segunda-feira, 26 de outubro de 2009
Advogada gasta R$ 1milhão em obra e dívidas de Clodovil
O grande sonho de Clodovil Hernandez de construir a Fundação Isabel Hernandez (nome da mãe de Clô) está prestes a se realizar. Maria Hebe Pereira de Queiroz, inventariante dos bens deixados pelo artista e parlamentar, já deu largada na obra que servirá de sede para o projeto benemerente. O local escolhido é a residência de 2 mil m², avaliada em R$ 350 mil, deixada por Clodovil em Cotia, na capital paulista, que estava penhorada em R$ 100 mil.
Após quitar a dívida e pedir três orçamentos a construtoras renomadas, a advogada fechou contrato e aguarda que a obra fique pronta no prazo de seis meses.
“Prefiro não falar em valores, para não gerar fofoca. Mas garanto: tomei todos os cuidados possíveis para preservar o espólio”, ressalta a advogada.
A reforma só pôde ser realizada graças à ação ganha pelo parlamentar contra a TV Bandeirantes, no valor de R$ 1 milhão, que, aliás, já está todo comprometido. Por essa razão, ao saber que Marta Suplicy ganhou um processo por danos morais contra Clodovil, no valor de R$ 188 mil, a advogada tentou, em vão, um acordo.
“Trabalho com transparência e garanto: após quitar honorários, dívidas deixadas pelo deputado e iniciar a obra, não tenho como arcar com mais essa despesa. Já disse a ela que faço o que quiser para perdoar essa dívida. Afinal, trata-se de um projeto benemerente e essa briga com o Clodovil é coisa do passado. Sei que ele a ofendeu, mas a Marta deveria pensar nas crianças carentes que serão ajudadas pela Casa Clô”, pondera Maria Hebe.
Em meio a essa negociação, a inventariante deve decidir como será decorada a sede da fundação. Ela pode usar as obras de arte e mobília deixadas por Clodovil em seu apartamento em Brasília – que ainda estão sendo arroladas pela justiça – ou os bens da mansão em Ubatuba, litoral paulista, avaliada em R$ 4 milhões.
“Em 25 de novembro, embarcarei para Miami e de lá visitarei a socialite Tereza Espírito Santo, em Orlando, que deseja assumir a mansão e transformá-la em uma Casa Clô. Depois dessa reunião, passarei esse projeto para o juiz avaliar. Só a partir daí definiremos todos os detalhes”, explica a inventariante.
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