O Irã desconsiderou hoje a indicação do Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) de um investigador para monitorar supostos abusos cometidos no país, informou a agência estatal de notícias Irna.
"Esta resolução é injusta, injustificável e totalmente política e foi aprovada apesar da reticência de alguns países, sob a pressão dos Estados Unidos", disse o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores, Ramin Mehmanparast. "O objetivo desta resolução é pressionar a República Islâmica do Irã, para desviar a atenção das violações aos direitos humanos no Ocidente, em particular nos Estados Unidos", afirmou ele.
O conselho aprovou ontem, por 22 votos a favor e 7 contra, o apoio a uma resolução liderada pela Europa e apoiada pelos Estados Unidos de "indicar um relator especial para a situação dos direitos humanos na República Islâmica do Irã". O conselho lamentou "a falta de cooperação da parte da República Islâmica do Irã" sobre os recorrentes abusos aos direitos humanos no país após a resolução da Assembleia Geral da ONU adotada em dezembro.
O Paquistão, que atuou em nome dos Estados islâmicos, bem como da China, Cuba e Rússia, estiveram entre os sete países que votaram contra a resolução, enquanto 14 nações se abstiveram. Na semana passada, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, lamentou o relatório da Assembleia Geral que destacou a repressão contra as mulheres dos ativistas de direitos humanos, jornalistas e ativistas da oposição. As informações são da Dow Jones.
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