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quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Morumbi : Tentativa de assalto eleva para seis o nº de mortes




REYNALDO TUROLLO JR.
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A troca de tiros entre dois homens --um suspeito de assalto e um vigia-- ocasionou a morte de ambos nesta quinta-feira e elevou para seis o número de mortos no Morumbi, zona oeste de SP, nos últimos 30 dias.
Vigia e suspeito morrem em tentativa de roubo no Morumbi
Robson Ventura/Folhapress
Tentativa de assalto termina com suspeito e vigia mortos
Tentativa de assalto termina com suspeito e vigia mortos
Com o caso de hoje, seis pessoas foram mortas no Morumbi no último mês --três suspeitos de roubo no dia 7 durante uma ação policial; e um vigia, executado por criminosos no dia 12.
A região sofre uma onda de violência. A PM diz que intensificou o patrulhamento local.
A polícia investiga o crime desta quinta-feira com base em imagens de câmeras do prédio.
O CASO
Segundo a polícia, o vigia José Ailson Xavier dos Santos, 41, conversava na calçada com o motorista de um Gol quando foi abordado por dois homens, um deles armado.
Segundo o delegado do 89º DP (Portal do Morumbi), Carlos Battista, o vigia sacou a arma para resistir, mas foi atingido no peito por um disparo feito por Pedro Carlos de Souza, 26.
O vigia fez ainda dois disparos e acertou Pedro no tórax e na cabeça. Ele morreu na hora. Já o vigia foi socorrido para o hospital de Campo Limpo, mas também morreu.
O outro suspeito, que estava com Pedro, fugiu. Até o início da noite, a polícia ainda procurava por ele.
As câmeras mostram que o motorista do Gol deixou o local logo após o tiroteio. A polícia tenta localizá-lo por meio das placas do carro.
O delegado Battista diz não descartar nenhuma hipótese --assalto, acerto de contas e até a participação do motorista do Gol--, mas que "os indícios são de uma tentativa de assalto ao vigia ou ao carro [Gol]".
"Pelo tipo da ação, não parece que iriam tentar roubar o condomínio", diz o delegado. "Ele [o vigia] estava na rua e armado. Ele foi alvejado em razão de ter reagido."
O suspeito que morreu, conhecido como Pedro Loco, saiu de uma penitenciária em São José do Rio Preto, no interior de SP, no feriado de 12 de outubro e não voltou. A namorada dele disse à polícia que ele morava em Paraisópolis, favela vizinha do local do crime.
ARMAS
Pedro Loco portava um revólver calibre 38 com numeração raspada. Segundo a polícia, ele tinha "um longo histórico de roubos".
O vigia portava de forma irregular uma Magnum.44, arma de uso restrito. Ele prestava "serviço informalmente no local", de acordo com o registro policial.
O síndico do condomínio Sunset Hill não foi localizado até o final da tarde para explicar a relação entre o vigia e o prédio.
O delegado do caso disse que vai investigar se ele tinha autorização da Polícia Federal para exercer o trabalho de vigia.
No DP, o primo da vítima, José da Silva Reis, 43, disse que o vigia costumava falar que a área era perigosa. "A gente ficava preocupado." Segundo o primo, o vigia deixa esposa viúva e duas filhas.
NÚMEROS
De janeiro a outubro deste ano, a região do Morumbi, atendida pelo 89º DP e pelo 34º DP (Morumbi) registrou 2.723 roubos --incluindo roubos a cargas, bancos, imóveis e pedestres--, o que resulta numa média aproximada de nove casos por dia.


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