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segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Lula nunca mais poderá beber álcool nem fumar

Ex-presidente Lula jamais poderá voltar a beber e fumar

Após cura, câncer pode reaparecer se esses hábitos forem mantidos. Quimio começa hoje

Rio - O câncer na laringe já impõe ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva um estilo de vida de restrições. Além dos cuidados com a voz, médicos afirmam que Lula nunca mais poderá ingerir qualquer tipo ou dose de bebida alcoólica, nem fumar.

“Ele jamais poderá voltar a beber e fumar. O percentual de retorno desse tipo de câncer é significativo, mas quando o paciente bebe e fuma, é quase certo”, explicou Emilson de Queiroz Freitas, membro titular do setor de Cirurgia de Cabeça e Pescoço, do Instituto Nacional de Câncer (Inca).

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

“A reincidência está muito ligada à retomada do consumo de bebida e cigarro”, reforça a chefe do setor de Otorrinolaringologia do Hospital Municipal Salgado Filho, a médica Leila Barquette.

A mudança de hábito será penosa para Lula, cujo tumor tem entre 2 e 3 cm. Segundo o médico dele, Roberto Kalil, foi descoberto “nem no início nem em estágio avançado”. Pouco antes de deixar a Presidência, em 2009, Lula disse que o que mais gostaria de fazer após passar o cargo seria beber uma “cachacinha”. Ele fuma cigarrilhas.

Nada de campanha em 2012

Lula não poderá mergulhar em campanhas eleitorais municipais, em 2012. Nada de comícios e longos discursos. “Mesmo curado, o câncer pode voltar num período entre um e dois anos”, disse Emilson. Todas as suas viagens foram canceladas até janeiro.

Ontem, véspera do início da quimioterapia, Lula ficou em casa, em São Bernardo do Campo (SP), se comunicando só através de frases anotadas num caderno. Evitar falar é recomendação médica. Ele se emocionou ao ver pela televisão a mensagem dos jogadores do Corinthians, seu time de coração, em uma faixa: “Força Lula”.

Localização do tumor facilita que doença se alastre para outros órgãos

Apesar de ter mais de 70% de chances de cura, o tumor que ataca Lula exige dedicação ao tratamento. Alguns médicos creem que região atingida é a que mais oferece possibilidade de o câncer se alastrar, entre os tumores de laringe.

“A supra-glote tem uma drenagem linfática muito rica, o que torna mais fácil a disseminação da doença para boca, traqueia e pulmão”, explica a chefe de Otorrinolaringologia do Hospital Salgado Filho, Leila Maria Barquette.

Durante o tratamento, Lula não deve fazer esforços por, no mínimo, 4 meses. Podem surgir ferimentos na garganta que levam à dificuldade para comer e falar.

Segundo Kalil, Lula não sente dor, está tranquilo e recebeu o diagnóstico com otimismo. Um dos irmãos do ex-presidente sofreu com o mesmo tipo de câncer.


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