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CLAUDIA ANTUNES
DO RIO
O governador do Rio Grande do Sul e ex-ministro da Justiça, Tarso Genro
(PT), criticou a atuação na Bolívia da DEA, a agência americana de
combate às drogas.
DO RIO
Ele contou que depois que o governo de Evo Morales expulsou 80 agentes da DEA, em 2008, a Polícia Federal brasileira ajudou os bolivianos a destruir um grande laboratório de refino de cocaína que funcionava havia 15 anos no país vizinho.
"Suponho que a fábrica era conhecida dos americanos, mas não era fechada porque permitia monitorar o fluxo de drogas para os EUA a Europa", disse.
O governador citou o caso para exemplificar sua tese de que a "guerra às drogas" lançada pelo governo americano nos anos 1970 tinha como objetivo principal impedir a chegada de substâncias ilegais ao território americano. Faltaram recursos, segundo ele, para financiar a substituição de cultivo nos países produtores.
Sem defender diretamente a descriminalização do uso de drogas, ele disse que a "lei perde eficácia" quando existe "separação entre legalidade e hábito social".
"A sociedade criou um outro patamar de legitimidade para tratar dessas questões. Tem que ser convencida a não usar drogas."
Lembrou que estava num carro com agentes da PF em Porto Alegre, durante um Fórum Social Mundial, quando foi cercado por um grupo de jovens que levavam mudas de maconha e gritavam: "Ministro, polícia, a droga é uma delícia". Disse que perguntou se os agentes não iam fazer nada, e eles responderam que o ambiente "não era favorável" para efetuar prisões.
Tarso Genro participou de seminário no Rio que comemorou os 18 anos da ONG Viva Rio
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