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quinta-feira, 3 de julho de 2008

Sangue em chão de casa em Jundiaí saiu de varizes de idosa e ela não percebeu, diz polícia


Publicada em 03/07/2008 às 12h13m

Tiago Dantas, Diário de S.Paulo

SÃO PAULO - Acabou o mistério que envolvia o aparecimento de sangue humano no chão de uma casa do Jardim Bizarro, em Jundiaí, a 60 quilômetros da capital. O líquido não é proveniente de um fenômeno paranormal nem de um milagre. Exames provaram que o sangue jorrou das varizes da aposentada de 71 anos que mora no imóvel.

Um exame do Instituto de Criminalística (IC) da capital, entregue nesta quarta à Polícia Civil de Jundiaí, comprovou que o DNA do líquido colhido no piso da residência é compatível com o da costureira.

- O que aconteceu foi que as varizes da perna da idosa estouraram, e ela não percebeu - diz o delegado Marco Antônio Ferreira Lopes, do 6 DP do município.

A informação inicial era de que o sangue havia jorrado do chão da casa e que não haveria ninguém machucado dentro da casa.

A tese do delegado foi comprovada por um exame de corpo de delito, feito dois dias após o aparecimento do sangue. Apesar de já saber que não havia mistério no caso, a polícia manteve em sigilo o resultado deste exame de corpo de delito até esta quarta-feira.

Os testes mostraram que algumas veias da perna da mulher estavam dilatadas. Para os peritos, é um sinal de que houve sangramento.

O líquido apareceu pela primeira vez no final da tarde de 15 de junho deste ano, no banheiro da casa, enquanto a costureira tomava banho. O sangue surgiu também no piso da cozinha, da sala e do quarto. O fenômeno se repetiu no dia seguinte. A costureira e seu marido, um aposentado de 65 anos, não comentaram o resultado dos exames do IC ontem.

( QUE ESTRANHO, AS VARIZES DESSA SRA. ESTOURARAM , MAIS DE UMA VEZ E ELA , NÃO PERCEBEU!?, ESSA EXPLICAÇÃO DA POLICIA É...???!!!)

Varizes possuem causas genéticas

Existem basicamente dois fatores que influenciam no surgimento de varizes: a hereditariedade e o estilo de vida. As questões genéticas pesam muito. Se a pessoa nasce com as paredes das veias frágeis, não há remédio para isso. Mas muito pode se fazer em caráter preventivo. E até novos tratamentos mais simples e menos invasivos estão disponíveis para impedir que a doença causa mais transtornos.

Doença? Isso mesmo. As varizes são consideradas doenças crônicas, em cinco níveis diferentes (de C2 a C6). Apenas no primeiro nível, chamado C1, as varizes não são ameaças à saúde, são apenas marcas estéticas nos níveis mais superficiais da pele (derme).

Já nos outros níveis, as varizes precisam ser combatidas. Isso porque elas provocam sintomas desconfortáveis, como peso nas pernas, dor, cansaço, manchas acastanhadas, feridas que demoram a cicatrizar.

Quanto mais essas varizes avançam, maior o risco de complicações que podem chegar a ser fatais, como a trombose. Há risco também de úlceras, eczemas e hemorragias. "As paredes da veia são afetadas pela pressão, que pode ser causada por passar muito tempo na mesma posição ou não se exercitar regularmente", explica o cirurgião vascular Eduardo Toledo Aguiar, da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV).

Até a alimentação influencia. "Excesso de carboidratos, falta de fibras e de verduras geram constipação. Assim, a pessoa tem de fazer força para ir ao banheiro, o que força as veias também. Há risco até de hemorróidas, que também são varizes", conta o médico.

O tratamento costumava ser feito com cirurgias, mas agora os médicos estão preferindo uma técnica menos invasiva, chamada escleroterapia com espuma. Trata-se de uma injeção que irá secar a veia, impedindo o avanço das varizes e acabando com os riscos de complicações.

De acordo com a SBACV, cerca de 35% da população brasileira com idade acima de 20 anos possui varizes, em algum nível. "Após os 40 anos, este índice chega perto dos 80%".

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