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quinta-feira, 5 de março de 2009

"Tomás é a figura engraçada do filme, o cara que a gente quer ser, livre e bem resolvido"

Fábio Assunção

"Tomás é a figura engraçada do filme, o cara que a gente quer ser, livre e bem resolvido"

O que significa cinema para você?
O cinema, pelo próprio formato, é um produto bem acabado assim como uma minissérie é para televisão. Me estima muito gravar uma cena sabendo que ficará para a eternidade.
O cinema tem um tempo bem próximo ao do teatro, apesar de ser feito através de cameras. Nele o ator se sente tranqüilo para trabalhar o personagem. Outro ponto que me encanta é que como o elenco é menor, ele se parece com uma família, que irá trabalhar junta por um período de dois meses. É muito fascinante. É como se vivêssemos uma nova vida!

O que te motivou a aceitar o projeto Sexo Amor e Traição?
O fato de ter o Jorge Fernando dirigindo, um companheiro de trabalho de muitos anos e que me dirigiu na minha segunda novela na Rede Globo, foi o ponto forte na hora da decisão. Jorge Fernando é um cara que integra as pessoas e que além de ter tem muito bom gosto, é uma figura completa.
A questão do elenco também foi importante, são todos da minha geração, que trabalham constantemente e se dão muito bem. Isso é essencial. Com toda certeza vamos fazer um novo filme com o nosso estilo de interpretação.
O que você mais gosta do Tomás?
O que mais gosto no Tomás é que ele não tem compromisso ético, nem moral. É um viajante, uma figura solta que se diverte com tudo, além de ser muito mulherengo. É a figura engraçada do filme, o cara que a gente quer ser, livre e bem resolvido. É como se fosse um vento nessa história. É o grande personagem desse filme.

Qual momento mais marcante de Tomás?
Quando o Tomás se encontra com ele mesmo, percebe que está vivendo um momento de liberdade e solidão. É o seu conflito interior. Na cena da boate, ele percebe a futilidade que era sua vida, apesar da liberdade que tinha. Esse é o contraponto de nossas vidas. Quando estamos casados pensamos no quanto era bom viver com liberdade e quando isso acontece, queremos exatamente o contrário. Todo mundo vive essa contradição.
E como foi trabalhar com Jorge Fernando nesse filme?
Ele continua o mesmo maluco! É muito intuitivo, espontâneo e criativo e traz consigo uma vida inteira dedicada a isso. O Jorginho te dirige como uma criança, permite a interatividade, pois é muito importante para o ator colocar suas idéias em cena. Todos são artistas num processo de cinema ou de teatro.
Eu repito, que estou fazendo muito esse filme por ser o primeiro de Jorginho Fernando, até porque meu filho acabou de nascer, mas mesmo assim gostaria de compartilhar esse momento com ele e mostra-lo o quanto sou seu fã.






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