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quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Familiares de vítimas de Battisti relatam experiência pessoal no Parlamento Europeu

Os familiares das vítimas do ex-ativista político Cesare Battisti, que está em prisão preventiva no Brasil, relataram hoje a sua experiência dolorosa no Parlamento Europeu, que quinta-feira aprova uma resolução política a pedir a extradição do italiano.

"Não se trata de vingança. Estamos aqui para pedir Justiça. Há 30 anos que estamos à espera de Justiça", defendeu Alberto Torregiani, que está desde 1979 numa cadeira de rodas, vítima de um ataque do grupo de Battisti, que matou o seu pai.

A recusa de extradição do cidadão italiano Cesare Battisti pelo Brasil, nos últimos dias de mandato de Lula da Silva, vai ser um dos assuntos abordados na quinta-feira à tarde durante os debates sobre direitos humanos.

tv1.rtp.pt

Senado da Itália aprova moção que pede extradição de Battisti, e Peluso diz que nenhuma corte internacional pode rever a decisão do STF

O Globo

Foto de arquivo de Cesare Battisti

RIO – O Senado da Itália aprovou nesta terça-feira, por unanimidade e em meio a críticas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, uma moção que pede a imediata extradição do ex-militante de esquerda Cesare Battisti. De acordo com a agência de notícias Ansa, o texto aprovado solicita que o governo da Itália recorra a "todos os meios possíveis no âmbito judiciário" para que Battisti cumpra sua pena em seu país de origem.

Segundo o presidente do STF, Cezar Peluso, nenhuma corte internacional tem competência para rever, caçar, reformar ou interferir em qualquer decisão do STF. Nesta terça-feira, Peluso reafirmou também que vai decidir em fevereiro a permanência ou não de Battisti no Brasil. Segundo o ministro, se a decisão de Lula não estiver de acordo com o tratado bilateral sobre extradição entre Brasil e Itália, o STF pode decidir pela extradição de Battisti.

(Entenda melhor o caso Battisti)

Os senadores italianos não descartaram no texto a possibilidade de o país recorrer à Corte Internacional de Haia e a "sedes multilaterais européias", para que sejam aplicadas "ações diplomáticas". Isso se daria por meio de contatos com o governo de Dilma Rousseff .

- É um documento que exprime a indignação de um país inteiro – disse o líder da bancada do Povo da Liberdade (PDL) no Senado, Maurizio Gasparri, à Agência Ansa.

Já o senador Giorgio Tonini, da legenda esquerdista Partido Democrático (PD) e membro da Comissão de Relações Exteriores do Senado, criticoua decisão de Lula de não extraditar o ex-militante.

- O PD simpatizou com Lula durante todos esses anos nos quais, primeiro como sindicalista e depois como presidente. Ele lutou pela democracia no Brasil, um país historicamente amigo nosso. E por isso ficamos sem fôlego quando ele negou a extração de Battisti à Itália - disse Tonini.

Ainda no texto, os senadores relatam que "o caso Battisti parece não se limitar a uma simples questão bilateral entre Itália e Brasil, já que foi colocada em dúvida a capacidade do sistema judiciário italiano de oferecer uma garantia adequada à condenação".

Em entrevista coletiva nesta terça-feira no Rio, o presidente do STF disse ainda que já tem uma opinião sobre o caso, mas só vai se manifestar quando durante o julgamento.

- O STF vai examinar se as razões que o senhor Presidente da República (ex-presidente Lula) apresentou para justificar a permanência no Brasil de Battisti estão nos termos do tratado (tratado bilateral entre Brasil e Itália sobre extradições)

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