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quarta-feira, 26 de outubro de 2011

“Tenho medo de morrer”, diz testemunha de venda de emendas na Alesp


Terezinha Barbosa confirmou o esquema, mas afirmou que não dirá os nomes de deputados envolvidos no esquema de venda de emendas denunciado por Barbiere

Marina Pinhoni
Testemunha sobre o caso de venda de emendas na Alesp, a presidente da entidade assistencial Centro Cultural Terezinha Barbosa: "Graças a Deus eu não disse o nome dos deputados". Testemunha sobre o caso de venda de emendas na Alesp, a presidente da entidade assistencial Centro Cultural Terezinha Barbosa: "Graças a Deus eu não disse o nome dos deputados". (Divulgação)
A mais nova testemunha do caso de venda de emendas por parlamentares da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), Terezinha Barbosa, afirmou que não pretende revelar os nomes dos envolvidos no esquema por medo de morrer. Terezinha foi citada no depoimento do deputado Major Olímpio (PDT) ao Conselho de Ética da Casa, em reunião na última quinta-feira, dia 20.
Em entrevista ao site de VEJA, a presidente da entidade assistencial Centro Cultural Santa Terezinha confirmou a história apresentada pelo deputado, mas disse que não revelará nenhum nome, mesmo se for convidada a depor no conselho. “Isso para mim não dá Ibope, dá é chá de morte”, afirmou. “Depois, quem vai cuidar de mim? Eu não quero acordar com a boca cheia de formigas”.
Nesta terça-feira, o promotor de Justiça Carlos Cardoso, que abriu inquérito para investigar o caso, afirmou que pretende ouvir Terezinha. Ao ser questionada sobre a possibilidade de conversar com Cardoso, ela afirmou que pensaria a respeito. “Com o Ministério Público é diferente", disse. "Para eles eu posso contar a história, mas sem dar nome aos bois. Posso contribuir com detalhes, para que eles façam a investigação. Meu nome não deveria estar envolvido nisso, sou uma senhora do povo de 59 anos, que cuida de uma instituição séria".
Repercussão - Terezinha contou que estava em Fortaleza quando soube do depoimento de Major Olímpio e se surpreendeu com a repercussão. “Foi um equívoco ele me citar, não dei autorização para isso", revoltou-se. "Nossa conversa foi em 2007, graças a Deus não disse para ele os nomes dos deputados”.
Embora afirme que não revelará quais parlamentares negociavam emendas, Terezinha confirma a conversa com Major Olímpio e disse que realmente foi ao seu gabinete pedir uma emenda.“Ia de porta em porta pedir emenda, assim como vou de porta em porta em outros lugares para conseguir ajuda para as mais de vinte comunidades carentes que minha entidade ajuda”, conta. “Mas não me preocupo, porque faço tudo na legalidade. Tenho todas as prestações de contas do dinheiro que recebi”.
Terezinha se irritou com a ligação de seu nome ao do governador Geraldo Alckmin. “Quero deixar uma coisa bem clara: as emendas a que me referi diziam respeito a 2007, não tem nada a ver com o governo atual”, observou. “Sou fã do Alckimin, ele nunca me deu nada, mas o admiro e acompanho o trabalho dele. Ele é um homem sério”.
Ela afirmou ainda que, para se precaver, pretende escrever um diário com tudo o que sabe: “Vou começar a escrever ainda hoje e entregar para dez pessoas diferentes para garantir minha proteção”.

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