07.12.2011 | 13h38
Servidores do INSS fazem protesto por melhores condições de trabalho
Eles denunciam conviver com ratos, baratas e mosquitos; Serviço retorna na sexta
Gazetaweb
Servidores do Instituto Nacional de
Seguridade Social – INSS lotados na agencia Ary Pitombo, localizada na
Praça dos Palmares, Centro de Maceió, cruzaram os braços nesta
quarta-feira (7) em protesto por melhores condições de trabalho no
prédio. Eles denunciam uma situação de insalubridade no ambiente que já
perdura mais de cinco anos. “Não há água nos banheiros, as paredes estão
rachadas, existem focos de mosquito da dengue, ratos, baratas e
escorpião e os trabalhadores não podem conviver e nem prestar um bom
serviço a comunidade em meio a essa situação caótica” revelou o
tesoureiro do Sindicato dos Previdenciários (Sindprev),Célio dos Santos
que passou a manhã em frente ao Ary Pitombo esclarecendo aos segurados o
motivo da paralisação.Uma faixa à frente do prédio Ary Pitombo avisava aos segurados que a greve é de um dia. As pessoas que chegavam à porta do edifício eram comunicados pelos servidores que na sexta-feira o expediente volta ao normal. Só estão sendo atendidas as pessoas que tem perícia marcada para hoje. Dona Maria Helena da Silva, 51 anos, residente no Benedito Bentes foi uma das pessoas que não conseguiram ser atendidas hoje. “Queria dá entrada na documentação para começar a pagar como autônoma e ter direito a aposentadoria, mas só na sexta-feira, fazer o que”, disse resignada.
Com 80 servidores e apenas oito médicos peritos, o antigo prédio Ary Pitombo recebe em média mil segurados por dia. Santos explicou que por causa do pouco contingente, existem perícias que estão sendo marcadas para março. “Com isso, o trabalhador que necessite do Sistema hoje vai ficar sem o dinheiro do benefício por mais de dois meses, até que passe pela perícia”.
Para encaminhar uma saída para essa situação, Sindprev e INSS se reuniram na sede da instituição. O presidente do Sindicato, Cícero Lourenço encaminhou uma lista de reivindicações, entre elas a imediata transferência do Ary Pitombo e construção de agencias em alguns bairros como Benedito Bentes e Jacintinho. “Não há como o servidor desenvolver um serviço no Ary Pitombo por causa da situação e esses bairros de maior população há tempo merecem o atendimento mais próximo da seguridade social”, afirmou.
O gerente executivo do INSS em Alagoas, Edgar Barros, esclareceu que reconhece a situação indigna que o prédio oferece aos servidores e a mudança de local foi uma de suas primeiras medidas quando assumiu o cargo. “Solicitamos ao setor de engenharia que fizesse uma avaliação do Ary Pitombo e o laudo técnico confirmou que não havia condições de trabalho. Fizemos então ofícios para a União, Governo de Estado e Prefeitura para que eles pudessem disponibilizar imóveis para uma futura parceria, mas não tivemos sucesso porque não há áreas com 3 mil metros quadrados, que é a dimensão que se precisa, disponíveis no Centro”.
Barros enfatizou ainda que como fora um compromisso dele ao assumir, continuou à procura de uma área até que soube da intenção da TIM em se transferir do atual local em que se encontra. “Entramos em contato com a direção da operadora e estamos em negociação. Acredito que se tudo der certo, levando em consideração o processo burocrático e as adaptações necessárias, no primeiro trimestre do ano que vem, poderemos iniciar a mudança do Ary Pitombo para o novo local na avenida”, concluiu.
Servidores do INSS fecham agência em protesto contra insalubridade
Servidores do INSS lotados na
agência Ary Pitombo, situada no Centro da capital alagoana, estão neste
momento em frente às dependências da unidade em protesto contra as
péssimas condições do prédio. Há quatro anos, os servidores denunciaram a
falta de infraestrutura e insalubridade do local e pede, junto ao INSS,
em Brasília (DF), a relocação dos servidores para outro prédio.
Segundo informações de
Ronaldo Augusto da Silva, funcionário da agência e membro do sindicato
da categoria (Sindprev), a situação tornou-se ainda mais caótica depois
de um incêndio ocorrido em setembro do ano passado. “As paredes estão
mofadas, rachadas, os degraus das escadas são praticamente
intransitáveis e desde que esta agência pegou fogo, em setembro do ano
passado, o Corpo de Bombeiros condenou esta sede. Mesmo assim,
continuamos trabalhando aqui, sem as mínimas condições e correndo risco
de morte", relatou o servidor.
Ainda segundo a categoria, a
gerência do INSS em Maceió enviou desde o ano passado um dossiê
relatando as condições prediais e solicitando a transferência para outra
localidade. Na manhã desta quarta-feira (7), uma equipe de
gerenciamento do INSS de Brasília deve se reunir com representantes da
capital em busca de uma solução.
Enquanto não é apresentada
uma solução, os servidores fecharam as portas da agência suspendendo em
sua totalidade os atendimentos aos segurados. “Uma equipe de engenheiros
recrutados pela gerência de Maceió deixou claro que as condições do
prédio não permitem reforma, para solucionar o problema nós teremos
mesmo que sair daqui,” confirmou Ronaldo. A paralisação deve durar até
sexta-feira (9).
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