Maroni falava numa conferência de imprensa no final de uma reunião com o seu homólogo romeno, Cristian David.
A medida do comissário extraordinário insere-se na nova política do Governo italiano de perseguir a delinquência e expulsar os imigrantes ilegais no país.
O presidente da Câmara de Roma, Gianni Alemano, disse quarta-feira que o comissário extraordinário para os ciganos terá poderes «sobre a segurança pública e a definição do território».
Cinco acampamentos ciganos incendiados em 48 horas
Acrescentou que os ciganos italianos serão integrados, enquanto os outros terão de viver na legalidade sob pena de expulsão.
O anúncio de que Nápoles também pediu para ter o comissário extraordinário surge depois dos incidentes dos últimos cinco dias com agressões aos ciganos ali residentes e a evacuação forçada dos seus acampamentos.
Alguns desses acampamentos abandonados foram depois incendiados.
Depois das insistentes declarações das autoridades italianas em defesa da perseguição à imigração ilegal, a Comissão Europeia recordou hoje a Roma que as expulsões de estrangeiros devem realizar-se «caso a caso» e por critérios de ordem pública, segurança ou saúde pública.
«Se não é cidadão italiano será expulso»
O ministro italiano do Interior assegurou também hoje que «é infundada» a crítica segundo a qual o governo de Berlusconi vai levar a cabo «expulsões em massa».
Hoje foram detidos 268 estrangeiros numa operação contra a criminalidade em geral: 53 foram levados para a fronteira e 65 para centros de acolhimento temporário enquanto aguardam expulsão, disseram fontes policiais.
Salientou também que «não existe um problema com a comunidade romena em Itália», antes «um problema de segurança sentido pelos cidadãos e a que o Governo quer dar resposta».
«Acordámos, por proposta do ministro romeno, criar uma comissão entre os dois Governos para enfrentar e resolver as questões interpretativas em matéria de circulação das pessoas, na base das directivas da União Europeia», declarou Maroni.
Mas o ministro italiano insistiu que será perseguido «quem prevaricar, sem interessar quem é nem de onde vem». «Se não é um cidadão italiano será expulso em conformidade com as leis europeias», acrescentou.
O ministro romeno assinalou que «a presença romena em Itália é muito significativa e é constituída por gente que trabalha e está perfeitamente integrada.» Defendeu também que «o trabalho dos romenos em Itália traz benefícios à sociedade italiana», ao mesmo tempo que aconselhava os romenos que vivem em Itália «a respeitar as leis».
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