No governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a posição do Itamaraty era a de que condenar um governo não servia para resolver a situação de direitos humanos do país em questão. Assim, o Brasil absteve-se em condenações contra a Coreia do Norte, Irã, Mianmar, Sudão e Sri Lanka.
No caso do Irã, especificamente, o Brasil sistematicamente se abstém diante de resoluções da ONU sobre a questão dos direitos humanos. A única exceção foi um voto contrário ao governo iraniano em 2003 - o único nos últimos nove anos. Em outubro e dezembro do ano passado, por exemplo, o Brasil voltou a se abster.
Antes de assumir a Presidência da República, a petista Dilma Rousseff declarou que seu governo não ficaria calado diante de violações aos direitos humanos e criticou a posição do ex-chanceler Celso Amorim em uma votação sobre o Irã. Além disso, deu ordens para que fosse feita uma revisão da política externa.
Para os críticos, a decisão de não atacar foi uma postura deliberada do Itamaraty para ganhar o apoio para uma eventual votação para escolher novos membros do Conselho de Segurança da ONU. O problema é que, no caminho, deixou vários governos chocados com as decisões tomadas em Brasília.Sphere: Related Content
Nenhum comentário:
Postar um comentário