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quarta-feira, 26 de outubro de 2011

#corrupção Orlando Silva deixa o Ministério do Esporte --Globonews ( Mais um na Bovespa, como tantos mensaleiros?)


 

Ótima essa capa :


REUTERS
Orlando Silva não é mais o ministro do Esporte, informou nesta quarta-feira a Globonews, depois de uma bateria de denúncias de irregularidades na pasta comandada por ele.
A situação de Orlando Silva --cujo ministério era responsável pelos preparativos para a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016, que serão realizadas no país-- ficou insustentável depois que o Supremo Tribunal Federal tomou a decisão, anunciada na terça-feira, de aceitar pedido do Ministério Público para investigar as acusações.
Orlando Silva se torna o sexto ministro de Dilma a deixar o governo desde junho, o quinto a cair em meio a denúncias de irregularidades.


‘Me sinto indestrutível’, afirma Orlando Silva

Em carta aos militantes do PC do B carioca, ministro do Esporte cita o poeta Pablo Neruda e volta a se defender das acusações de corrupção

25 de outubro de 2011 | 3h 06

Lucas de Abreu Maia, de O Estado de S.Paulo
Em carta aos "camaradas" do PC do B, o ministro do Esporte, Orlando Silva - cujo cargo está ameaçado pelas acusações, feitas por um ex-militante do partido, de que teria recebido dinheiro público irregularmente -, citou o poeta chileno Pablo Neruda para se dizer "indestrutível". "Neste momento, como disse Pablo Neruda em sua carta ao Partido, me sinto indestrutível, porque contigo, meu partido (o PC do B), não termino em mim mesmo", escreveu no texto que foi lido na última sexta-feira em um encontro dos comunistas no Rio e divulgado no portal O Vermelho, que pertence à legenda.
"Não houve, não há e não haverá nunca ninguém capaz de nos intimidar", continuou o ministro. Na tentativa de demonstrar força política, Orlando Silva usou a carta para tentar exibir proximidade com a presidente Dilma Rousseff. Segundo ele, as acusações têm "o objetivo final" de "derrotar o projeto inovador liderado pela presidente Dilma".
O ministro associou as denúncias de corrupção que alvejam o Ministério do Esporte à ditadura militar: "Nos tempos de terror usavam a tortura, prisão e assassinatos. Hoje, as mesmas forças usam o linchamento político, a execração pública para eliminar nossos companheiros".
Na sexta-feira, a presidente decidiu, após uma conversa com Orlando Silva, mantê-lo no cargo apesar do escândalo na pasta comandada por ele. A reunião com Dilma, no entanto, impediu a presença do ministro na conferência do PC do B fluminense, na qual era esperado.
A carta - enviada para compensar a ausência do ministro - atribui o escândalo à "luta de classes" e diz que o Ministério do Esporte, sob o comando da sigla, "produziu êxitos e vitórias para o nosso País".
Defesa. No texto, Orlando Silva voltou a se defender das acusações feitas pelo policial militar João Dias. "Desde o primeiro ataque fomos para luta de peito aberto. Chamamos uma coletiva, exigimos investigação e a apresentação de provas, que até hoje não apareceram", alegou.


"Nossa atitude e a unidade inquebrantável de nosso partido surpreenderam. Não seremos intimidados! Não aceitaremos o roteiro traçado pelas forças conservadoras!"
O ministro ataca ainda a "grande mídia nacional, que sem nenhum pudor quer macular 90 anos de uma história de lutas (do partido)".
O ministro tem repetido que a imprensa tem dado voz "a um bandido processado pela Justiça" . No ano passado, Dias foi preso na Operação Shaolin acusado de desviar dinheiro da pasta.
Desagravo. O presidente do partido, Renato Rabelo, transformou o encontro de sexta-feira em um desagravo a Orlando Silva . Dizendo ter recebido o apoio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ele afirmou que "o ministro merece toda a nossa confiança, todo o nosso apoio". E fez uma ameaça velada: "Eles não sabem com quem estão lidando".
"O PC do B não vai temer diante de uma montagem como essa, se intimidar, se dobrar", disse Rabelo.



PM João Dias Ferreira, acusando o então ministro Orlando Silva



'Minha honra foi ferida', afirma Orlando após queda
Dida Sampaio/AE - 25.10.2011




10 MOTIVOS PARA SE INDIGNAR COM A CORRUPÇÃO

A vingança contra os corruptos
Veja - 24/10/2011


 Brasileiros começam a se indignar com a corrupção, mal que consome por ano o dinheiro que seria suficiente para acabar com a miséria no país.
 A máscara branca com bigode e cavanhaque negros de Guy Fawkes, usada pelo justiceiro solitário do filme V de Vingança. tornou-se o símbolo dos manifestantes que ocupam as praças das principais cidades do mundo em protestos contra a crise econômica. No Brasil, onde a situação da economia ainda não guarda semelhança com a turbulência dos países ricos, a mesma máscara passou a decorar as manifestações contra a corrupção. Em sua indignação contra o regime totalitário que domina a Inglaterra em 2020, o mascarado V manda pelos ares o Parlamento. Por aqui, em um regime democrático, ninguém com juízo pode defender a explosão das instituições. Mas motivos para se indignar e sair às ruas a exigir a reforma da política e dos políticos não faltam. Os brasileiros são expostos quase todos os dias pela imprensa - e, em especial, por esta revista - a reportagens que revelam vergonhosas práticas de corrupção em todos os níveis de governo. Como se diz no interior do Brasil, em matéria de encontrar malfeitos no universo oficial, é "cada enxadada, uma minhoca". Cada um desses casos escandalosos provoca um surto de indignação nos homens de bem - mas, como logo aparecem novas denúncias, as pessoas honestas são levadas a redirecionar a indignação para outro alvo e. ao fim e ao cabo, todos se sentem perdidos e desamparados. VEJA se propõe, nesta reportagem, a examinar o fenômeno da corrupção em sua completude, analisando especialmente os malefícios que o roubo constante do nosso dinheiro provoca em cada um de nós.
A conclusão a que se chega é de uma amarga simplicidade: a cada ano, a corrupção rouba dos cofres públicos brasileiros a exorbitante quantia de 85 bilhões de reais. Esse montante seria suficiente para resolver os principais problemas do país e acelerar seu desenvolvimento. Mas o que se vê como uma triste rotina são políticos desonestos embolsando esse dinheiro para o enriquecimento pessoal e o financiamento de campanhas de seus partidos.
 A indignação com a corrupção ganhou força nos últimos meses, com a demissão pela presidente Dilma Rousseff de quatro ministros envolvidos em irregularidades. O último pilhado foi Orlando Silva, do Esporte . A atitude firme da presidente ajudou a despenar a população para o descalabro do desvio em massa do dinheiro do povo. Agora é preciso dar urgentemente o passo seguinte, que é estancar a sangria da riqueza nacional - pois os atuais mecanismos de prevenção e punição da corrupção não estão funcionando.
 Nos últimos dez anos, segundo estimativas da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), foram desviados dos cofres brasileiros 720 bilhões de reais. No mesmo período, a Controladoria-Geral da União fez auditorias em 15000 contratos da União com estados, municípios e ONGs, tendo encontrado irregularidades em 80% deles. Nesses contratos. a CGU flagrou desvios de 7 bilhões de reais - ou seja, a cada 100 reais roubados apenas 1 é descoberto. Desses 7 bilhões de reais, o governo conseguiu recuperar pouco mais de 500 milhões de reais. O que equivale a 7 centavos revistos para cada 100 reais roubados. Uma pedra de gelo na ponta de um iceberg. Com o dinheiro que escoa a cada ano para a corrupção, que corresponde a 2,3% de todas as riquezas produzidas no país, seria possível erradicar a miséria, elevar a renda per capita em 443 reais e reduzir a taxa de juros "O custo elevado da corrupção no Brasil prejudica o aumento da renda, o crescimento do país, compromete a possibilidade de oferecer à população melhor qualidade de vida e às empresas um ambiente de negócios mais estável", analisa José Ricardo Roriz Coelho, vice-presidente-da Fiesp.
 A corrupção é uma praga que contamina todas as instâncias - e não apenas o governo federal. Há desde pequenos delitos, como a propina de 50 reais exigida por um guarda para liberar um motorista bêbado do teste do bafômetro, até desvios que envolvem estruturas complexas, como foi verificado recentemente no Ministério dos Transportes. Os esquemas mais visíveis estão no governo federal, responsável por 51 % de toda a verba pública. Mas governadores e prefeitos também costumam embolsar dinheiro oficial. Em 2010, o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), saiu do palácio para a cadeia. No mesmo ano, em Dourados, em Mato Grosso do Sul, o prefeito, a primeira-dama, o vice, nove vereadores e cinco secretários foram presos em um golpe que desviou mais de 10% do orçamento da prefeitura. A cidade, sem poder legítimo, passou a ser comandada por um juiz. Há um pomo em comum nesses esquemas: o prejuízo ao cidadão, que paga seus impostos e recebe um serviço inadequado.
 As principais causas da corrupção são velhas conhecidas: instituições frágeis, hipertrofia do estado, burocracia e impunidade. O governo federal emprega 90000 pessoas em cargos de confiança. Nos Estados Unidos, há 9051. Na Grã-Bretanha, cerca de 300. "Isso faz com que os servidores trabalhem para partidos, e não para o povo, prejudicando severamente a eficiência do estado", diz Claudio Weber Abramo, diretor da Transparência Brasil.
Há no Brasil 120 milhões de pessoas vivendo exclusivamente de vencimentos recebidos da União, estados ou municípios. A legislação tributária mais injusta e confusa do mundo é o fertilizante que faz brotar uma rede de corruptos em órgãos como a Receita Federal e o INSS. A impunidade reina nos crimes contra a administração pública. Uma análise de processos por corrupção feita pela CGU mostrou que a probabilidade de um funcionário corrupto ser condenado é de menos de 5%. A possibilidade de cumprir pena de prisão é quase zero. A máquina burocrática cresce mais do que o PIB, asfixiando a livre-iniciativa. A corrupção se disfarça de desperdício e se reproduz nos labirintos da burocracia e nas insondáveis trilhas da selva tributária brasileira. Por essa razão, a vitória contra a corrupção passa também pela racionalização tributária, pela simplificação do estado cartorial brasileiro e pela diminuição do estado, que consome 40% da riqueza nacional e não devolve em serviços um décimo disso. Os brasileiros começam a acordar para essa realidade e a reagir a ela nas ruas. O episódio mais emblemático foi a coleta de 1,6 milhão de assinaturas que deu origem à Lei da Ficha Limpa. Agora, as pessoas começam a marchar contra a corrupção.
 "As pessoas que hoje compõem a classe C ficaram mais conservadoras e mais zelosas com o que acabaram de alcançar. Esse é um fenômeno social comum sempre que uma parcela da população ascende socialmente", explica o cientista político David Fleischer. Segundo ele, a nova classe média abomina a corrupção e exige que o governo lhe ofereça melhores serviços de saúde, oportunidades de educação e mais segurança pública. "A corrupção é inerente a sociedades humanas. Arquivos descobertos em um centro administrativo da Assíria, em 1400 a.C., faziam referência a servidores civis cobrando propinas, com envolvimento dos líderes", diz Bryan Evans, pesquisador da organização inglesa de políticas públicas Tearfund. Talvez seja utópico esperar que a corrupção acabe, mas, como todas as pragas, ela" pode ser mantida em um nível mínimo. Lutar contra ela vale a pena.
 No pódio da gastança
 Depois de uma semana de competições com baixo nível técnico, a delegação brasileira ocupa o segundo lugar no quadro de medalhas dos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, no México. Já no ranking de gastos infundados de dinheiro público, o Brasil subiu com folga no degrau mais alto do pódio. Mesmo realizados quatro anos depois - o que provoca um aumento natural nos custos, devido à inflação -, os Jogos deste ano custaram 2,3 bilhões de reais, quase a metade do que foi gasto no Rio de Janeiro em 2007. Além de mais barata, a competição em Guadalajara foi financiada pelo dinheiro privado. O governo mexicano arcou com apenas 521 milhões de reais (23% do total). Um dos principais palcos da competição, o estádio Omnilife, foi erguido com recursos do empresário Jorge Vergara, dono do time Chivas Guadalajara. No Brasil, em 2007, o custo da competição ficou em 4 bilhões de reais - dez vezes a previsão inicial e doze vezes a média das quatro edições anteriores. "O que aconteceu aqui foi uma mistura de falta de planejamento, incompetência administrativa e uma enormidade de gastos superfarurados", diz o procurador Marinus Marsico, do Tribunal de Contas da União
 Não há outra resposta para explicar tamanha discrepância de gastos a não ser a corrupção. Um dos maiores símbolos das despesas desmedidas nos Jogos do Rio foi o Estádio João Havelange, o Engenhão. Inicialmente orçada em 166 milhões de reais, a obra acabou saindo por 400 milhões de reais, após vinte aditivos no contrato e a contratação de várias empresas sem licitação. "Apesar de o Engenhão ser um dos únicos equipamentos esportivos que não ficaram subutilizados depois da competição, o investimento feito nele não se paga. O Pan não trouxe nenhum legado para o Rio de Janeiro", analisa Amir Somoggi, especialista em gestão e marketing esportivo.
 O Comitê Olímpico Internacional está preocupado com a possibilidade de ocorrer na Olimpíada de 2016, também no Rio, uma gastança semelhante à do Pan de 2007. Dirigentes do Comitê Olímpico Brasileiro receberam um aviso de que, se for para gastar uma montanha de dinheiro público e deixar os ginásios subutilizados, é melhor nem tirá-los do papel. Mesmo assim, o Engenhão passará por uma milionária reforma, que custará mais de 100 milhões de reais. A experiência de Guadalajara, apesar das diversas falhas na organização (no pentatlo, por exemplo, os atletas tiveram de enfrentar a piscina gelada), prova que é possível realizar um megaevento sem onerar demasiadamente os cofres públicos. "A diferença é que nos planejamos desde 2005 e não deixamos para executar as obras na última hora", diz o mexicano Jesús Brisefío, subdiretor do Comitê Organizador do Pan de Guadalajara. Simples assim.

Gilberto Carvalho se reúne com Silva e analisa futuro do colega

26 de outubro de 2011 | 11h 34


JEFERSON RIBEIRO - REUTERS
O ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria Geral da Presidência da República, se reuniu nesta quarta-feira com o colega do Esporte, Orlando Silva, e com membros da cúpula do PCdoB para avaliar a situação política de Silva no governo.
Na terça-feira, após a abertura de inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) para investigar possíveis desvios de recursos no programa Segundo Tempo, comandado pela pasta, assessores no Palácio do Planalto informaram à Reuters que a situação política de Silva dentro do ministério se complicou.
Esse agravamento foi discutido na reunião desta quarta-feira entre Carvalho, o presidente do PCdoB, Renato Rabelo, o líder dos comunistas na Câmara, Osmar Júnior (PI), e o líder do partido no Senado, Inácio Arruda (CE).
É aguardada para esta quarta-feira uma definição da presidente Dilma Rousseff sobre a manutenção de Silva no governo depois de a Suprema Corte aceitar o pedido do Ministério Público de investigar as denúncias na pasta, que envolvem o ministro.
Na sexta-feira, Dilma conversou com Orlando Silva e o orientou a continuar seu trabalho normalmente e seguir se defendendo das acusações, mas não lhe deu garantias de que não o substituiria caso a situação política se agravasse. A decisão do STF pode selar a saída dele do governo.
Silva está na berlinda há pouco mais de uma semana, quando o policial militar João Dias Ferreira disse à revista Veja que o ministro é o coordenador de um esquema de desvio de recursos públicos dos convênios do programa Segundo Tempo, e que havia inclusive recebido propina na garagem do ministério.
Até agora, o policial não apresentou provas. Ele foi um dos cinco presos no ano passado em uma operação da polícia de Brasília que investigou desvios de recursos destinados a convênios firmados com a pasta.
Silva negou todas as acusações e disse que o acusador era um "desqualificado" que o estava atacando porque o ministério cobra dele a devolução de mais de 3 milhões de reais pelo descumprimento de convênios firmados entre entidades dirigidas por ele e o ministério.
(Edição de Eduardo Simões)

26/10/2011 - 17h43

Governo confirma saída de Orlando Silva; interino deve assumir

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DE BRASÍLIA
Atualizado às 18h01.
O ministro Gilberto Carvalho (Secretaria Geral) confirmou nesta quarta-feira (26) que o ministro Orlando Silva (Esporte) vai deixar o cargo.
Pouco antes das 18h, Orlando chegou no Palácio do Planalto junto do presidente do PC do B, Renato Rabelo, e aguardava para falar com a presidente Dilma Rousseff. Nessa reunião, o ministro deverá entregar a Dilma sua carta de demissão.
Segundo ele, ao menos por enquanto, o ministério deve ser comandado por um interino.
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Vou fazer o que a Dilma mandar', diz Orlando Silva
Ministro do Esporte foi chamado para reunião no Planalto, diz PC do B
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O secretário-executivo do Ministério do Esporte, Waldemar Manoel Silva de Souza, é quem deve ficar interinamente no cargo.
Carvalho não revelou quem são os nomes que devem substituir Orlando, mas disse que o ministério deve continuar sob o comando do PC do B.
Alan Marques -22.out.2011/Folhapress
O ministro Orlando Silva durante depoimento na Câmara dos Deputados
O ministro Orlando Silva durante depoimento na Câmara
Ainda de acordo com Carvalho, nas reuniões que o governo teve com o presidente do PC do B ontem à noite e com o próprio ministro Orlando Silva, hoje, pela manhã, não se chegou a um acordo sobre o nome do substituto. Como não houve uma definição sobre o nome, a presidente poderá nomear o secretário executivo como interino para poder decidir com calma. "Pode haver situação de interinidade. É o mais provável", disse o ministro.
ENTENDA O CASO
Orlando é suspeito de participação num esquema de desvio de recursos do programa Segundo Tempo, que dá verba a ONGs para incentivar jovens a praticar esportes. A acusação foi feita à revista "Veja" pelo policial militar João Dias Ferreira.
Após pedido feito pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, na semana passada, o STF (Supremo Tribunal Federal) abriu um inquérito para investigar o caso.
Na avaliação do Planalto, a decisão do STF agravou a situação do ministro. " O PC do B disse que respeita a decisão da presidenta. Sabe que a decisão é da presidenta, e o ministro Orlando Silva foi de uma maturidade política muito grande."
Ferreira e seu motorista disseram em entrevista à revista que o ministro recebeu parte do dinheiro desviado pessoalmente na garagem do ministério. A denúncia foi confirmada em entrevista à Folha.
Segundo o ministro, que tem desqualificado o policial militar em entrevistas e nas oportunidades que falou do assunto, disse que as acusações podem ser uma reação ao pedido que fez para que o TCU (Tribunal de Contas da União) investigue os convênios do ministério com a ONG que pertence ao autor das denúncias.
Em nota, o Ministério do Esporte disse que Ferreira firmou dois convênios com a pasta, em 2005 e 2006, que não foram executados. O ministério pede a devolução de R$ 3,16 milhões dos convênios.
De acordo com o ministro, desde que o TCU foi acionado, integrantes de sua equipe vêm recebendo ameaças.
Com Agência Brasil
17/08/2011 21h10 - Atualizado em 26/10/2011 20h13

As mudanças no ministério de Dilma

Equipe que tomou posse em 1º de janeiro de 2011 sofreu alterações.
Veja as trocas de ministros desde o início do mandato da presidente.

Do G1, em São Paulo
19 comentários
O ministério de Dilma (com o interino Waldemar) (Foto: Editoria de Arte / G1)



 Petista falando ...







Oposição pede que investigações no Esporte continuem

Para líderes de PSDB, DEM e PPS, saída de Orlando Silva era inevitável e não deve encerrar interesse pelo caso

Gabriel Castro
ACM Neto: "A saída não põe fim às irregularidades" ACM Neto: "A saída não põe fim às irregularidades" (Rodolfo Stuckert/Agência Câmara)
Com a confirmação da queda do ministro Orlando Silva, parlamentares de oposição afirmaram nesta quarta-feira que as investigações sobre os desvios no Esporte devem continuar. O líder do DEM, ACM Neto (BA), acredita que o caso não pode cair no esquecimento: "A saída não põe fim às irregularidades. É fundamental que os responsáveis paguem", afirma.
Para o líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR), é preciso alterar o sistema de gestão, que privilegia o apadrinhamento e a divisão de cargos com critérios políticos: "Substituir o ministro sem alterar o modelo, que é de loteamento, não funciona", avalia.
Máquina - O líder do PPS na Câmara, Rubens Bueno (PR), adota o mesmo discurso: "É essa máquina que tem de ser desmontada. O governo está podre", diz ele. Já o deputado Fernando Francischini (PSDB-PR) foi direto: para ele, é preciso aprofundar as investigações sobre o governador do Distrito Federal, o petista Agnelo Queiroz - ex-ministro do Esporte e ex-integrante do PCdoB. "Os depoimentos e as gravações telefônicas que estão na Justiça indicam que o petista é o grande operador desse esquema”, afirma o parlamentar. “O capo não é o Orlando Silva, o capo é o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz. É esse o homem”,
Os líderes da oposição também cobram da presidente Dilma um substituto preparado. A princípio, ACM Neto não se opõe à escolha de mais um integrante do PCdoB. "O problema não é se o indicado é do PCdoB. O problema é quem vai ser indicado", resume.
Solução - Orlando Silva deixou nesta quarta-feira o cargo de ministro do Esporte do governo Dilma Rousseff. Ele é o sexto ministro de Dilma Rousseff a deixar a equipe desde o início do mandato da presidente, em janeiro – e o quinto a cair por envolvimento em um esquema de corrupção. O anúncio oficial foi feito à noite pelo próprio Orlando Silva após reunião dele com a presidente Dilma e com o presidente do PCdoB, Renato Rabelo, no Palácio do Planalto. "Fato nenhum houve que possa comprometer a minha honra e minha conduta ética", afirmou o agora ex-ministro.
O comunista voltou a dizer que não há provas contra ele e tachou as denúncias feitas pelo policial militar João Dias como um "ataque baixo" e uma "agressão vil", mas admitiu o acirramento da crise política por causa das denúncias. "Decidimos que a melhor solução seria sair do governo para defender a minha honra", disse, reafirmando o apoio ao governo Dilma apesar de seus desligamento do cargo. "Saio com o sentimento do dever cumprido".
"Nós defendemos desde o primeiro momento nosso ministro porque ele é honesto, sincero e um jovem com grande capacidade", disse Renato Rabelo, durante a entrevista coletiva.
A decisão de tirar Orlando Silva do governo já estava tomada desde a manhã desta quarta. Conforme noticiou a coluna Radar on-line, Orlando Silva era considerado desde cedo pelos colegas de partido e pelo governo um "cabra marcado para morrer". Às 18 horas o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, confirmou que a demissão era inevitável.
Interino - Por enquanto, o Ministério do Esporte ficará a cargo de um interino, também filiado ao partido de Orlando Silva, o secretário-executivo da pasta, Waldemar Manoel Silva de Souza. Ele integra a direção estadual do PCdoB no Rio de Janeiro e foi o braço direito de Silva no ministério. Seguindo ordens do chefe, Souza constituiu uma Comissão de Sindicância em 24 de outubro para investigar as revelações de VEJA. O escândalo envolvendo Orlando Silva chegou a respingar no secretário-executivo. O policial militar João Dias Ferreira, que denunciou o esquema de corrupção na pasta, disse ter, entre as provas das irregularidades, o áudio de uma reunião de abril de 2008 que teve a presença de Souza e de outros três integrantes da cúpula do ministério.











26 de outubro de 2011 | 17h 47





LAST












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