'Esta é a hora de reivindicar salários', diz Lula
Segundo ele, trabalhador sofrerá com desemprego quando economia deixar de crescer.
Presidente participou da posse da nova direção do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez hoje um discurso inflamado durante a posse da nova direção do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. A centenas de sindicalistas presentes, Lula disse que "esta é a hora de se reivindicar salários, aumentos de conquistas e mais direitos trabalhistas". Lula complementou que a economia cresce, os salários crescem e o emprego sobe como jamais subiu e esse "é o momento em que você (os trabalhadores) deve conquistar salários".
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O presidente disse ainda que é preciso saber a hora, porque quando a economia deixar de crescer o que o trabalhador terá é desemprego. "Estou falando quase como presidente do sindicato, mas é assim mesmo", afirmou.
Lula ressaltou, no entanto, que o mundo vive um momento preocupante. Ele explicou aos sindicalistas que a crise norte-americana, que começou no mercado imobiliário no ano passado, fará com que os pobres paguem a conta.
"Eles estavam no cassino nos Estados Unidos e agora pularam para o mercado especulativo futuro do petróleo e dos alimentos. Aí veio a inflação mundial", afirmou. Desta vez, no entanto, segundo o presidente Lula, o Brasil está mais preparado.
Ele reiterou que a crise dos alimentos é um problema para alguns, mas é uma oportunidade extraordinária para o Brasil. O governo, segundo ele, está investindo forte em agricultura a ponto de fazer com que "até aquele nordestino deixe de plantar macaxeira e tenha máquinas para alimentar o Brasil e o mundo".
Falando ainda sobre economia, o presidente citou aos sindicalistas que o investimento privado até 2012 totalizará US$ 400 bilhões e foi listando as obras em andamento para justificar o bom momento vivido pela economia. Até março de 2009, disse, serão anunciadas quatro novas siderúrgicas, duas refinarias de petróleo -uma no Maranhão e outra no Ceará- e destacou também a licitação do trem bala Rio-São Paulo-Campinas, investimento no valor de US$ 9 bilhões.
Lula disse ainda que serão investidos US$ 6 bilhões em duas hidrelétricas, além de uma refinaria em Pernambuco em parceira com a Venezuela. "A palavra de ordem é aumento do investimento em produção", disse o presidente, destacando ainda uma nova fábrica da Toyota em Sorocaba e a intenção da montadora coreana Hyundai abrir outra fábrica no Brasil. Ainda sobre a questão da inflação, que ele considera preocupante, Lula disse que o governo está tomando todos os cuidados necessários para mantê-la sob controle.
Durante a posse da nova direção do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, o presidente disse ter telefonado neste sábado para o presidente dos Estados Unidos, George Bush, para tentar retomar as discussões sobre a Rodada de Doha, de liberalização do comércio mundial.
A reunião dos líderes mundiais, realizada em Genebra (Suíça) terminou na semana passada sem acordo depois de impasse entre China, Índia e Estados Unidos sobre redução de subsídios e abertura de seus mercados.
Lula fala como 'sindicalista' e diz que é hora de pedir aumento
Presidente faz discurso inflamado na posse da nova diretoria dos Sindicato dos Metalúrgicos do ABC
Paula Puliti, da Agência Estado
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O presidente disse ainda que é preciso saber a hora, porque quando a economia deixar de crescer o que o trabalhador terá é desemprego. "Estou falando quase como presidente do sindicato, mas é assim mesmo", afirmou. Lula ressaltou, no entanto, que o mundo vive um momento preocupante. Ele explicou aos sindicalistas que a crise norte-americana, começou no mercado imobiliário no ano passado, fará com que os pobres paguem a conta.
"Eles estavam no cassino nos Estados Unidos e agora pularam para o mercado especulativo futuro do petróleo e dos alimentos. Aí veio a inflação mundial", afirmou. Desta vez, no entanto, segundo o presidente Lula, o Brasil está mais preparado. Ele reiterou que a crise dos alimentos é um problema para alguns, mas é uma oportunidade extraordinária para o Brasil. O governo, segundo ele, está investindo forte em agricultura a ponto de fazer com que "até aquele nordestino deixe de plantar macaxeira e tenha máquinas para alimentar o Brasil e o mundo".
Falando ainda sobre economia, o presidente citou aos sindicalistas que o investimento privado até 2012 totalizará US$ 400 bilhões e foi listando as obras em andamento para justificar o bom momento vivido pela economia. Até março de 2009, disse, serão anunciadas quatro novas siderúrgicas, duas refinarias de petróleo - uma no Maranhão e outra no Ceará - e destacou também a licitação do trem bala Rio-São Paulo-Campinas, investimento no valor de US$ 9 bilhões.
Lula disse ainda que serão investidos US$ 6 bilhões em duas hidrelétricas, além de uma refinaria em Pernambuco em parceira com a Venezuela. "A palavra de ordem é aumento do investimento em produção", disse o presidente, destacando ainda uma nova fábrica da Toyota em Sorocaba e a intenção da montadora coreana Hunday abrir outra fábrica no Brasil. Ainda sobre a questão da inflação, que ele considera preocupante, Lula disse que o governo está tomando todos os cuidados necessários para mantê-la sob controle.
Candidatura de filho de Lula é impugnada; PT critica decisão
De acordo com a Constituição, são inelegíveis os parentes do presidente "consangüíneos ou afins"
Clarissa Oliveira, de O Estado de S. Paulo
A impugnação da candidatura foi pedida pelo Ministério Público, com base no artigo 14 da Constituição e no artigo 1º da lei complementar 64/1990 que definem como inelegíveis os parentes do presidente da República "consangüíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção".
Marcos Lula é filho do primeiro casamento da primeira-dama Marisa Letícia e foi adotado pelo presidente Lula. Ele pretendia disputar uma vaga de vereador em São Bernardo.
De acordo com o presidente do PT de São Bernardo do Campo, Wanderley Salatiel, a decisão da Justiça Eleitoral de negar o registro de candidatura do empresário é uma "retaliação política".
"Não temos dúvida de que é uma retaliação política que só está acontecendo porque é o filho do presidente Lula", afirmou o dirigente, acrescentando que o partido, junto com a campanha de Marcos, já começou a estudar possibilidades de recurso na Justiça.
"Estamos confiantes que conseguiremos garantir essa candidatura", acrescentou. De acordo com Salatiel, a campanha de Marcos Lula continuará nas ruas enquanto a legenda tenta reverter a decisão.
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