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sábado, 21 de junho de 2008

No tom do trombone


Após onze anos de realizações, belos concertos, muita polêmica e acessos de fúria, o maestro John Neschling anuncia que deixará o comando da Osesp e atira suas batutas para todo lado

Por Alvaro Leme

25.06.2008

Mario Rodrigues

Neschling, na Sala São Paulo: ele diz que fica até 2010

Profunda admiração e repúdio absoluto. Os dois extremos emocionais costumam vir à tona quando se fala no maestro John Neschling nos círculos de amantes da música clássica. Imagina-se, daí, o burburinho que preencheu as conversas dessa turma nos últimos dias. Na semana passada, o maestro comunicou, numa carta entregue ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que comanda o conselho da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, a decisão de deixar a Osesp quando seu contrato expirar, em outubro de 2010. Por causa da programação, anúncios como esse são mesmo feitos com bastante antecedência pelos regentes. Neschling sucedeu ao legendário maestro Eleazar de Carvalho, que morreu em 1996. Os números de sua administração (primeiro como consultor, depois nos cargos de diretor artístico e regente titular) são impressionantes. O orçamento passou de 1,5 milhão para mais de 60 milhões de reais – 43 milhões de reais saem dos cofres do governo estadual, o restante é captado com a iniciativa privada e a venda de ingressos. Outra fonte de renda é um bem-sucedido programa de assinaturas. Desde 2000, quando foi criado, saltou de 2 388 para os atuais 11 795 assinantes. A média salarial dos músicos, que em 1997 era de 1 200 reais, hoje é de 8 000 reais. Nenhuma realização, porém, fez tanta diferença para a vida dos paulistanos quanto a Sala São Paulo. Uma das exigências de Neschling quando foi convidado pelo governador Mário Covas para assumir a Osesp foi a construção de uma sala de espetáculos. Até então, os ensaios eram realizados num restaurante, enquanto as apresentações aconteciam no Memorial da América Latina e no espremido Cine Copan. Nem tudo foram flores, é verdade. Ao longo dos últimos onze anos, as atitudes arrogantes e o temperamento intempestivo de Neschling renderam-lhe desafetos, rusgas e polêmicas quase na mesma proporção que seus feitos. Ele comenta, a seguir, seus motivos para largar a batuta que ainda segura com mão-de-ferro.

Veja São Paulo – Qual é o motivo de sua saída?
Neschling – Vim para cá há onze anos, convidado pelo governador Mário Covas e pelo então secretário da Cultura, Marcos Mendonça, para reestruturar uma orquestra decadente. Tive apoio irrestrito ao longo dos dez primeiros anos. Confiaram em mim, aceitaram minhas condições, inclusive a exigência de construir a Sala São Paulo. Houve um pacto de inteligência de que eu poderia fazer a orquestra que eu quisesse. Todo mundo sabe que, ao longo desse tempo, discuti e tive diversos pegas com o governo. Sempre com enorme respeito de ambas as partes. Nesses dez anos, a Osesp se transformou. De inexistente, passou a ser uma das grandes sinfônicas do mundo. O atual governo, desde o início, tentou imiscuir-se.

Mario Rodrigues

Durante ensaio na última terça: neste ano, serão 130 concertos

Veja São Paulo – O governador José Serra?
Neschling – E o João Sayad, secretário da Cultura, sobretudo por meio da assessoria de seu gabinete. Todo mundo sabia que o governo Serra não era simpático à minha presença. Tentou-se, por diversas vezes, desestabilizar minha estada. Lançaram-se inúmeros boatos. De que viria alguém para o meu lugar, de que não me pagariam, não renovariam o contrato. Depois houve o episódio do YouTube, que foi desgastante (em outubro de 2007, críticas de Neschling ao governador José Serra foram colocadas no site. Nas gravações, feitas sem que ele percebesse durante ensaios da Osesp, o maestro classifica Serra como "menino mimado" e "autoritário"). Houve e há uma tentativa constante de diminuir a verba da orquestra. Existe uma tentativa explícita de tirar dinheiro da Osesp.

Veja São Paulo – Qual é o orçamento da orquestra?
Neschling – O contrato de gestão entre a secretaria e a fundação prevê que o estado tem de dar determinada quantia por ano, durante cinco anos, e a Osesp se compromete a dar outro tanto. Perfazem juntos cerca de 57 milhões de reais. Neste ano, a orquestra captou mais com a iniciativa privada, então o total passa de 60 milhões de reais (desse montante, 43 milhões vêm do governo estadual). Em vez de entender que é preciso manter esse contrato, o governo procura tirar dinheiro da Osesp. Temos de brigar por tostões. Começam a imiscuir-se também em questões artísticas. Tentaram, por exemplo, estabelecer critérios para convidar maestros estrangeiros, coisa que jamais imaginei, porque não há ninguém, ninguém nessa administração capaz de entender mais disso do que eu. É uma tentativa de criar tensões. A assessoria da secretaria acha desnecessária a academia da Osesp. Eu considero um dos projetos fundamentais, se a orquestra quiser sobreviver. Não há no Brasil escolas suficientes que preparem músicos de orquestra como a Osesp está preparando. Tanto que temos músicos da academia que vão entrar na orquestra.

Veja São Paulo – O senhor considera essa interferência artística como a gota d’água?
Neschling – Isso e outras coisas. O governo não acha necessário fazermos turnês internacionais. Ou acredita que não tem de pagar por elas. Faz parte da vida de todas as orquestras do mundo se apresentar em outros lugares, outras salas, para público e crítica diferentes. Quando a Seleção Brasileira de Futebol ganha a Copa do Mundo, volta ao Brasil e desfila em carro aberto dos bombeiros. Vai a Brasília, recebe comendas e o diabo. A Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo faz uma turnê vitoriosa, triunfal na Europa, é classificada pelo jornal Le Monde como um "milagre brasileiro". Ao voltar, é apedrejada.

Veja São Paulo – Para o senhor a sensação foi essa, de ser apedrejado?
Neschling – Devíamos ter sido paparicados. Eu me orgulho profundamente do trabalho que fiz com a Osesp. Nunca foi do meu feitio pedir para ficar. Então, se sinto que há vontade de mudança por parte do governo, sou o primeiro a dizer para mudar. Isso não quer dizer que não me preocupe com a minha orquestra. Digo aqui bem claro – com a minha orquestra. Que eu criei. Construir uma grande orquestra demora vinte anos. E destruí-la, vinte dias. As pessoas podem entrar para a história como criadores ou como coveiros de orquestras.

Veja São Paulo – O senhor acredita que a Osesp conseguirá andar com as próprias pernas?
Neschling – É uma grande incógnita. Não vejo nenhum projeto que possa substituir o atual, mas uma vontade abstrata de mudança. A Osesp não é uma orquestra de 150 anos, estabelecida, com raízes bem fincadas. É uma flor de pântano. Uma orquestra que todo ano ganha prêmios, tem um aumento de assinaturas e recebe mais convites para concertos fora do Brasil de repente vai mudar? Para onde? Com quem? Mudar por mudar não tem lógica. Põe em risco um projeto vencedor.

Veja São Paulo – Na prática, o senhor deixará a Osesp na mesma época em que terminar o atual governo, em 2010. Existe possibilidade de o senhor voltar atrás, numa eventual nova gestão?
Neschling – Não penso nessa hipótese no momento. Há duas possibilidades até 31 de outubro de 2008: ou meu contrato é renovado por mais um ano ou expira em 2010. Minha intenção não é brigar para ficar. Tenho a impressão, com toda a falta de modéstia que isso possa parecer, de que as pessoas deveriam me pedir para continuar. Como há má vontade do lado de lá, ponho meu cargo à disposição. Mas me preocupo com o amadorismo da assessoria da secretaria.

Veja São Paulo – Ao falar em "assessoria da secretaria", o senhor se refere a alguma pessoa em especial?
Neschling – Não. É ao trabalho da Secretaria de Estado da Cultura, que a meu ver tem sido catastrófico em relação à Osesp.

Divulgação

A Osesp, em Genebra, na Suíça: "milagre brasileiro", segundo o Le Monde

Veja São Paulo – O senhor chegou a conversar sobre a Osesp com o governador José Serra?
Neschling – Não falei com o Serra desde que ele assumiu o governo. Por milhões de razões. Não há nada específico. Mas, assim como não houve aproximação, não houve briga direta. Não tenho nenhuma relação com o governador.

Veja São Paulo – Teria a ver com o episódio da Virada Cultural de 2005, em que o senhor e o governador Serra, então prefeito, se desentenderam?
Neschling – Essa história da Virada Cultural virou mito. Foi um mal-entendido, explicado diversas vezes. Não houve recusa de minha parte, mas uma impossibilidade técnica. Agora, há uma pinimba, sim. Nem precisa ser do governador. Como disse, não estive com ele desde que assumiu. Da minha parte não existe pinimba com ele. Duvido que o governador tenha tempo de pensar em mim. Mas a secretaria tem tempo de ficar espicaçando a Osesp. Outro dia o Sayad disse que nos obrigou a tocar nas manhãs de domingo e que nos pôs para viajar pelo interior. Isso não é maneira de se referir a uma orquestra como a Osesp. Não é um conjunto qualquer. Ninguém, de nenhum governo, veio me obrigar a tocar. Eu bolei esse projeto itinerante para retribuir aos contribuintes do interior do estado, que mantêm a orquestra também com seus impostos.

Veja São Paulo – Qual foi seu sentimento enquanto redigia a carta comunicando sua saída?
Neschling – Por um lado, de profunda melancolia. Não ache que é com felicidade que me despeço. É minha orquestra, é minha filha. Não é fácil me separar dela. Mas também fiquei bravo porque o trabalho e a trajetória da orquestra mereciam mais respeito. Ouvi falar, inclusive, que queriam trazer consultores. Não preciso de consultor. Fui contratado como consultor, na verdade. Depois de um ou dois anos é que me tornei diretor artístico. A população não precisa de consultor para ver que o trabalho é um sucesso. A Bis, companhia de discos sueca, não precisou de consultoria para lançar dezenas de discos nossos.

Veja São Paulo – Imagina alguém como seu sucessor?
Neschling – Não. E também, para ser sincero, não me interessa. Nem acho que exista um sucessor natural. Vai ser necessário, se é que é possível, procurar muito para conseguir uma pessoa que passe onze meses por ano dedicando-se de corpo e alma não só à música, mas à administração, aos projetos, à construção de todos os departamentos da orquestra, à academia, à editora de partituras. Quem é que entende de música brasileira assim? E que, ao mesmo tempo, sabe reger, gravar e consegue uma gravadora estrangeira? Vão ver que toda essa conversa a respeito do meu salário é uma balela.

Veja São Paulo – Os comentários sobre seu salário o incomodam?
Neschling – Há muito tempo. Primeiro porque é baixo comparado ao que se ganha num posto como o meu. Falou-se que o Daniel Barenboim viria para cá. Ora, ele pediu milhões de dólares lá na Alemanha. Para passar cinco, seis semanas. E merece. Ele é o Barenboim. Se quiserem trazê-lo para cá, terá de ser por três ou quatro vezes o que me pagam, para tê-lo aqui durante quatro concertos. Fim de papo. E ainda teriam de pagar mais não sei quanto a uma pessoa que cuidasse, no resto do ano, do trabalho que ele não faria. Portanto, essa história de dizer que meu salário é alto... Meu salário é baixo. A orquestra economiza um bocado comigo, entendeu? Para ter uma pessoa com essa dedicação, nessas condições, é baixo.

Veja São Paulo – Seu salário é mesmo de 100 000 reais?
Neschling – Sim. Mas o que são 100 000 reais hoje em dia? Não se consegue um regente para vir para cá por menos de 25 000 dólares por semana. E não vai fazer nada além dos ensaiozinhos dele, dos concertos e vai embora. Isso não é um absurdo, não. Quanto custa um carro hoje em dia? O Brasil é um país muito caro, além do mais. Mas não é essa a questão. Senão vão dizer que outros ganham 4 000 reais. Claro, mas não fazem a Osesp. Dotou-se o país de uma orquestra que é motivo de orgulho, e parece que temos de ser malhados por isso.

Veja São Paulo – O senhor tem projetos definidos para depois de 2010?
Neschling – Nada fixo, mas diversos convites para reger pelo mundo inteiro. Nenhum posto. Até duas semanas atrás nem pensava nisso.

Veja São Paulo – Foi uma decisão rápida, então?
Neschling – Venho pensando há tempo no desgaste. Cada vez que vou ao exterior, vejo como, em outros lugares, sou respeitado de uma forma que não se repete aqui. Mas minha decisão de sair é muito recente.

Veja São Paulo – O senhor se arrepende de algo?
Neschling – Não me arrependo de nada que tenha feito dentro da Osesp. É um trabalho maduro, muito bem estruturado. O resultado está aí, pode ser medido quase que com uma trena. Por outro lado, você sempre se arrepende de uma palavra a mais ou a menos. Eu me arrependo de ter sido tão impulsivo naquele episódio do YouTube. Não de ter dito aquelas coisas, mas não precisava. Sinto muito, aliás, se causei desconforto ao governador ou a quem quer que seja. Evidentemente, não sou perfeito. Tenho personalidade difícil. No mínimo, a cidade ganhou uma sala de concertos maravilhosa. Ela, pelo menos, não pode ser destruída. Está lá, são tijolos e pedras.


O que eles dizem

João Sal/Folha Imagem


"A saída de Neschling é questão interna da fundação que administra a Osesp e é mais independente que o Banco Central. Nossa ingerência é muito pequena. Nunca tive rixas pessoais com o maestro."
João Sayad, secretário de estado da Cultura

folhapress 2003
João Sayad

Vice-presidente de Finanças e Administração do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) desde 1º de setembro de 2004, João Sayad é economista, doutor pela Yale University e professor titular da Faculdade de Economia e Administração (FEA) da Universidade de São Paulo (USP). Foi secretário de Finanças e Desenvolvimento Econômico da Prefeitura de São Paulo (2001 a 2003), ministro-chefe da Secretaria de Planejamento da Presidência da República (1985 a 1987) e secretário de Estado dos Negócios da Fazenda de São Paulo (1983 a 1985). Sayad iniciou sua carreira no magistério, em 1968, um ano após formar-se pela FEA-USP. Suas atividades acadêmicas incluíram a diretoria da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE), de 1979 a 1983; a secretaria executiva da Associação Nacional dos Centros de Pós-Graduação em Economia (Anpec), de 1978 a 1980; e a vice-diretoria do Instituto de Pesquisas Econômicas (IPE), de 1979 a 1983. Trabalhou, também, como consultor em crédito rural para o Banco Mundial. Tem várias publicações na área de finanças e agricultura e contribui regularmente para jornais e periódicos acadêmicos.
"Os oprimidos são loquazes e barulhentos como um bando de comadres."
João Sayad, ex-ministro do Planejamento, para quem se discute tudo no Brasil, mas sem uma preocupação lógica e sem se chegar a nenhuma conclusão

Presidente Lula e ministros durante audiência com o presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento, Enrique Iglesias, e com João Sayad
(Palácio do Planalto, Brasília, DF)
Foto: Ricardo Stuckert/PR

Esquadrão antibomba
Com o ex-ministro João Sayad nas Finanças, Marta Suplicy quer desarmar arapucas de Pitta e obter recursos para o social

Ana Carvalho

Jarbas Oliveira/Folha Imagem
João Sayad ao lado de Marta Suplicy: “Sou calouro no PT, estou curioso e animado”

O ex-ministro do Planejamento João Sayad, confirmado na quinta-feira 9 como o secretário de Finanças e Desenvolvimento Econômico do governo Marta Suplicy, terá missão de super-herói: desarmar as bombas deixadas pelo governo de Celso Pitta e sinalizar para a elite financeira, dentro e fora do País, que é possível ser governo e do PT. Tão logo anunciado, já foi desativando explosivos. Avisou que não haverá moratória e que a renegociação da dívida do município, de R$ 18 bilhões, não é prioridade da prefeita eleita. Sayad, que estava no Ministério do Planejamento do governo Sarney quando o então ministro da Fazenda Dilson Funaro detonou a moratória da dívida externa, 13 anos depois mantém a mesma posição: “Não fazer pagamentos é um ato, de certa forma, não civilizado.” A difícil situação em que se encontra a Prefeitura de São Paulo está tirando o sono do economista, um dos formuladores do Plano Cruzado, afastado da vida pública desde 1987. Em entrevista a ISTOÉ, falou de seus planos e deixou claro que o buraco nas contas não o desestimula a enfrentar o desafio dos números e, muito menos, o de arrumar e gerenciar as verbas para os projetos sociais da prefeitura, entre eles o Renda Mínima e o Banco do Povo. Segundo projeções, os projetos sociais custarão cerca de R$ 260 milhões e não estão contemplados no Orçamento de R$ 7,9 bilhões que está sendo votado na Câmara.

Perguntado como é pertencer a um governo do PT, disse sorrindo: “Sou um calouro, estou curioso e animado.” Em seguida, revela ter amigos na legenda. “Compartilhamos da crítica aos neoliberais. São pessoas honestas, bem-intencionadas, capazes. É uma experiência nova. Nunca trabalhei num governo do PT. Tenho uma expectativa muito positiva.” Sócio do Banco Inter American Express, o banqueiro – que se afastará do cargo em janeiro – é também professor da USP e um duro crítico da política econômica de FHC.

Ao anunciar o supersecretário, a prefeita eleita ressaltou que a posição ideológica de Sayad pode não ter total afinidade com a legenda. “O PT não faz mais restrições a empresários. Hoje, se beneficia da experiência e do saber acumulado nessa área, temida pelo partido até pouco tempo atrás”, afirmou Marta. Sayad, ainda filiado ao PMDB, está preparado para enfrentar a reação do governo federal. “Não espero tratamento favorável. Não falaremos com o governo ou com a equipe econômica como ex-companheiros”, numa referência a FHC e seus ministros.

A bomba-relógio a ser desarmada é de alta potência. Faltam R$ 312 milhões para fechar as contas de 2001, segundo os cálculos feitos até agora. A receita prevista no Orçamento é de R$ 7,9 bilhões, mas será necessário desembolsar 8,2 bilhões para pagar dívidas, pessoal e serviços terceirizados. Menina dos olhos do PT, o Renda Mínima, por exemplo, recebeu uma migalha: R$ 500 mil contra R$ 74 milhões do ano passado, totalmente remanejados para outros projetos.

próxima>>


A taça vai, de novo, para o...

... reincidente ex-ministro João Sayad, pela continuação da série “As profissões”, na Folha de S. Paulo. Trecho:

Economistas são os teólogos do capitalismo. Têm uma fé: a origem do Mal – inveja, violência – é a escassez. E uma religião: o mercado é o caminho da salvação que nos tornará “modernos” e humanos.

João Sal/Folha Imagem

"Pior é sugerirem maestros internacionais meia-boca para o lugar dele. Conheço pelo menos dez maestros brasileiros, eu inclusive, tão bons ou até melhores que o Neschling."
Júlio Medaglia, maestro

Arquivo pessoal

"Com seu estilo, o maestro colecionou dezenas de desafetos. Certamente havia gente esperando por isso fazia tempo dentro da Osesp. A maior homenagem que se pode fazer a ele agora é garantir que a orquestra caminhe sozinha."
Irineu Franco Perpetuo, jornalista especializado em música, escreve para a Folha de S.Paulo

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