12/11/10 - 00:00 > POLÍTICA
brasília - O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, defendeu ontem a destinação de mais R$ 50 bilhões para a pasta, independentemente da fonte de recursos. Segundo ele, não importa se o dinheiro virá do Orçamento da União ou de um novo imposto. Para Temporão, o fundamental é que o ministério tenha verba para conter o subfinanciamento do sistema público de assistência. "Sou a favor de R$ 50 bilhões a mais para a saúde", disse, ao lhe ser perguntado se é favorável à criação de um novo imposto para a área, semelhante à Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), extinta em 2007. Temporão afirmou que é preciso uma solução definitiva e séria para o problema.
O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, defendeu ontem a destinação de mais R$ 50 bilhões para a pasta, independentemente de virem do Orçamento ou de um novo imposto.
11/11/2010 18h26 - Atualizado em 11/11/2010 18h30
Ministro defende mais recursos para Saúde e diz que 'CPMF é uma opção'
Para Temporão, saúde pública sofre com problemas de financiamento.
Ministro participou de lançamento de campanha de combate à dengue.
dados sobre a dengue no Brasil. (Foto: Valter
Campanato / Agência Brasil)
O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, defendeu nesta quinta-feira (11) um acréscimo de R$ 50 bilhões ao orçamento do setor. Questionado de onde sairiam os recursos, o ministro disse que os repasses poderiam vir da "União ou de um novo imposto" e que a "CPMF é uma opção".
A possibilidade de recriação da contribuição, extinta em 2007, retornou ao noticiário depois de uma declaração da presidente eleita sobre o tema. Dilma Rousseff afirmou que há uma "pressão" de governadores para que haja uma compensação para a perda de receita com o fim da CPMF e que está disposta a negociar o tema com eles.
De acordo com o ministro Temporão, a rede pública de saúde no Brasil sofre com problemas de gestão e de financiamento. Para ele, é necessário "melhorar a qualidade dos gastos" e "resolver a fragilidade financeira do setor".
"Seja qual for a solução, ela não pode sofrer os mesmo problemas da CPMF, que deixou os recursos serem usados em outras áreas", afirmou o ministro.
Campanha
Nesta quinta, o Ministério da Saúde lançou uma nova edição da Campanha Nacional de Combate à Dengue. De acordo com o ministro, a campanha terá a distribuição de folhetos e propaganda em emissoras de rádio e televisão, com peças publicitárias que vão utilizar depoimentos de pessoas que tiveram a doença ou com familiares e amigos vítimas da dengue.
A partir da próxima semana, o ministro visitará as cidades onde há maior risco de disseminação da doença, com o objetivo de divulgar a campanha.
Mortes
O número de mortes provocadas pela dengue no país aumentou 89,7% neste ano (no período entre janeiro e 16 de outubro) em relação a todo o ano passado, segundo dados divulgados nesta quinta (11) pelo Ministério da Saúde.
De acordo com o coordenador do Programa Nacional de Controle da Dengue, Giovanini Coelho, houve 312 mortes em 2009 e 592 entre janeiro e 16 de outubro deste ano.
O número de casos notificados da doença, informou o ministério, aumentou mais de 90% no mesmo período. Em todo o ano de 2009, foram notificados 489.819 casos e, neste ano, mais de936 mil.
Extinção da CPMF foi 'ignorância sem precedentes’, diz Lula
Na Bahia, presidente disse essa foi ‘a única frustração’ que teve no governo.
Ao final do discurso, Lula partiu para um comício com Dilma Rousseff.
Iara Lemos Do G1, em Brasília
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quinta-feira (26), em Salvador, que “a única frustração’ do seu período de quase oito anos como presidente da República foi extinção da CPMF pelo Congresso Nacional. Durante o anúncio de investimentos para a Copa do Mundo de 2014, o presidente afirmou que houve “perversidade” dos políticos que votaram contra o projeto, que segundo Lula injetaria mais recursos na saúde dos municípios.
“A única frustração que tenho no governo foi na noite que, por mesquinhez, nós perdemos a CPMF. Eu não conheço nenhum empresário que ficou 1% mais rico porque deixou de pagar CPMF. Entretanto, a perversidade daqueles políticos que votaram contra era de tal magnitude que eles tiraram R$ 40 bilhões por ano da saúde pública. Tiraram achando que iam me prejudicar, numa atitude de ignorância sem precedentes, porque o Lula tem plano médico", afirmou.
O presidente ainda afirmou que falta “muita coisa a ser resolvida” no governo, e citou como exemplos a criação do marco regulatório ambiental e a mudança na lei de Licitações.
“Às vezes uma empresa perde uma licitação e entra na Justiça e ficar três anos segurando a obra. E ninguém assume a responsabilidade pelo prejuízo que o país está tendo..Às vezes é o Ministério Público que levanta suspeita por uma coisa e quando sai uma notinha do jornal a primeira coisa que faz é parar a obra porque todo mundo tem medo. Então é assim, uma coisa maluca que se cria no país”, reclamou o presidente.
Ao final do discurso, Lula brincou que estava se despedindo da sua atividade institucional e convidou quem quisesse o acompanhar na Praça Castro Alves. No local, Lula participa de um comício com a candidata petista à Presidência, Dilma Rousseff.
“Quero me despedir, terminar aqui meu ato institucional, vou 'picar' meu cartão de presidente. Agora quem quiser ir comigo na Praça Castro Alves, pode vir”, disse o presidente.
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