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quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Rússia pressiona o Brasil e veta embarques de mais 3 plantas






Daniel Popov
A razão para a ampliação do embargo é o resultado de mais uma inspeção em amostras de carnes, que teriam bactérias e parasitas. As plantas são de SP e SC. - São Paulo

A Rússia parece não poupar esforços para pressionar o Brasil, em relação a sua entrada na Organização Mundial do Comércio (OMC), e anunciou outros três frigoríficos brasileiros que se juntarão aos 119 já embargados, na lista negra do país. Trata-se das paulistas Frigoestrela e Libra Terminais, e da catarinense Diplomata que se diz injustiçada, atribuindo a culpa aos problemas políticos entre os países. Além disso, o serviço sanitário russo (Rosselkhoznadzor), também ameaçou incluir outras três plantas na lista, "caso não haja um controle sanitário efetivo as carnes embarcadas para o país".



O Rosselkhoznadzor divulgou em seu site documento alertando sobre a inspeção em amostras de carnes de 16 frigoríficos brasileiros que não estavam de acordo com as exigências russas. Segundo levantamento realizado pelo DCI, oito destas plantas estão nos estados já bloqueados (Paraná, Rio Grande do Sul e Mato Grosso). Uma, do Estado de Goiás, já possui restrição, restando apenas sete que estavam aptas a exportar pelos Estados de Goiás, São Paulo e Tocantins.

Segundo o comunicado, amostras de carne desses produtores continham parasitas, bactérias de diferentes tipos, e até o E-coli. Inicialmente, o Rosselkhoznadzor restringiu apenas três unidades, mas alertou sobre a possibilidade de embargar ainda outras três. O Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa), afirmou que não recebeu ainda qualquer comunicado a respeito, mas que irá averiguar.

As três empresas envolvidas também não receberam o comunicado oficial. Segundo representante do frigorífico Diplomata, de Santa Catarina, a Rússia sempre foi um mercado muito complicado, e que a empresa já busca outros mercados mais promissores. "A Rússia quer ampliar a sua produção de carnes, e com isso os volumes que exportamos não são crescentes. A gente embarca um pouco de frango para eles. Esse monte de problemas que eles relatam não existem, eles inventam essas coisas para banir mais plantas. Esse é um mercado que poderia ser importante, mas que nos dá muita dor de cabeça, e estamos buscando alternativas para não depender mais desse mercado", afirmou a empresa.



Já a Libra Terminais, empresa de logística que possui uma área frigorificada para atender seus clientes, afirmou que o serviço sanitário russo havia inspecionado o terminal em meados de setembro, e não encontrou nenhum problema. "Vamos aguardar a chegada do comunicado para saber do que se trata".



Por fim a Frigoestrela, se mostrou surpresa com a restrição, e afirmou que irá aguardar mais informações para se manifestar. Em contato com o diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal do Mapa, Luis Carlos de Oliveira disse que esse tipo de ação, por parte da Rússia, pode acontecer sempre. "Essa restrição deve ser em função de algum problema que eles encontraram. Isso irá sempre acontecer, já virou uma . . . [não completou a frase]. Vamos aguardar um comunicado para saber do que se trata", disse ele.



Segundo o comunicado do serviço sanitário russo, o Rosselkhoznadzor já havia entrado em contato com o secretário Francisco Jardim, para alertar a detecção de contaminações que violam os requisitos de saúde animal e as normas da União Aduaneira e Rússia.



Por fim, a Rússia ameaçou incluir outras três empresas na lista negra caso estas não tomem medidas para garantir um controle efetivo sobre a qualidade da produção destinada à Rússia.



EUA/JBS

O Mapa convocou reuniões com representantes da indústria de carne bovina e das companhias farmacêuticas de produtos veterinários, em Brasília (DF), após os Estados Unidos rejeitarem um carregamento de carne processada de uma unidade do frigorífico JBS de Barretos no interior paulista. O secretário de Defesa Agropecuária do ministério, Francisco Jardim, afirmou que uma carga da companhia foi refugada após o Serviço de Inspeção e Segurança Alimentar norte-americano detectar níveis do vermífugo ivermectina acima do permitido.



10.000Carnes





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