ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO
Apesar de não gostar que falassem isso, por pura modéstia, Fernando Magalhães Chacel era considerado o sucessor do paisagista Roberto Burle Marx (1909-1994).
Filho de pai espanhol e de mãe carioca, Chacel se formou arquiteto em 1953, pela então Universidade do Brasil.
Ainda estudante, tornou-se estagiário no ateliê de Burle Marx e ali, admirando as cores e as formas dos trabalhos, começou na carreira.
Nos anos 60, foi diretor de parques e jardins da Guanabara. Depois, fez trabalhos, entre outros, para Furnas e Itaipu, onde realizou seu maior projeto paisagístico.
Para o Ministério da Educação, montou um curso de planejamento paisagístico com o geógrafo Aziz Ab'Saber. Ao lado de Rosa Kliass, foi um dos fundadores da Abap (Associação Brasileira de Arquitetos Paisagistas).
Sidney Linhares, seu sócio, destaca o trabalho do amigo nos parques da gleba E, na Barra da Tijuca, como um dos mais significativos.
Chacel deu aulas no Brasil e no Canadá. Gostava de terminar seus projetos de madrugada e de trabalhar com equipes multidisciplinares.
Da juventude, boêmia, manteve o hábito de tocar acordeão. No último congresso internacional que participou, no Rio, em 2009, apresentou-se com amigos.
Dias depois, sofreu um acidente vascular cerebral e esteve debilitado desde então. Morreu no domingo, aos 79. Teve três filhos --uma morreu em 2010-- e duas netas.
Haverá missa do sétimo dia hoje, em SP, às 15h, na igreja da Cruz Torta, e no Rio, às 16h, na paróquia Nossa Sra. da Conceição da Gávea.
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