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quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Rússia está destinada ao 'isolamento' e 'irrelevância', diz Rice


Secretária de Estado americana critica Moscou por 'ameaçar apontar armas nucleares para países pacíficos'

Efe


Rice critica Rússia em discurso em Washington

AP

Rice critica Rússia em discurso em Washington

WASHINGTON - A secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, afirmou nesta quinta-feira, 18, que a Rússia está encaminhada "ao isolamento e à irrelevância", por atos como a invasão da Geórgia ou sua "ameaça de apontar armas nucleares para países pacíficos". Em um discurso em Washington, Rice avaliou que o "mais preocupante" sobre a Rússia "é que estes atos formam uma pauta de comportamento cada vez pior nos últimos anos."


"Esta pauta de comportamento é de uma Rússia cada vez mais autoritária em casa e cada vez mais agressiva no exterior", afirma. As palavras de Rice são uma dura advertência contra Moscou e indicam um endurecimento ainda maior da política dos EUA em relação ao Governo russo, depois que a invasão da Geórgia em agosto causou um forte mal-estar em Washington.

Como exemplo da nova pauta de comportamento da Rússia, Rice citou a "intimidação" que aplica aos Estados soberanos vizinhos, o "uso do petróleo e do gás como arma política", sua "ameaça de apontar suas armas nucleares para nações pacíficas", e sua venda de armamento a grupos e nações que ameaçam a segurança internacional, entre outros.

Para o responsável da política externa de EUA, este comportamento, que não "passou despercebido" para a comunidade internacional, "colocou a Rússia e o mundo em um ponto crítico". O objetivo estratégico para os EUA agora é fazer a Rússia compreender que, com esse comportamento, "está impondo a si mesma um isolamento", e uma perda de peso e de relevância no âmbito internacional.

"Os Estados Unidos e a Europa devemos se levantar perante este tipo de comportamento. Por nosso bem-estar, e o do povo russo, que merece uma melhor relação com o resto do mundo, os Estados Unidos e a Europa não podem permitir que a Rússia obtenha nenhum benefício com suas agressões. Nem na Geórgia nem em nenhum lugar", disse.

Prioridade russa

Ainda nesta quinta-feira, o presidente da Rússia, Dmitri Medvedev, declarou que as relações com os Estados Unidos são uma das prioridades de seu país e pediu que não se sacrifique por exageros o potencial dos laços bilaterais.

"Uma das prioridades da política externa russa são as relações com os EUA, que em grande parte determinam a atmosfera geral no mundo", ressaltou Medvedev ao receber no Kremlin as credenciais de vários embaixadores, entre eles as do americano.

Segundo o presidente, Rússia e EUA contam com um "significativo potencial para o diálogo político e as relações nos âmbitos econômico e comercial, energético e de investimentos". "Desperdiçar estas conquistas por exageros e reviver estereótipos do passado seria politicamente pouco perspicaz", disse.

"Deveríamos saber utilizar (este potencial) para conferir um novo caráter a nossas relações", afirmou o chefe de Estado. Ele lembrou que a história das relações russo-americanas viveu várias situações tensas, mas "sempre se impôs o bom senso, o pragmatismo e se levaram em conta os interesses mútuos."

"Apesar de nossos enfoques essencialmente diferentes a respeito dos assuntos internacionais, estamos convencidos de que temos a oportunidade de construir uma cooperação construtiva a longo prazo", ressaltou o presidente.

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