Publicada: 26/10/2011 01:21| Atualizada: 26/10/2011 00:22
Daniela Pereira
Moradores do Teixeira de Freitas, a
900 km de Salvador, estão chocados com uma queixa de abuso sexual. O
acusado é o soldado da Polícia Militar Jalmir Wagner Moreira Reis, e a
suposta vítima, uma adolescente de 13 anos. O PM é suspeito de estuprar a
jovem (que teria sido apreendida por furto a residência), no banheiro da 8ª Coordenadoria de Polícia do Interior (Coorpin).
O suposto crime teria ocorrido na madrugada do dia 16 de julho, mas as autoridades só tomaram conhecimento das denúncias no início deste mês. O caso está sendo apurado pela Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) da cidade, sob solicitação da titular da 2ª Promotoria de Justiça da Infância e do Adolescente, promotora Anna Cristina Prates.
De acordo com a denúncia, acompanhada por dois homens, a menor, atualmente com 14 anos, foi flagrada por uma viatura do 13º Batalhão, furtando residência no bairro Colina Verde. Detidos, os jovens foram colocados no camburão da viatura, enquanto a menor seguiria no veículo dos soldados. Ao perceberem que a mala do veículo não tinha sido corretamente fechada, os rapazes conseguiram fugir.
No caminho para a delegacia, por volta das 03h30, os militares passaram na residência da adolescente em busca dos documentos de identificação da menor para registro da ocorrência.
“Em casa ela pediu para ir ao banheiro, mas os policiais negaram e seguiram para a 8ª Coorpin. Na unidade, o pedido foi feito novamente, mas os policiais afirmaram que só concederia com o acompanhamento de um deles.
Enquanto um militar registrava o flagrante no plantão da delegacia, a vítima contou que o soldado Jalmir teria colocado a arma em sua cabeça e obrigado-a a fazer sexo com ele. Em seguida ele teria dado tapas na cara da menina e ameaçado-a de morte”, contou o jornalista Jotta Mendes, primeiro a noticiar o fato, no sul do estado.
Cinco dias após o ocorrido, o soldado teria voltado à casa da menor, a bordo de uma YBR de placa NTV 0650, e reforçado as ameaças. “Ele repetiu que se algo fosse contado, ele a mataria junto com o irmão de oito anos”, contou a mãe da adolescente, em entrevista a Mendes, ressaltando que ao tomar conhecimento do caso, migrou da cidade temendo sofrer represálias. Diante de denúncias anônimas, a promotoria da infância e juventude enviou oficio ao comando do 13º Batalhão, onde o PM é lotado, solicitando apuração do caso.
Investigação - De acordo com tenente-coronel Sérgio Barros, Comandante do 13º BPM, um inquérito foi instaurado para apurar a denúncia e o caso permanece sob investigação interna. “Fiquei pasmo com esta denúncia. Apesar das investigações permanecerem em curso, é necessário ressaltar que esta menor foi apreendida com notebook, tênis e TV furtada, sem contar que não há nada que desabone a conduta do soldado acusado”, ressaltou.
Procurado pela equipe da Tribuna para fornecer mais detalhes sobre o caso, o titular da 8ª Coorpin, Marcus Vinícius, não foi encontrado. A delegada Kátia Cielber Guimarães Garcia, da Deam de Teixeira de Freitas, retorna de viagem hoje para retomar as investigações. Segundo informações da delegacia local, ainda esta semana, os PMS serão convocados a prestar depoimento sobre o caso. Atualmente, a menor recebe acompanhamento psicológico no CAM para realização do reconhecimento do acusado.
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26/10/2011 01:21| Atualizada: 26/10/2011 00:22 O suposto crime teria ocorrido na madrugada do dia 16 de julho, mas as autoridades só tomaram conhecimento das denúncias no início deste mês. O caso está sendo apurado pela Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) da cidade, sob solicitação da titular da 2ª Promotoria de Justiça da Infância e do Adolescente, promotora Anna Cristina Prates.
De acordo com a denúncia, acompanhada por dois homens, a menor, atualmente com 14 anos, foi flagrada por uma viatura do 13º Batalhão, furtando residência no bairro Colina Verde. Detidos, os jovens foram colocados no camburão da viatura, enquanto a menor seguiria no veículo dos soldados. Ao perceberem que a mala do veículo não tinha sido corretamente fechada, os rapazes conseguiram fugir.
No caminho para a delegacia, por volta das 03h30, os militares passaram na residência da adolescente em busca dos documentos de identificação da menor para registro da ocorrência.
“Em casa ela pediu para ir ao banheiro, mas os policiais negaram e seguiram para a 8ª Coorpin. Na unidade, o pedido foi feito novamente, mas os policiais afirmaram que só concederia com o acompanhamento de um deles.
Enquanto um militar registrava o flagrante no plantão da delegacia, a vítima contou que o soldado Jalmir teria colocado a arma em sua cabeça e obrigado-a a fazer sexo com ele. Em seguida ele teria dado tapas na cara da menina e ameaçado-a de morte”, contou o jornalista Jotta Mendes, primeiro a noticiar o fato, no sul do estado.
Cinco dias após o ocorrido, o soldado teria voltado à casa da menor, a bordo de uma YBR de placa NTV 0650, e reforçado as ameaças. “Ele repetiu que se algo fosse contado, ele a mataria junto com o irmão de oito anos”, contou a mãe da adolescente, em entrevista a Mendes, ressaltando que ao tomar conhecimento do caso, migrou da cidade temendo sofrer represálias. Diante de denúncias anônimas, a promotoria da infância e juventude enviou oficio ao comando do 13º Batalhão, onde o PM é lotado, solicitando apuração do caso.
Investigação - De acordo com tenente-coronel Sérgio Barros, Comandante do 13º BPM, um inquérito foi instaurado para apurar a denúncia e o caso permanece sob investigação interna. “Fiquei pasmo com esta denúncia. Apesar das investigações permanecerem em curso, é necessário ressaltar que esta menor foi apreendida com notebook, tênis e TV furtada, sem contar que não há nada que desabone a conduta do soldado acusado”, ressaltou.
Procurado pela equipe da Tribuna para fornecer mais detalhes sobre o caso, o titular da 8ª Coorpin, Marcus Vinícius, não foi encontrado. A delegada Kátia Cielber Guimarães Garcia, da Deam de Teixeira de Freitas, retorna de viagem hoje para retomar as investigações. Segundo informações da delegacia local, ainda esta semana, os PMS serão convocados a prestar depoimento sobre o caso. Atualmente, a menor recebe acompanhamento psicológico no CAM para realização do reconhecimento do acusado.
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