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segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Igreja Universal teria enviado R$ 17,9 milhões ilegalmente para o exterior, diz jornal

O Ministério Público Federal investiga remessas ilegais de dinheiro envolvendo a Iurd, afirma reportagem publicada pelo jornal Folha de S. Paulo neste domingo (25)
REDAÇÃO ÉPOCA

O Ministério Público Federal investiga remessas ilegais de dinheiro ao exterior que teriam beneficiado a Igreja Universal do Reino de Deus, informou uma reportagem publicada neste domingo (25) pelo jornal Folha de S. Paulo. Pelo menos R$ 17,9 milhões, em valores atualizados pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor), teriam sido transferidos para uma conta em Nova York por uma casa de câmbio chamada Diskiline.

A informação foi obtida por meio de uma análise feita pela Assessoria de Análise e Pesquisa da Procuradoria-Geral da República nos dados levantados pela Polícia Federal para a CPI do Banestado. Os documentos apreendidos pela PF na sede da Diskline descrevem 24 remessas feitas entre agosto de 1995 e fevereiro de 1996. As transferências somavam R$ 7,5 milhões e tinham como destino a conta nº 365.1.007852 do Chase Manhattan Bank, um banco americano que no ano 2000 foi comprado pelo JP Morgan.

A transferência, diz a Folha, teria ocorrido por meio de dólar-cabo, um sistema clandestino de transações combatido pela PF desde os anos 90. Por meio do dólar-cabo, os doleiros costumam abastecer contas no exterior de forma não controlada pelo Banco Central.

O dinheiro, segundo a reportagem da Folha, era entregue em espécie por uma mulher identificada pelo código "Ildinha/Fé". A reportagem afirma que as operações com a Diskline seriam realizadas por Alba Maria Silva da Costa, diretora do Banco de Crédito Metropolitano e de empresas do grupo da Igreja Universal. Alba Maria foi denunciada pelo Ministério Público de São Paulo por supostos crimes de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e organização criminosa, com o líder da Iurd, Edir Macedo. Um documento mencionado pela Folha cita dois ex-sócios da Diskline, Marcelo Birmarcker e Cristiana Marini, como "doleiros investigados no caso Banestado".


Outro relatório mostra supostas relações da CEC Trading Corporation, empresa que foi aberta no nome de Celso Macedo Bezerra, irmão de Edir Macedo, com a americana Beacon Hill Service Corporation, fechada pelo governo dos EUA em 2003, sob acusação de retransmissão ilegal de fundos. Segundo um relatório da Procuradoria-Geral da República de 2005, citado pela Folha, "há a informação de que a Rádio e Televisão Record S.A. remeteu para o exterior a quantia de US$ 1,2 milhão para a CEC Trading Corporation, na mesma conta que recebeu recursos de doleiros da Beacon Hill". Segundo a reportagem, a Rede Record confirmou uma transação com a CEC Trading, mas afirmou que os pagamentos foram todos feitos dentro da lei e registrados no BC. A Igreja Universal do Reino de Deus informou que não comentaria o assunto por falta de informações suficientes.











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