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quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Ministro das Cidades rebate denúncias sobre oferecimento de propina e diz que age dentro da legalidade



Marli Moreira
Da Agência Brasil
Em São Paulo

O ministro das Cidades, Mário Negromonte, voltou a negar hoje (25) que esteja envolvido em um suposto esquema de corrupção. Ele garantiu que suas ações se baseiam na legalidade, moralidade e no respeito à Constituição. “Tudo permitido, senão não estaria aqui”, disse o ministro, após discursar na abertura de seminário da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), em São Paulo.

Negromonte falou sobre o assunto ao responder a uma pergunta de um jornalista sobre matéria publicada hoje (25) no jornal O Estado de São Paulo. Segundo a reportagem, ele é suspeito de ter desviado recursos públicos da Câmara dos Deputados, em 2010, para pagamento de despesas de uma companhia aérea.

Além da matéria da hoje do jornal paulista, a última edição da revista Veja também publica reportagem envolvendo o ministro. Segundo Veja, ele articulou um esquema de oferecimento de propina para correligionários em troca de apoio político. Ainda de acordo com a revista, o objetivo era neutralizar os efeitos de um conflito interno no seu partido, o PP.

Em seu discurso durante o seminário, o ministro fez menção a esse fato. “Aqui e acolá, a gente tropeça em uma palavra e em uma frase, mas jamais irei tropeçar na ética de fazer política, na seriedade da transparência e na honestidade.”

Ele disse também que se sente honrado em integrar a equipe de governo da presidenta Dilma Rousseff, e enalteceu a atuação dela na gestão do dinheiro público. “Tem de ser bom maratonista para arrancar dinheiro do governo federal. Ela tem o foco técnico, tem o mapa do Brasil na cabeça e vai surpreender pela capacidade de gestão”.

Dirigindo-se aos empresários, Negromonte destacou que o setor de mobilidade urbana nunca recebeu tanto apoio como agora. Ele observou que os recursos aumentaram de R$ 600 milhões para R$ 32 bilhões entre 2003 e 2009. Somente nos projetos previstos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e os ligados à Copa do Mundo de 2014 serão gastos R$ 12 bilhões em mobilidade urbana.

Ele citou ainda outras ações vinculadas ao Ministério das Cidades, como o o plano de saneamento básico para universalizar o atendimento até 2020, com verba prevista em R$ 400 bilhões, e investimentos no melhoria das construções destinadas ao Programa Minha Casa Minha Vida.

Entenda as denúncias contra os ministérios

  • Frederico Silva da Costa, secretário-executivo e número dois na pasta

A Polícia Federal prendeu mais de 30 pessoas ligadas direta ou indiretamente ao Ministério do Turismo. Entre os detidos estavam o então secretário-executivo e número dois na hierarquia da pasta, Frederico Silva da Costa (foto), além do ex-presidente da Embratur Mário Moysés, o secretário nacional de Desenvolvimento de Programas de Turismo, Colbert Martins da Silva Filho, e diretores e funcionários do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento de Infraestrutura Sustentável (Ibrasi) e empresários.

Cerca de uma semana depois, todos foram soltos com habeas corpus ou liberados após prestarem depoimento à polícia.

Segundo a PF, foram detectados indícios de desvio de dinheiro público no convênio de R$ 4,4 milhões firmado em 2009 entre o ministério e o Ibrasi.

Costa operava como secretário-executivo da pasta desde 2008, promovido pelo então ministro petista Luiz Barreto. Seu superior imediato, o ministro do Turismo Pedro Novais, do PMDB, foi indicado pelo presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), que nega a indicação e a atribuiu à bancada do partido na Câmara.

Em audiência na Câmara dos Deputados, Novais reiterou que só sairia da pasta se perdesse o apoio da presidente, do partido ou se adoecesse.

Na edição do dia 20 de agosto, reportagem da “Folha S. Paulo revelou que Novais, então deputado federal, apresentou emenda ao Orçamento da União para destinar R$ 1 milhão do ministério do Turismo à construção de uma ponte em Barra do Corda (450 km ao sul de São Luís).

O fato ocorreu em dezembro do ano passado. A licitação da obra foi vencida pela empresa Planmetas Construções e Serviços, cuja sede fica em um apartamento e que tem registro falso.







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