[Valid Atom 1.0]

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Um dos nomes cotados para o lugar de Jobim é o do deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP)




Depois de ler a entrevista na qual chama ministra de 'muito fraquinha', presidente avaliou que ministro estava em situação 'insustentável'; Aldo Rebelo é cotado para assumir pasta

04 de agosto de 2011 | 14h 10


Vera Rosa e João Domingos, de O Estado de S. Paulo

BRASÍLIA - Depois de ler a íntegra da reportagem da revista Piauí com o perfil e as declarações do ministro da Defesa, a presidente Dilma Rousseff avaliou que Nelson Jobim ficou numa "posição politicamente insustentável" e decidiu demiti-lo, no final da manhã desta quinta-feira, 4. Segundo fontes do Planalto, a presidente teria pedido para ele antecipar a volta de Tabatinga (AM).

Veja também:
link RELEMBRE: Ministro nega crise e diz que relação com Dilma é 'ótima'
link RELEMBRE: Ministro de Dilma, Jobim declara que votou em Serra em 2010
link RELEMBRE: Em cerimônia de 80 anos de FHC, Jobim diz ter de tolerar 'idiotas'
link Enquete: Você concorda com a demissão de Jobim?

Ao contrário do que disseram alguns assessores do ministro da Defesa, a presidente não soube, "há um mês", que ele havia, em entrevista à Piauí, feito críticas às ministras escolhidas por Dilma depois da crise do caso Palocci, e que trabalham diretamente com ela no Palácio.

Jobim disse à revista que a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvati, é "fraquinha", e que Gleisi Hoffmann, ministra-chefe da Casa Civil, "não conhece Brasília". O ministro da Defesa considerou o governo Dilma "atrapalhado" pela maneira como, dois meses atrás, tratou da Lei de Acesso à Informação, promovendo vários recuos ao se posicionar sobre o sigilo dos documentos ultrassecretos - no final, a presidente optou por manter a proposta da Câmara, contrária ao sigilo eterno e permitindo que documentos ultrassecretos tenham sigilo de 25 anos renovado por apenas mais 25 anos. A outra proposta era favorável a renovar indefinidamente o sigilo.

Dilma ficou irritada como fato de Jobim ter se encontrado nesta quarta-feira, 3, com ela e, na audiência, não ter falado sobre as críticas às ministras. Antes da audiência, no Planalto, a presidente havia recebido no Palácio da Alvorada, o assessor de Jobim, o ex-deputado e ex-presidente do PT José Genoino. Ele não falou com Dilma sobre a reportagem da Piauí.

No início da noite dessa quarta, Jobim ligou para Ideli Salvatti, falou da reportagem e disse que as palavras dele estavam "fora de contexto". Ideli foi até a presidente e fez o relato sobre o que ouvira de Jobim.

Na manhã desta quinta, quando já estava na Amazônia, a caminho da Tabatinga, Jobim tentou falar também com a ministra Gleisi Hoffmann. A ministra-chefe da Casa Civil não quis atender Jobim e mandou dizer, depois, pelos assessores, que as opiniões do colega da Defesa era "irrelevantes".



Um dos nomes cotados para o lugar de Jobim é o do deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP). Alguns assessores citam também a possibilidade de o vice-presidente, Michel temer, assumir temporariamente, se for necessário, o cargo. O atual ministro da Justiça, José Eduardo Martins Cardozo, também faz parte da bolsa de aposta.

Por conta de outras declarações, Jobim já estava na lista dos auxiliares de Dilma que ela deve tirar do governo na primeira reforma ministerial, no final deste ano ou no início de 2012.

O ministro viajou na noite de quarta para São Gabriel da Cachoeira (AM). Nesta manhã ele partiu para Tabatinga (AM), onde, ao lado do vice-presidente da República, Michel Temer, assina um plano de vigilância de fronteiras entre Brasil e Colômbia.

Em recente entrevista concedida ao programa "Poder e Política", da Folha de S. Paulo e UOL, Jobim criou incomodo no Planalto ao fazer questão de revelar que, nas eleições do ano passado, votou no candidato tucano José Serra, o adversário da candidata vencedora, Dilma Rousseff.


No RS, alunos levam até cobertor a ''escola de lata''

Aulas são dadas em contêineres; para SP, previsão hoje é de 4°C de temperatura mínima

04 de agosto de 2011 | 0h 00

Elder Ogliari / PORTO ALEGRE - O Estado de S.Paulo

Em Porto Alegre e em Caxias do Sul, as crianças tiveram de se agasalhar mais do que de costume ontem para ir às aulas - em contêineres. A massa de ar polar, que perdeu força no Sul, chega hoje a São Paulo, trazendo frio intenso e geadas no sul e no oeste - as temperaturas devem ficar entre 4ºC e 18°C em todo o Estado.

Ronaldo Bernardi/Ag RBS
Ronaldo Bernardi/Ag RBS
Porto Alegre. Previsão é de que estudantes sejam levados a prédios adequados até outubro

Em Coronel Bicaco, no noroeste gaúcho, 700 alunos ficaram em casa ontem por causa das baixas temperaturas. Houve ainda queda de neve em São José dos Ausentes, Bom Jesus, Vacaria e São Marcos. E observadores meteorológicos registraram a ocorrência de chuva congelada em pelo menos oito municípios gaúchos. Em Três Forquilhas, no litoral, um vendaval deixou 800 estudantes sem aulas.

Em duas escolas estaduais de Porto Alegre e uma de Caxias do Sul, cujas aulas são em salas improvisadas em contêineres, os professores perceberam queda na frequência dos alunos. Ontem, as temperaturas pela manhã chegaram a 10ºC - anteontem, a sensação térmica era de -3ºC - e os alunos levavam até cobertores para os contêineres.

O diretor do Departamento Administrativo da Secretaria Estadual da Educação do Rio Grande do Sul, Claudio Somacal, reconhece que o ambiente não é propício à permanência de estudantes e diz que eles serão transferidos para prédios adequados até outubro.

Chuva. A enchente do Rio Ribeira de Iguape - causada pelas chuvas do início da semana na cabeceira do rio - atingiu, até o fim da tarde de ontem, mais de 10 mil pessoas em oito cidades no Vale do Ribeira, região sul paulista. As águas subiram até 10 metros e causaram uma onda de destruição desde Ribeira, na divisa com o Paraná, até Sete Barras, a mais de 100 km dali. No início da noite de ontem, as águas começavam a invadir bairros de Registro, a principal cidade da região. A Defesa Civil registrava 5,2 mil pessoas desabrigadas e 3,3 mil desalojadas, além de pelo menos 2 mil moradores ilhados na zona rural. Cerca de 4 mil moradias sofreram danos.

Em Registro, equipes da Defesa Civil e da prefeitura trabalhavam para evacuar as áreas atingidas pelas águas. O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), autorizou o envio de apoio humanitário às cidades atingidas. Equipes da Coordenadoria Estadual da Defesa Civil foram deslocadas para a região e a Sabesp enviou 50 mil litros de água para a população. / COLABORARAM JOSÉ MARIA TOMAZELA e EVANDRO FADEL


LAST

Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters

Nenhum comentário: