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quinta-feira, 4 de agosto de 2011

PT de Ribeirão Preto acolhe algoz de Palocci


Autor(es): agência o globo:Leila Suwwan
O Globo - 04/08/2011

SÃO PAULO. Enquanto se mantém afastado da vida pública, o ex-ministro da Casa Civil Antonio Palocci perde espaço político em sua base político-eleitoral, Ribeirão Preto (SP). O PT municipal aprovou esta semana a filiação do juiz aposentado João Agnaldo Donizeti Gandini. Provável candidato petista a prefeito da cidade em 2012, Gandini presidiu o processo que acusou Palocci de improbidade administrativa na licitação de compra de cestas básicas, conhecido como o caso do "molho de tomate com ervilhas".

O PT de Ribeirão Preto cortejava Gandini há meses, mas chegou a anunciar que Palocci seria sondado para a candidatura, depois de deixar o governo Dilma Rousseff, na esteira das suspeitas de enriquecimento ilícito por tráfico de influência. Porém, o presidente do PT de Ribeirão Preto, Pedro Sampaio, não conseguiu contatar Palocci.

Gandini não chegou a julgar o caso do molho de tomate, e o PT local afirma que não há "incômodo" na situação. Palocci foi inocentado criminalmente pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 2003, quando era ministro da Fazenda do governo Luiz Inácio Lula da Silva. No entanto, o Ministério Público ingressou com ação civil pública de improbidade contra Palocci em 2007, e o caso ainda está tramitando.

- Esse processo não criou nenhum incômodo entre petistas porque temos clareza que ele exerceu a função dele. Não é isso que está em discussão agora. O juiz teve uma atuação profissional, e isso não atrapalha a trajetória política - disse Sampaio. - Tentei falar com o Palocci, mas a informação que tive é que ele não tem intenções de entrar na política eleitoral.

Perguntada sobre a retomada da vida empresarial de Palocci, a assessoria de imprensa da Projeto Consultoria informou que o ex-ministro "está cumprindo quarentena após deixar o posto de ministro e só decidirá o que vai fazer depois desse período".

- A militância petista vê Palocci como liderança da cidade, e ele tem um forte apoio partidário na região. Todos os anos, é nossa tradição oferecer a ele os cargos que pretendemos disputar nas eleições seguintes - disse Sampaio. - Mas o Gandini é o candidato natural a prefeito e será um grande candidato. Ele tem um forte grupo de apoio e importante atuação com movimentos sociais da região. Estamos contentes por ele aceitar o convite do PT e agora vamos fazer um trabalho interno com os filiados.

Caso seja formalizado como candidato do PT em Ribeirão Preto, Gandini terá como adversária a atual prefeita, Darcy Vera (DEM), que deve acompanhar Gilberto Kassab em seu novo partido, o PSD.



Longe do governo, Palocci perde espaço em sua base eleitoral

De olho na eleição do ano que vem, PT de Ribeirão Preto filia juiz que comandou processo contra ex-ministro da Casa Civil

Ricardo Galhardo, iG São Paulo | 02/08/2011 18:29


A comissão executiva municipal do PT de Ribeirão Preto aprovou na última segunda-feira a filiação ao partido do juiz aposentado João Gandini. O ex-juiz é o nome preferido do PT para disputar a prefeitura da cidade no ano que vem.

A filiação é mais um golpe duro contra o ex-ministro da Casa Civil Antonio Palocci. Como juiz, Gandini foi o responsável durante três anos pelo processo no qual Palocci foi acusado de improbidade administrativa em uma licitação para compra de molho de tomate para as escolas municipais, quando o ex-ministro era prefeito de Ribeirão.

Foto: WILSON PEDROSA/AGÊNCIA ESTADO Ampliar

Palocci assiste à filiação de juiz que aceitou denúncia sobre molho de tomate e ainda vê deputado mobilizar sua base eleitoral

“Não me lembro do processo mas não é isso que está em discussão. Se o dr. Gandini tomou alguma atitude que possa ter prejudicado Palocci é porque estava cumprindo o dever dele como juiz”, disse o presidente do diretório municipal do PT de Ribeirão, Pedro Sampaio.

A assinatura da ficha de filiação aconteceu no sábado mas a entrada do juiz no PT foi homologada apenas na segunda-feira. Antes de fechar com o PT o juiz flertou com outros partidos como DEM e PSDB. Ao longo de 27 anos de magistratura, Gandini construiu uma reputação de homem ativo e incorruptível. Uma vez chegou a abandonar o gabinete para viver em uma favela da cidade.

Mas o processo que trouxe mais holofotes para o juiz foi aquele em que Palocci foi acusado de improbidade administrativa por exigir em um edital de licitação que o molho de tomate da merenda escolar tivesse ervilhas. Apenas uma empresa participante da licitação oferecia o produto. O Ministério Público interpretou a exigência como uma forma de driblar a concorrência. Palocci acabou absolvido pelo Supremo Tribunal Federal.

Embora não tenha chegado a julgar o caso, Gandini aceitou a denúncia oferecida pelo Ministério Público transformando a acusação em um processo formal. Palocci não foi sequer consultado sobre a escolha do desafeto para disputar o cargo que ocupou duas vezes. “Não vejo problema apesar de não ter perguntado ao Palocci”, disse Sampaio.


Corrosão da base

A escolha do juiz não é o único indício de corrosão da base eleitoral de Palocci. O deputado Newton Lima Neto (PT-SP), ex-prefeito de São Carlos e desafeto do ex-ministro, inaugurou recentemente um escritório político em Ribeirão e tem atraído apoio de antigos aliados e colaboradores históricos de Palocci.

Newtão, como é conhecido o deputado, é desafeto de Palocci desde a campanha pela reeleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2006. Na época, a afiliada regional de uma grande rede de TV decidiu escalar lideranças políticas locais para defender, na tela, seus respectivos candidatos a presidente.

Palocci acabara de deixar o Ministério da Fazenda em função do escândalo da violação do sigilo bancário do caseiro Francenildo Santos Costa e esperava usar o espaço para reabilitar sua imagem junto ao eleitorado da região. Newtão, no entanto, acabou impondo o nome do atual ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.

“O Newtão não tem espaço no diretório de Ribeirão porque é de São Carlos. Mas enquanto deputado ele ocupa o espaço do Palocci porque o Palocci não é mais deputado. Hoje o Newtão é quem representa a região na Câmara”, disse o presidente do PT de Ribeirão.

Newton Lima, entretanto, nega que seja desafeto de Palocci. Em nota, o deputado afirmou que a relação entre os dois sempre foi de respeito e admiração mútua. Lima nega também que tenha imposto o nome de José Eduardo Cardozo para participar dos programas de TV mas, segundo pessoas que participaram da negociação, foi o deputado que operou junto à emissora local para que o hoje ministro da Justiça ocupasse o espaço no lugar de Palocci.



"Sequência de escândalos da gestão Dilma Rousseff ameaça o recorde de Lulla"


Publicado em 03/08/2011 pelo(a) Wiki Repórter Júlio Ferreira, Recife - PE

-> - Foto: WEB
Pense numa gestãozinha esculhambada! Em sete meses na Presidência da República, Dilma Rousseff já enfrentou pelo menos três escândalos envolvendo diretamente alguns dos ministros que escolheu para participar do seu Governo, tais como: 1) Sobre o Chefe da Casa Civil, Antônio Palocci, descobriu-se que tinha o "vício de multiplicar dinheiro", através do qual, somente durante o período em que coordenou da campanha presidencial de 2010, conseguiu "potencializar" sua fortuna pessoal em algumas dezenas de vezes. Em um acesso de vergonha na cara, ou talvez com medo de que as investigações fossem aprofundadas, pediu pra sair; 2) Posteriormente, veio o escândalo envolvendo Aloizio Mercadante, titular do Ministério da Ciência e Tecnologia (???), acusado de ter sido o "aloprado-mor", naquele tragicômico episódio da compra do falso dossiê contra o então candidato tucano ao governo de São Paulo, José Serra, em 2006. Esse, com a resiliência que lhe é peculiar, fez cara de paisagem, e manteve a "boquinha"; 3) O mais recente é o escândalo do Ministério dos Transportes, onde foi descoberto um gigantesco esquema de fraudes em licitações e superfaturamentos nas obras do PAC, que acabou por causar a queda do ministro Alfredo Nascimento, mas está longe de ter chegado ao fim, pois, ao que tudo indica, ainda tem muita sujeira escondida "debaixo do tapete". Do jeito que a coisa vai, dona Dilma vai acabar batendo o triste recorde de escândalos vivenciados por seu "padrinho" e antecessor, o indefectível Lulla, aquele que durante oito anos usou e abusou da estratégia de fingir que não sabia nada sobre nada. Se cinismo pagasse imposto...




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