Edição do dia 12/11/2010
12/11/2010 20h50 - Atualizado em 12/11/2010 20h50
Na manhã desta sexta, o vice-presidente já estava melhor e chegou a despachar com assessores. Mas a menos de 24 horas de ter alta, a calmaria no 11º andar do Hospital Sírio Libanês deu lugar à correria.
O vice-presidente José Alencar voltou a sentir dores no abdômen na tarde desta sexta. Os médicos ainda não sabem avaliar se é consequência do infarto que ele sofreu na quinta ou do câncer que ele tem combatido há anos. A reportagem é de José Roberto Burnier.
A menos de 24 horas de ter alta, a calmaria no 11º andar do Hospital Sírio Libanês deu lugar à correria. No início da noite de quinta, o vice-presidente José Alencar teve um mal súbito.
O vice-presidente estava no quarto, sentado numa poltrona, conversando com seu assessor. De repente, ele começou a ficar pálido, sonolento e com falta de ar. Chegou a dizer que estava passando mal. Ele foi socorrido imediatamente e levado para exames. O diagnóstico foi infarto agudo do miocárdio.
Chefe da equipe médica, o cardiologista Roberto Kalil Filho disse que os exames não revelaram entupimento de artéria.
A explicação mais provável é que tenha ocorrido um espasmo, que é um fechamento temporário, em uma das artérias. E isso teria prejudicado o funcionamento do músculo cardíaco.
“Uma das hipóteses é uma reação, um efeito colateral do quimioterápido. Um dos quimioterápicos que ele está tomando pode ocasionar o espamo da artéria do coração”, explicou o Dr. Roberto Kalil Filho.
Na manhã desta sexta, o vice-presidente já estava melhor e chegou a despachar com assessores, como ficou registrado em fotos.
O vice-presidente foi internado há 18 dias por causa de uma obstrução no intestino, provocada por um câncer contra o qual ele luta desde 2006.
Duas das lesões obstruíram uma parte do tubo intestinal. Com quimioterapia, os médicos conseguiram diminuir os tumores e liberar parcialmente o intestino. Tudo para evitar uma nova cirurgia, que seria a 16ª.
No fim da tarde, Alencar voltou a se queixar de dores no abdômen. A equipe decidiu esperar mais um pouco para fechar o diagnóstico.
“Pode ser uma manifestação de obstrução, pode ser só um momento que para todo o tubo digestivo por causa de tudo o que está acontecendo com ele. Tem que ser esclarecido se são problemas no coração. E o tempo agora vai ajudar a entender melhor o que está acontecendo”, declarou o Raul Cutait, médico oncologista.
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