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sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

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Presidente e vice do Egito renunciam; poder passa para as Forças Armadas

Deputado trabalhista israelense já havia dito que "ele sabe que acabou, que é o fim do caminho"


Da Redação, com agências
Egípcios carregam bandeira do país com os dizeres
Egípcios carregam bandeira do país com os dizeres "Nunca ficaremos em silêncio"; a oposição havia prometido intensificar os protestos caso o presidente Hosni Mubarak não renunciasse

O presidente do Egito, Hosni Mubarak, 82 anos, renunciou ao poder no início da tarde desta sexta-feira (11), o 18º dia de protestos contra o regime no país. Imagens ao vivo da GloboNews mostram egípcios comemorando nas ruas do Cairo.

Segundo o canal de notícias, Mubarak - que estava no cargo há quase 30 anos - havia deixado o governo provisório ficará ao vice-presidente, Omar Suleiman. No entanto, Suleiman também acaba de renunciar e o controle político do país passou ao Conselho das Forças Armadas.

Segundo o deputado trabalhista israelense Benjamin Ben Eliezer, o presidente egípcio havia dito, em uma conversa por telefone na noite de quinta (10), que está buscando uma saída honrosa. Os egípcios esperavam pela renúncia em comunicado na quinta, mas foram frustrados por Mubarak, que disse que ficaria no poder até as eleições de setembro.

"Ele sabe que acabou, que é o fim do caminho. Só me disse uma coisa pouco antes de seu discurso, que procurava uma saída", afirmou Ben Eliezer à rádio militar.

O secretário-geral do Partido Nacional Democrático, Hossam Badrawi, também anunciou que vai renunciar a seu cargo, segundo uma fonte ligada à AFP. "Quando ele assumiu o cargo há alguns, ele queria garantir um breve período de transição para responder às demandas dos manifestantes. Agora que isso foi feito, ele vai pedir demissão", afirmou a fonte.

Mubarak já havia deixado o Cairo com sua família rumo ao balneário Sharm el-Sheikh, na península do Sinai. "Ele está em Sharm el-Sheikh", afirmou o porta-voz do Partido Nacional Democrático, Mohammed Abdellah.

Pouco antes, fontes ligadas ao governo informaram que Mubarak e a família haviam deixado o Cairo nesta sexta, mas sem deixar claro se haviam deixado o país.

As manifestações no Egito - mais populoso país árabe e importante aliado dos EUA na região - começaram em 25 de janeiro, parcialmente inspiradas na rebelião que derrubou o governo da Tunísia e ameaça agora se espalhar para outros países da região.



'O Egipto está livre!'
11 de Fevereiro, 2011
'O Egipto está livre!' é o grito de alegria que se ouve na Praça Tahrir, a Praça da Liberdade, no Cairo. Centenas de bandeiras agitadas no ar, palmas, cânticos a festejar a saída de Hosni Mubarak. E cada vez mais milhares de pessoas.

«A única solução é o regime cair», escrevia há quatro horas Mohamed AlBaradei no Twitter. «Havemos de vencer», preconizava. A alegria que se vive no país é a demonstração do acerto da previsão.

SOL














Minuto a minuto: "O Egipto está livre"

11.02.2011 - 12:12 Por Maria João Guimarães, Sofia Lorena, Dulce Furtado



Mubarak abandonou o poder. O Exército egípcio anunciou que vai ser o garante das reformas no país e prometeu a realização de eleições livres e justas. Nas ruas de várias cidades do Egipto milhões de pessoas festejam o fim de 30 anos do regime do faraó. A revolução minuto a minuto.





17h04: Explosão de alegria em Tunes. Queda de Hosni Mubark festejada na capital tunisina com buzinas. “Oh, povo egípcio, como és grande!”, ouviu-se na rua, descreve a AFP. A 14 de Janeiro, Tunes festejava a fuga do Zine El Abidine Ben Ali.

16h56: O Presidente dos EUA vai fazer uma declaração sobre o Egipto dentro de cerca de hora e meia. Barack Obama foi informado da demissão de Mubarak e passou alguns minutos a ver a cobertura televisiva dos acontecimentos, disse o porta-voz da Casa Branca Tommy Vietor.

16h55: Agora que Mubarak abandonou o poder, o importante é que “o diálogo seja rápido e que conduza a um governo que respeite as aspirações – e proporcione a estabilidade – do povo egípcio, diz a chefe da política externa da UE, Catherine Ashton. "O futuro do Egipto permanece, com razão, nas mãos do povo egípcio”.

16h39: Não é só a praça que está em ebulição: “No Cairo, os condutores estão a buzinar, há disparos de tiros para o ar”, conta o correspondente da BBC Jon Leyne na capital egípcia. Havia pessoas aos saltos: “Temos um ex-Presidente!”, gritam. “Conseguimos!”.

16h32: “Este é o melhor dia da minha vida”, reage o opositor Mohamed ElBaradei. “O país foi libertado depois de décadas de repressão”. Agora, o Nobel da Paz espera uma “bonita” transição de poder.

16h28: A alegria nota-se também no espaço virtual: “Hosni demite-se. Ganhámos. Ganhámos”, twita Sandmonkey, um dos conhecidos ciberactivistas egípcios. “Não consigo acreditar... 30 anos de ditadura... depois de 30 anos de ditadura… Mubarak demite-se”, diz uma página de um grupo de jovens anti-regime no Facebook. “Tenho orgulho em dizer. Hosni Mubarak, o antigo Presidente do Egipto”, reage também no Twitter o activista de direitos humanos Ramy Raoof.

16h23: “Em nome de Deus, o misericordioso, cidadãos, durante as difíceis circunstâncias que o Egipto atravessa, o Presidente Hosni Mubarak decidiu deixar o cargo de Presidente e encarregou o Conselho Supremo das Forças Armadas de administrar o país. Que Deus ajude toda a gente”, afirmou o vice-presidente, Omar Suleiman.

16h17: Mubarak transferiu as responsabilidades de governação para o Conselho Superior das Forças Armadas, diz a televisão estatal.

16h07: Hosni Mubarak deixou o poder, anunciou o vice-presidente Omar Suleiman. A praça Tahrir explodiu em festa. "O Egipto está livre, o Egipto está livre", grita a multidão.

16h02: “Queridos governos ocidentais, estiveram em silêncio durante 30 anos a apoiar o regime que nos oprimia. Por favor não se envolvam agora”, twitou Wael Ghonim, o executivo da Google que se tornou num dos líderes da revolta.

16h01: O secretário-geral do Partido Nacional Democrático, Hossam Badrawi, dá mais informações sobre a sua saída: “É uma demissão da posição e do partido”, disse o responsável, que na véspera praticamente anunciara a saída de Mubarak. “A formação de novos partidos de uma nova maneira que reflicta um novo pensamento é melhor para a sociedade neste ponto”, disse numa entrevista à Hayah TV.

15h55: Nunca mais ninguém pode dizer que “não sabia”, comenta o escritor Elie Wiesel, sobrevivente do Holocausto e Nobel da Paz. No “New York Times” escreve “Por causa do progresso na tecnologia, especialmente no campo da comunicação, ninguém tem já desculpa para dizer: ‘não sei, não sabia, não tinha noção’.”

15h51: Militares ajudam manifestantes no palácio presidencial: há relatos de que alguns soldados, encarregados de proteger o palácio dos protestos, estão a dar água e comida para os manifestantes, atirando os mantimentos sobre o arame farpado que os divide.

15h46: Os confrontos entre manifestantes e polícias desta manhã em El Arish, no Sinai, terão causado pelo menos cinco mortos e mais de vinte feridos, avança a Al-Arabiyah. Uma multidão armada com pequenas pistolas atacara uma esquadra de polícia com o propósito de libertar prisioneiros.15h39: A partida de Mubarak para Sharm el-Sheikh é avaliada como “uma primeira etapa positiva” por um alto responsável norte-americano, em declarações sob anonimato à AFP. As televisões Al-Arabiyah e Canal 10 israelita tinham já anunciado a partida do Presidente para a estância balnear, informação confirmada pelo porta-voz do PND.

15h25: “As pessoas decidiram aumentar a pressão ao regime. Há três a quatro mil pessoas à porta do palácio e muitas mais do outro lado. Mubarak não deve estar lá dentro… Mas mantemos o Presidente sob cerco. É outro símbolo do nosso protesto”, explicou ao “Guardian” Karim Ennarah, que passou duas semanas na praçaTahrir e agora se juntou à multidão diante do palácio.

15h21: Nem chegou a uma semana: o novo secretário-geral do Partido Nacional Democrático, Hossam Badrawi, disse à BBC que vai anunciar a sua demissão “nas próximas horas”. Badrawi foi um dos que ontem sugeriu ao longo do dia que Mubarak se preparava para abandonar o poder.

15h19: Mubarak “é agora uma figura simbólica, delegou todos os poderes no vice-presidente”, disse à BBC o professor Maged Boutros, um importante membro do PND, o partido no poder.

15h15: Trocas de tiros entre polícias e manifestantes em El Arish, no Sinai, onde umas mil pessoas atacaram uma esquadra para libertar prisioneiros, deitaram fogo a carros e lançaram cocktails molotov contra os agentes, relatam as agências.

15h13: Pelo menos dois helicópteros levantaram voo do palácio presidencial do Cairo, diz a Reuters. Um membro do partido de Mubarak afirmara antes que o Presidente já tinha partido para a estância balnear de Sharm el-Sheikh.

15h01: “Oh Suleiman, oh Suleiman, também não te queremos!” cantam os manifestantes em Tahrir.

14h57: A Irmandade muçulmana é um movimento “maioritariamente secular”, diz o conselheiro de topo para os serviços secretos do Presidente norte-americano, James Clapper´

14h45: Mais de um milhão de pessoas estão já nas ruas por todo o Egipto. Só no Cairo estão mais de 200 mil pessoas na Praça Tahrir (Libertação) e dezenas de milhar em frente ao edifício da televisão estatal, a Nile TV.

14h42: Um “comunicado importante e urgente” da presidência egípcia é esperada dentro em breve, anuncia a televisão estatal.

14h40: O "New York Times" considera que a partida de Mubarak para a casa de férias em Sharm el-Sheikh constitui um “momento muito significativo” nos 18 dias de protestos maciços no país, ao mesmo tempo que várias figuras do regime egípcio se esforçam por fazer passar a mensagem de que o Presidente concedeu mesmo transferir os poderes para o vice-presidente, Omar Suleiman. A partida do Presidente pode ter como objectivo acalmar a situação nas ruas, diz a BBC.

14h25: Hosni Mubarak deixou mesmo o Cairo esta manhã e foi para o palacete que possui na estância balnear de Sharm el-Sheikh, no Mar Vermelho, confirmou o porta-voz do Partido Nacional Democrático (PND, no poder).

14h24: Mubarak terá dito ao deputado trabalhista israelita Benjamin Ben-Eliezer que procurava “uma porta de saída honrosa”. Ben-Eliezer disse que na conversa telefónica de ontem, pouco antes de Mubarak discursar à nação, o líder egípcio “já sabia que era o fim”. Ben-Eliezer, antigo ministro do Comércio de Israel, é considerado um dos políticos israelitas mais próximos de Mubarak.


14h16: É aguardado ainda hoje um novo, e terceiro, comunicado do Conselho Superior das Forças Armadas. A declaração feita esta manhã pelos militares pedia aos egípcios a regressarem à “vida normal” para que depois possa ser oficialmente levantado o estado de emergência em vigor no país desde 1981. O Exército afirmava ainda que será “garante” das reformas prometidas ontem à noite por Mubarak e da realização de eleições livres e justas, além de se comprometer a que não serão perseguidos aqueles que, nas ruas, "rejeitaram a corrupção e exigiram reformas".14h14: Mais uma música da revolução.

14h08: De dezenas de outras cidades egípcias chegam relatos de manifestações: a multidão em Alexandria já não se mede em número de pessoas mas em dezenas de avenidas repletas de gente a gritar para que Hosni Mubarak abandone o poder; dezenas de milhares em Suez tomaram o controlo de vários edifícios governamentais; 150 mil pessoas cercam o quartel-general da polícia e das forças de segurança do Estado na cidade portuária de Domietta; dezenas de milhares manifestam-se em frente ao edifício do governo local de Sharqiya; mais de 50 mil protestam em Qin, cidade natal do vice-presidente Omar Suleiman, outras 20 mil marcham em Arish.

14h02: Os manifestantes avolumam-se junto ao palácio presidencial em Heliopolis, a uns 30 quilómetros de distância do Cairo, rodeado por um aparatoso sistema de segurança, com veículos blindados, tanques armados e centenas de militares. Ali, como no Cairo, grita-se “vai-te Mubarak” e a multidão de mais de três mil pessoas já grita insultos contra os soldados. A Al-Jazira avalia que este é o local com maior potencial de conflito.

13h57 O nosso enviado Paulo Moura, no Cairo , diz-nos ao telefone que a oposição parece estar dividida sobre o que fazer. São já muitos os que acham que chegou a hora de ir para casa, mas admitem que não conseguem comandar todas as multidões que estão na ruas.

13h50: As multidões de manifestantes pró-democracia extravasam hoje da Praça Tahrir e começam a congregar-se aos milhares junto ao edifício da televisão estatal, a Nile TV, e outros pontos estratégicos da capital egípcia. Junto à Nile TV, alguns relatos falam já em mais de seis mil pessoas observadas pelos militares armados que mantêm a segurança no local, onde ninguém está autorizado a entrar nem sair.

13h40: O site de Internet do Partido Nacional Democrático (PND, no poder) foi atacado por hackers. Ao abrir, uma só mensagem na página: “Fechado até à queda de Mubarak e do regime”.

13h34: Baradei no Twitter: “O país está todo nas ruas. A única saída para o regime é partir. O poder do povo não pode ser esmagado” diz o líder oposicionista. “Nós venceremos. Ainda há esperança de que o Exército se junte a nós."

13h25: Hosni Mubarak pode ter já abandonado o Cairo nas últimas horas. O canal árabe al-Arabiya reporta que o Presidente e familiares partiram da capital para “destino desconhecido” a partir de uma base área nos subúrbios do Cairo. Já a televisão israelita Channel 10 diz que Mubarak partiu para a estância do Mar Vermelho Sharm el-Sheikh, onde possui uma casa. E um diplomata ocidental, citado sob anonimato pela BBC News, confirmou que o chefe de Estado egípcio terá abandonado o Cairo por volta das 13h00.

13h22: OS Estados Unidos denunciam entraves do Irão às emissões dos media que estão a cobrir a situação no Egipto. E BBC está a denunciar que o seu serviço persa está bloqueado desde quinta-feira por causa da cobertura que está a fazer a revolução egípcia

13h20: "Se ele está determinado, nós estamos ainda mais, É um contra 85 milhões", disse Chérif el-Araf, um jovem manifestante de 16 anos na Praça Tahrir, à AFP.

13h18: A Irmandade Muçulmana rejeitou os discursos ontem feitos por Hosni Mubarak e o seu vice-presidente, Omar Suleiman. “São só mais palavras enganadoras para tentar pôr termo às exigências do povo”, afirma a organização partidária em comunicado.



http://www.publico.pt/Mundo/minuto-a-minuto-o-egipto-esta-livre_1479775?all=1

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