com propulsor 5.0 litros. Potências diferentes, mas que brigam no mesmo segmento.
Esta é a terceira variação da carroceria do 911, além da cabriolet e da cupê. A versão Targa estreou em 1967, e o modelo da época possuía no lugar do teto um painel removível, além de uma janela plástica e um santantônio fixo feito em aço. O nome Targa veio de uma rua na Sicília, onde a montadora obteve inúmeras vitórias em corridas. Com o novo modelo, a Porsche pretende continuar fazendo história.
(por Karina Craveiro) Sphere: Related Content
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