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quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Agricultura: novo ministro é 'queridinho' de Dilma


Mendes Ribeiro, o fiel aliado de Dilma

Indicado para o ministério da Agricultura é amigo da presidente há 30 anos. Exoneração de Wagner Rossi não saiu no Diário Oficial desta quinta-feira

Carolina Freitas
Mendes Ribeiro Filho: queridinho da presidente

Mendes Ribeiro Filho: queridinho da presidente (José Cruz/ABr)

O deputado federal Mendes Ribeiro Filho pode não saber distinguir um pé de alface de um pé de couve, mas tem um ponto forte para assumir o Ministério da Agricultura: uma relação de lealdade com a presidente Dilma Rousseff. O gaúcho de 57 anos comprou briga com o PMDB do Rio Grande do Sul nas eleições presidenciais de 2010, por fazer campanha para a presidenciável petista. No estado, o PMDB apoiava o tucano José Serra.
Dilma e Mendes Ribeiro se conhecem há trinta anos. A relação entre os dois se estreitou em 1980, quando o hoje deputado federal, formado em Direito, trabalhou na elaboração da Constituição gaúcha, ao lado do então marido de Dilma, Carlos Araújo. A presidente, nascida em Minas Gerais, construiu sua carreira política no Rio Grande do Sul.
A saída de Mendes Ribeiro da Câmara para assumir o ministério provoca mal-estar com o PT, mas resolve um problema com o PMDB. O suplente de Mendes Ribeiro é Eliseu Padilha, também do PMDB gaúcho – desafeto do governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, mas amigo do vice-presidente da República, Michel Temer. Atualmente, Padilha preside a Fundação Ulysses Guimarães, em Brasília.
Mendes Ribeiro deixa vago também o cargo de líder do governo no Congresso – e os senadores do PMDB já articulam para ocupar o espaço. Assim, ao fim e ao cabo, o PMDB conseguiu manter o ministério, a vaga na Câmara e a liderança no Congresso. Dilma Rousseff, como se vê, também teve participação na escolha – ao contrário do que Temer esforçou-se em divulgar na noite de quarta-feira: que a indicação do substituto de Wagner Rossi seria uma decisão exclusiva do PMDB.
Mendes Ribeiro Filho nasceu em Porto Alegre e começou na política aos 28 anos, quando foi eleito vereador pela cidade. Exerceu dois mandatos de deputado estadual e, quando indicado para o ministério de Dilma, ocupava seu quinto mandato na Câmara dos Deputados, em Brasília.

Sem exoneração - O Diário Oficial da União desta quinta-feira não traz a exoneração do ex-ministro da Agricultura Wagner Rossi. Nos casos de outros ministros que deixaram o governo, a publicação foi feita no dia seguinte à queda. Após sucessivos escândalos, mostrados por VEJA, Rossi entregou na quarta, por volta das 19 horas sua carta de demissão a Dilma. Como a demissão foi pedida no início da noite, haveria tempo para que a decisão entrasse no Diário Oficial – onde são publicados todos os atos públicos do governo e dos órgãos públicos.
A Imprensa Nacional, no entanto, não recebeu qualquer ofício da Presidência pedindo a publicação da exoneração. Também não está prevista a publicação de uma edição extra do Diário com a notícia. O Palácio do Planalto ainda não se pronunciou oficialmente sobre a nomeação de Mendes Ribeiro como titular da Agricultura, mas o anúncio deve ser feito ainda hoje. Nesta quinta-feira, a presidente Dilma Rousseff está em São Paulo, para o lançamento regional do Programa Brasil Sem Miséria.


É uma piada sinistra! Empresa de segurança que tem imagens que poderiam evidenciar se Rossi conhecia lobista espancador é de um… senador do PMDB!

Por Felipe Recondo e Leandro Colon, no Estadão:
Apontada como principal prova material que poderia ligar o ex-ministro da Agricultura Wagner Rossi (PMDB) ao lobista Júlio Fróes, as imagens do sistema de segurança do ministério estão sob a guarda de uma empresa ligada ao PMDB.

A Juiz de Fora Vigilância Ltda. pertence a Nelson Ribeiro Neves, que é sócio do senador Eunício Oliveira (PMDB-CE) na Manchester Serviços Ltda., empresa que também tem contrato com o Ministério da Agricultura. Eunício é o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e tesoureiro do PMDB, que indicou o ministro da Agricultura.

Segundo o ministério, foram apagadas as imagens mais antigas do circuito interno da sede da pasta em Brasília, que poderiam confirmar as denúncias feitas pelo ex-presidente da Comissão de Licitação Israel Batista sobre a ação do lobista. Fróes é apontado como influente dentro do ministério, distribuidor de propina e organizador clandestino de licitações na pasta.

As imagens mais recentes das dependências da sede da Agricultura, e que ainda não foram apagadas, serão encaminhadas à Polícia Federal. Uma delas, conforme diz o próprio ministério, mostra Fróes chegando ao prédio pela entrada privativa, cumprimentando o segurança e logo depois saindo.

Não há informações se nas imagens haveria um possível encontro de Fróes com o ex-ministro. Pelo relato de Batista à Polícia Federal, Fróes entrava no prédio pela portaria privativa do ministro e seguia para os andares onde ficavam os gabinetes de Wagner Rossi e do ex-secretário-executivo Milton Ortolan, que pediu demissão após a revista Veja vinculá-lo ao lobista.

Batista disse desconfiar que as imagens do sistema de segurança podem ser editadas ou apagadas na tentativa de livrar o ex-ministro das denúncias de envolvimento com o lobista. “As imagens são subordinadas ao ministro. Meu medo é que sejam cortadas. O problema é esse”, afirmou ao Estado antes do anúncio da demissão de Rossi.

De acordo com Batista, Ortolan e a coordenadora-geral de Logística do Ministério, Karla Renata França, teriam determinado, em agosto do ano passado, que uma sala com computador e telefone fosse reservada para o lobista “fazer um trabalho na comissão de licitação”. Aqui

Por Reinaldo Azevedo

Wagner Rossi é o quarto ministro a cair em 8 meses: Dilma é enérgica ou escolheu pessimamente seu ministério?

queda-ministros

Palocci, da Casa Civil; Alfredo Nascimento, dos Transportes; Nelson Jobim, da Defesa e Wagner Rossi, da Agricultura: alta rotatividade num governo recente

Amigos, a queda do ministro da Agricultura, Wagner Rossi (PMDB), que agonizou interminavelmente até entregar sua carta de demissão à presidente Dilma Rousseff, revela um volume espantoso de crise para um governo tão recente: quatro ministros caíram, sempre em meio a crises, em pouco menos de 8 meses de gestão.

Há quem celebre o fato de, excetuado o ministro Nelson Jobim, que saiu sem ser tisnado por qualquer acusação de roubalheira na Defesa, a presidente tenha, com maior ou menor rapidez, afastado três ministros envolvidos em denúncias de corrupção. (Que ninguém se iluda com as anunciadas demissões “a pedido”, como são publicadas no Diário Oficial: trata-se apenas de uma forma polida de anunciar um ministro que levou um pontapé no traseiro).

Mas, cá pra nós, amigos do blog, três ministros acusados de ladroagem em tão pouco tempo diz muito sobre a qualidade do Ministério escolhido por Dilma, de mãos dadas com seu antecessor, não é mesmo?

É um sinal claro de uma escolha péssima, não tenham dúvidas.













LAST

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