recebe ex-companheira de Brizola
Publicada em 19/01/2011 às 23h29m
Silvia AmorimSÃO PAULO - A ex-companheira do ex-governador Leonel Brizola, Marília Guilhermina Martins Pinheiro, acumula duas pensões vitalícias pagas pelos governos do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul, que somam R$ 41,3 mil mensais. Ela recebe o mais alto valor do polêmico privilégio de aposentadoria especial concedido a ex-titulares dos Executivos estaduais e a suas pensionistas. ( Leia também: Para receber pensões que ex-governadores recebem sem ter pagado nada, trabalhador precisaria de R$ 4 milhões aplicados )
Brizola governou o estado gaúcho de 1959 a 1963 e o fluminense, de 1983 a 1987 e de 1991 a 1995. Marília viveu com ele cerca de dez anos, até a morte do ex-governador, em 2004. Ela foi subsecretária de Cultura na gestão dele no Rio. Antes de Marília, Brizola ficou 43 anos casado com Neusa Goulart, irmã do ex-presidente João Goulart, morta em 1993.
Por não ter sido casada oficialmente com Brizola, Marília foi buscar na Justiça o direito ao benefício. O governo do Rio Grande do Sul liberou o primeiro pagamento em 2006. No Rio, isso ocorreu dois anos antes. Considerando que há jurisprudência no sentido de que, após cinco anos de recebimento, há direito adquirido, Marília está perto de ver asseguradas para sempre as remunerações.
Do governo gaúcho, ela recebe R$ 24,1 mil por mês (o equivalente ao salário de desembargador) e, da gestão fluminense, R$ 17,2 mil (salário do governador Sérgio Cabral).
Por não integrar nenhum dos dois regimes previdenciários existentes no país (o próprio, para o servidor público, e o geral, dos trabalhadores da iniciativa privada), essas aposentadorias não estão sujeitas às restrições sobre o acúmulo de mais de um benefício e ao teto das remunerações, que no regime geral de R$ 3,4 mil.
O GLOBO procurou Marília. Ao PDT fluminense a reportagem pediu contato da filiada, mas o partido informou que só poderia transmitir o recado a ela, que, retornaria, se houvesse interesse em falar, o que não aconteceu.
RJ: remédios controlados estão em falta na região serrana
20 de janeiro de 2011 • 03h14
Apesar das toneladas de donativos, remédios de tarja preta estão em falta
Foto: Reinaldo Marques/Terra
Os postos de coleta estão repletos de alimentos e roupas para ajudar quem perdeu tudo a reconstruir a vida. Mas, para muitos moradores da região serrana do Rio de Janeiro, falta um item indispensável nas doações: remédios controlados.
O pedreiro Cláudio de Oliveira, 41 anos, diz que o medicamento do filho Giovani Silva, 15, portador de epilepsia, acaba hoje e a família ainda não recebeu mais. Sem trabalho, Cláudio não tem condições de gastar R$ 60 com uma caixa de Trileptal.
"Estamos desesperados porque meu filho não pode ficar sem remédio. Minha esposa está tentando doação, mas o Exército ainda não passou aqui", lamentou ele, que morava na Granja Florestal, em Teresópolis.
Patrícia de Almeida, 35 anos, teme que a saúde do pai, Jorge de Almeida, 75 anos, piore sem o remédio para hipertensão. "Consegui uma caixa, mas não vai durar muito", afirmou ela.
O Trileptal é a oxcabazepina, um derivado da carbamazepina, ambos são anticonvulsivantes e eficazes na resolução de quadro afetivos, principalmente do tipo maníaco.
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