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domingo, 3 de agosto de 2008

Material do Curso de Multiplicadores Surdos para Prevenção HIV, Aids, DST.

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Material do Curso de Multiplicadores Surdos
para Prevenção HIV, Aids, DST.

O material produzido pela AJA VideoEscola durante o curso de Multiplicadores Surdos para Prevenção de HIV, Aids e DST tem o objetivo de fornecer informação sobre o sistema imunológico, HIV, AIDS, doenças sexualmente transmissíveis, higiene pessoal e educação sexual para jovens surdos e/ou com deficiência auditiva, de ambos os sexos, visando o aumento da consciência dos jovens surdos quanto a prevenção do HIV e DST, e o combate a discriminação das pessoas vivendo com Aids.

As atividades do curso de multiplicadores: preparação de material, aulas, vivências, dramatização, etc, foram documentadas em vídeo a fim de auxiliar no processo de replicação do projeto. Instituições interessadas em promover atividades similares poderão encontrar abaixo todo o material e links para: assistir amostra do vídeo, adquirir o DVD com o vídeo completo. Podem fazer download, utilizar e distribuir gratutitamente os materiais produzidos para o curso de multiplicadores: documentos para elaboração de projeto, apostila do curso, avaliações e pesquisas com os multiplicadores surdos.


Assista abaixo a versão editada do vídeo:
Atividades dos Multiplicadores Surdos - Prevenção HIV, Aids, DST.
(Versão completa disponível em DVD)

Aguarde o vídeo ser carregado e clique na seta para tocar.
(Versão completa disponível em DVD)


Download material, modelos e pesquisas do Curso de Multiplicadores Surdos - Prevenção HIV, Aids, DST

Apostila AJA, Manual do Multiplicador Surdo Para Prevenção de HIV/Aids

Manual Multiplicador, Prevenção HIV/Aids, Fonte: Ministério da Saúde

Modelo de Projeto para Curso de Multiplicadores

Pesquisa Perfil do Multiplicador Surdos

Pré-teste Multiplicadores Surdos

Pós-teste Comparativo Multiplicadores Surdos

Pesquisa Avaliação do Curso de Multiplicadores Surdos

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Os serviços de atenção e prevenção ao HIV/AIDS conseguem alcançar ...









Politica de HIV/AIDS para Surdos


Sinalizando a Saúde para Todos: HIV/AIDS e Pessoas com Deficiência

Por Marta Gil e Sérgio Meresman (*)

Quase cinco milhões de pessoas contraíram o vírus HIV, em 2005, perfazendo um total estimado de 40,3 milhões de pessoas infectadas (Unaids, 2005). Mais de duas décadas depois do começo da epidemia, em muitas partes do mundo o grau de informação sobre a transmissão do HIV continua assustadoramente baixo. O caso da população de pessoas com deficiência, que tem baixíssimo acesso a programas de prevenção ilustra claramente essa realidade.

De fato, a incidência do HIV/AIDS junto a essas pessoas é quase desconhecida; a falta de estudos e pesquisas, assim como de ações de informação e prevenção acontece não apenas no Brasil, mas também em outros países. A conseqüência desta falta de informações, combinada às condições de maior vulnerabilidade e risco dessa população é o aumento do número de casos de DST e de HIV/AIDS. "Muito pouco é conhecido sobre a incidência de HIV/AIDS nas populações de pessoas com deficiência. Há apenas alguns estudos que foram publicados – muitos oriundos da América do Norte. Por exemplo, um levantamento feito nos Estados Unidos relatou que o índice de infecção pelo HIV dentre os surdos representa o dobro do índice para pessoas da população com audição normal, na mesma área. Há alguns poucos estudos comparativos sobre os índices de incidência do HIV nas populações com deficiências no mundo em desenvolvimento. Utilizando DSTs como um indicador para possível exposição ao HIV, Mulindwa fez estudos sobre Uganda e constatou que 38% das mulheres e 35% dos homens com deficiência relataram que tiveram uma DST em algum momento de suas vidas ". 1

Dentre os fatores de risco para a população com deficiência, podemos citar, em alguns países, a pobreza extrema e as sanções sociais, que dificultam o casamento e aumentam a probabilidade de relacionamentos instáveis, assim como de abuso sexual e estupro. Fatores tais como maior vulnerabilidade física, a necessidade de cuidados adicionais, necessidade de moradia em instituições, e a crença generalizada que as pessoas com deficiência não são testemunhas confiáveis para fazer sua própria defesa fazem dessas pessoas um alvo fácil para os "predadores". A bissexualidade e homossexualidade2 são relatadas em grupos de adultos com deficiências auditivas e/ou intelectuais, enquanto o conhecimento sobre o HIV/Aids e sua prevenção é muito baixo nestes mesmos grupos. Pessoas com deficiência estão em situação de maior risco de uso de drogas e há menor probabilidade que se beneficiem de programas de prevenção. Estima-se que 30% das crianças em situação de rua tenham algum tipo de deficiência; estes jovens raramente são alcançados pelas campanhas em prol do sexo seguro.

Como explicar que, embora esses poucos estudos indiquem um aumento da incidência de HIV/AIDS em pessoas com deficiência (ou de outras doenças de origem sexual), haja tão poucas campanhas de prevenção direcionadas para elas e tão poucos programas de educação sexual e de prevenção que as levem em conta? Os conteúdos informacionais e a comunicação sobre o HIV são, freqüentemente, inacessíveis para pessoas com deficiência visual ou para surdos.
Segundo a pesquisadora Norah Groce3, "Presume-se, freqüentemente, que pessoas com deficiências físicas, sensoriais (surdez ou cegueira) ou intelectuais, não representam uma população de alto risco para a infecção pelo HIV/Aids. Há a noção errônea de que estes indivíduos não são sexualmente ativos, não fazem uso de drogas ilícitas ou álcool, e que são menos suscetíveis à violência sexual e ao estupro do que pessoas sem deficiência. No entanto, um volume crescente de pesquisas indica que, na realidade, elas se encontram em situação de maior risco para todos os fatores de risco de infecção pelo HIV/Aids.

As instalações de serviços médicos muitas vezes também não são acessíveis para pessoas com deficiências físicas. Nos locais onde os medicamentos para AIDS são escassos e onde os serviços de apoio para pessoas com HIV/AIDS são insuficientes, as pessoas com deficiência são as últimas a receber atenção.

A exclusão de pessoas com deficiência de programas e medidas de prevenção e de atenção ao HIV/AIDS representa uma falta de visão. Tendo em vista o tamanho deste segmento da população (15% da população brasileira, segundo o Censo Demográfico 2000, do IBGE), a epidemia de AIDS não pode ser controlada, com sucesso, se estas pessoas não estiverem incluídas em todos os esforços feitos.

Chegou o momento de contribuir para mudar esta história. Entendemos que Agentes Comunitários, professores, assistentes sociais e outros profissionais, que conhecem sua comunidade são atores privilegiados e precisam ter acesso a informações atualizadas, para fazer a sua parte na promoção da saúde e na melhoria da qualidade de vida de todos, tenham ou não deficiência.

Talvez mais importante que “pacotes” de programas de orientação sexual seja a formação de recursos humanos, a capacitação em serviço de profissionais no âmbito das escolas e instituições, para que estes possam criar e implementar projetos específicos, a partir da realidade de sua escola ou instituição.

A desmistificação da discussão sobre relações amorosas, casamento e filhos de pessoas com deficiência, bem como a orientação para comportamentos afetivos e sexuais em situações de inclusão, incluindo o debate sobre a maior exposição das pessoas com deficiência a situações de riscos, são também temas prioritários de investigação e de intervenção.



(*) Este artigo é produto do Projeto "Sinalizando a Saúde para Todos: HIV/AIDS e Pessoas com Deficiência", realizado pelas seguintes entidades parceiras: Amankay Instituto de Estudos e Pesquisas; APTA - Associação para Prevenção e Tratamento da AIDS; CEDAPS Centro de Promoção da Saúde; FUNLAR – RIO / Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro e que tem o apoio do Banco Mundial e da Cooperação Portuguesa, através do CNOTINFOR - Centro de Novas Tecnologias da Informação.

Marta Gil é socióloga e Coordenadora da Rede SACI/USP e Sérgio Meresman é psicólogo social, especializado em desenvolvimento comunitário e promoção da saúde.

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S S T : HIV/AIDS P D

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HIV/AIDS: PREVENÇÃO E ASSISTÊNCIA PARA SURDOS. O projeto Sinais de Vida surgiu como resultado de uma preocupação natural de um ...

QUÊNIA REALIZA PREVENÇÃO POR MEIO DE LINGUAGEM DE SINAIS

27/7/2006 - 14h30

Num local púrpura e amarelo, funciona o Centro de Aconselhamento e Testagem Voluntária de Nyaweri, na cidade queniana de Kisumu, que oferece educação sobre HIV/Aids às pessoas com deficiências auditivas.

Cinco jovens conselheiros e educadores, com deficiência auditiva, comunicam-se na linguagem de sinais.

“Nós começamos em 2004 e fazemos parte do Centro de Cuidados e Tratamento de Liverpool”, diz a conselheira Miriam Opondo, enquanto Leon, assessor de controle de qualidade do CATV interpreta a linguagem de sinais.

O Centro já testou mais de mil pessoas, a maioria com deficiência auditiva. Trabalham nas províncias de Nyanza, Ocidental e Rift Valley.

“Antes da abertura do Centro, os surdos desta área ignoravam tudo sobre a Aids; muitos deles pensavam que fosse uma doença que atingia somente pessoas sem deficiência auditiva”, diz Opondo. “A maioria aprende sobre a Aids através da rádio, da televisão ou de outras pessoas; as pessoas com deficiência auditiva não recebem estas mensagens, porque não podem ouví-las”.

Ela observa que o índice de analfabetismo nesta região é excepcionalmente alto, o que significa que as pessoas com deficiência auditiva não podem ler jornais ou literatura sobre o HIV/Aids distribuída pelas organizações não-governamentais.

“Quando vão aos CATV normais existe uma barreira na comunicação entre eles e os conselheiros”, diz Opondo. “Aqui eles são compreendidos e não se sente estigmatizados, por serem surdos, visto que a maioria de nós também tem deficiência auditiva.”

O Centro de Liverpool tem dois outros CATVs no Quênia, um na capital, Nairobi, e outro na cidade costeira de Mombasa.

Analfabetismo e distância

Embora os três centros sejam um bom começo, ainda existe uma lacuna no fornecimento de serviços às pessoas com deficiência auditiva, segundo Opondo.

A comunidade de surdos, estimada entre 300 mil e 600 mil pessoas, representa uma parte significativa dos dois milhões de infectados com o HIV no país.

Um estudo do Banco Mundial, de 2004, englobando 88 estudantes surdos de 18 anos, em média, mostrou que três quartos deles sabiam muito pouco sobre o HIV/Aids.

“Muitas pessoas com deficiência auditiva nesta região vivem muito longe daqui, é por isso que nós temos um CATV móvel para alcançar as pessoas das zonas rurais”, diz Opondo.

Mas, muitas vezes, esses clientes também não conhecem a linguagem queniana dos sinais, ou KSL, porque nunca tiveram a oportunidade de aprendê-la. Às vezes, eles conhecem uma outra linguagem de sinais que não é a KSL.

“O analfabetismo e a distância continuam grandes problemas para nós; não temos recursos para viajar distâncias muito grandes, e sabemos que existem pessoas que não estamos atingindo”, diz Opondo.

Ela sugere que o governo assegure que as crianças com ou sem deficiência auditiva aprendam a KSL de graça, de maneira que os surdos tenham acesso à educação.

Muitas vezes, os conselheiros acompanham os deficientes auditivos soropositivos ao hospital para receberem o tratamento, servindo de intérpretes, o que complica ainda mais a exigüidade de recursos humanos do Centro.

“Nós precisamos de mais unidades, especialmente unidades móveis”, diz Opondo. “Assim atingiríamos todas as pessoas com deficiência auditiva desta região com informação sobre o HIV/Aids”.

Fonte: PlusNews (www.plusnews.org/pt)

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