Secretário de Desenvolvimento Social da cidade quer incluir 2,5 mil famílias.
Com isso, benefício seria concedido a 5 mil famílias do município.
por pouco (Foto: Bernardo Tabak/G1)
Desde as 7h desta segunda-feira (31), cerca de 500 pessoas estão na entrada da Secretaria de Desenvolvimento Social de Teresópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro, para conseguir o benefício do aluguel social. No total, 6.727 pessoas estão desabrigadas e 9.110, desalojadas no município. As informações são da assessoria de comunicação da prefeitura. Mais de 800 pessoas morreram por causa de enchentes e deslizamentos na Região Serrana.
Nesta segunda, o secretário de Desenvolvimento Social de Teresópolis, Rudimar Caberlon, vai apresentar ao secretário estadual de Assistência Social e Direitos Humanos, Rodrigo Neves, uma proposta para ampliar de 2,5 mil para 5 mil o número de famílias beneficiadas pelo aluguel social. “Já conversei com o prefeito Jorge Mario e constatamos a necessidade de dobrar o número de famílias”, afirmou Caberlon.
De acordo com a assessoria da prefeitura, o governador Sergio Cabral anunciou que 6 mil famílias receberão o aluguel social no valor de R$ 500, por 12 meses, em Teresópolis, Petrópolis e Nova Friburgo. A previsão é pagar a primeira parcela do benefício em fevereiro. Ao longo do ano, as famílias vão ser inseridas nos programas habitacionais desenvolvidos pelas prefeituras, com apoio dos governos estadual e federal.
18/01/2011 - 05h00
Prefeitura de Teresópolis centraliza distribuição de água e alimentos
Publicidade
VINÍCIUS QUEIROZ GALVÃO
JORGE ARAÚJO
ENVIADOS ESPECIAIS A TERESÓPOLIS
A Prefeitura de Teresópolis decidiu ontem que os donativos para os desabrigados do temporal só podem ser entregues mediante a apresentação de ofício assinado pela secretária de Educação, Magali Tayt-Sohn de Almeida.
Até as 20h de ontem, o total de mortos nos quatro municípios mais atingidos -Teresópolis, Nova Friburgo, Petrópolis e Sumidouro- chegava a 665. Há mais de 16.400 desabrigados e desalojados.
Para retirar as doações, os flagelados têm de fazer um cadastro com RG e CPF, mas a maioria perdeu todos os documentos na enchente.
A decisão desagradou voluntários da Cruz Vermelha que distribuíam roupas e mantimentos em dois galpões no bairro do Bom Retiro, na periferia da cidade.
Houve bate-boca de enfermeiros e médicos da entidade com servidores municipais, informa reportagem de Vinícius Queiroz Galvão e Jorge Araújo, de Teresópolis.
A reportagem está disponível para assinantes da Folha e do UOL.
Leia a reportagem completa na Folha, que já está nas bancas.
A prefeitura de Teresópolis (Prefeitura Municipal de Teresópolis) está sendo acusada de impedir a distribuição de donativos por parte da Igreja Católica. Segundo o padre Paulo Botas, integrantes da comunidade católica que foram até o estádio Pedrão ouviram de funcionários municipais que "nenhuma igreja católica de Teresópolis iria receber doações". A prefeitura desmente a informação - diz que não passa de boato ( É LÓGICO!)e que a religião dos desabrigados não é fator levado em consideração. ( SÓ FALTAVA , ISSO É ABSURDO DEMAIS !)
"Falaram isso sem o menor constrangimento. O prefeito (Jorge Mário Sedlacek) é evangélico e não quer que a ajuda vá para os católicos. As pessoas se cadastraram, mas foram discriminadas. Nessa situação tão grave, não tem confissão religiosa, não pode ter essa competição ideológica. Isso é um pecado mortal, ainda mais vindo de pessoas cristãs", disse o padre, da igreja do Sagrado Coração de Jesus de Barra do Imbuí, área bastante afetada pelas chuvas.
Ele contou que foi alugado um galpão, na frente da igreja, para onde seriam levados roupas e alimentos que emissários recolheriam do montante estocado no Pedrão. A intenção era fazer do galpão um centro de distribuição para atendimento de moradores de bairros como Posse, Campo Grande e Espanhol, onde famílias inteiras morreram.
Sem querer entrar em detalhes sobre a religião do prefeito, o padre Mario José Coutinho, decano da Diocese de Petrópolis, disse que a situação é de boicote à Igreja Católica. "É surreal, uma ofensa, uma vergonha, uma agressão à humanidade. Transformaram uma questão humanitária em religiosa", criticou.
Amanhã, antes de rezar uma missa de sétimo dia no Imbuí, o bispo de Petrópolis, dom Filippo Santoro, terá uma reunião com o prefeito para discutir o assunto. Dos 21 abrigos abertos em Teresópolis, metade foi providenciado em igrejas evangélicas.Decano da Diocese de Petrópolis diz que situação é de boicote; prefeitura nega
RIO e TERESÓPOLIS - De um lado, donativos que chegam às toneladas de todo o País; de outro, a falta de entrosamento entre a prefeitura de Teresópolis e organizações que tentam fazê-los chegar de modo mais eficiente a quem precisa, como a Cruz Vermelha e a Igreja Católica, cuja iniciativa, segundo voluntários, está sofrendo obstrução por parte do poder público. Até médicos foram impedidos de trabalhar. Enquanto isso, milhares de desabrigados ainda têm dificuldades para conseguir água, alimentos e artigos básicos para sua sobrevivência.
Hoje, voluntários da Cruz Vermelha relataram que funcionários da prefeitura tentaram impedir a saída de carregamentos do galpão montado pela organização internacional no centro da cidade. A prefeitura nega. "Está acontecendo uma briga de egos aqui em Teresópolis. A prefeitura determinou que nada pode ser entregue sem sua autorização", disse Jairo Gama, um dos cem voluntários da Cruz Vermelha em atividade na cidade.
Numa reunião entre as duas partes, a prefeitura decidiu que iria centralizar a entrega do material. A Cruz Vermelha, no entanto, acredita que tenha condições de fazer um trabalho mais direcionado, já que dispõe de informações precisas sobre as necessidades de cada localidade.
Veja também:
Corpo de ex-prefeito de Nova Friburgo é achado soterrado em sítio
Descoordenação prejudica ajuda no Rio
Brasil deve ter sistema de alerta contra desastres em 4 anos
Governo admite à ONU despreparo em tragédias
Veja como fazer doações para moradores do Rio
Gabeira: Notas para depois da emergência
GALERIA - Grandes imagens da tragédia
GALERIA 2 - Imagens de destruição e desespero
Apesar da intervenção da prefeitura, a Cruz Vermelha continuou fazendo entrega de material hoje - montou um ponto de distribuição em outro ponto da cidade. "O que a gente quer é evitar o desperdício. Por exemplo: não adianta entregar 30 quilos de arroz a uma pessoa de uma vez só", explicou Luiz Alberto Sampaio, presidente da Cruz Vermelha no Rio.
O prefeito de Teresópolis, Jorge Mário Sedlacek, negou que houvesse qualquer problema de entendimento. "Uma operação como esta precisa de um comando centralizado. Está todo mundo cooperando. Não temos dificuldade com ninguém", afirmou. Mas no domingo, segundo relatos de voluntários, até a polícia teria, a mando da prefeitura, tentado impedir a saída de um caminhão.
Mesmo médicos que estão em Teresópolis para prestar atendimento gratuito à população sofreram impedimento de sair da base da Cruz Vermelha por funcionários da prefeitura. Isso ocorreu hoje de manhã. À tarde, numa reunião, ficou definido que a Cruz Vermelha atuará no atendimento nas cinco localidades mais castigadas. Mas a princípio estaria impedida, oficialmente, de entregar donativos.
A prefeitura de Teresópolis está sendo acusada também de impedir a distribuição de donativos por parte da Igreja Católica. Segundo o padre Paulo Botas, integrantes da comunidade católica que foram até o estádio Pedrão ouviram de funcionários municipais que "nenhuma igreja católica de Teresópolis iria receber doações". A prefeitura desmente a informação - diz que a religião dos desabrigados não é fator levado em consideração.
"O prefeito é evangélico e não quer que a ajuda vá para os católicos", critica o padre, da igreja do Sagrado Coração de Jesus de Barra do Imbuí, área bastante afetada pelas chuvas. Ele contou que foi alugado um galpão na frente da igreja, para onde seriam levados roupas e alimentos que emissários recolheriam do montante estocado no Pedrão.
Sem querer entrar em detalhes sobre a religião do prefeito, o padre Mario José Coutinho, decano da Diocese de Petrópolis, disse que a situação é de boicote à Igreja Católica. "É surreal, uma ofensa, uma vergonha. Transformaram uma questão humanitária em religiosa". Nesta terça, antes de rezar uma missa de sétimo dia no Imbuí, o bispo de Petrópolis, dom Filippo Santoro, terá uma reunião com o prefeito para discutir o assunto.
Jorge Mario Sedlacek
Jorge Mario Sedlacek | |
Prefeitos de Teresópolis | |
Mandato: | 2009-2012 |
Precedido por: | Roberto Petto |
| |
Nascimento: | 9/10/1954 Teresópolis RJ |
Partido: | Partido dos Trabalhadores PT |
Jorge Mario Sedlacek ou apenas Jorge Mario é um prefeito da cidade de Teresópolis cujo o mandado será de 4 anos(2009-2012).
Referências
Categorias: !Páginas para eliminação semirrápida/15 de janeiro | !Páginas para eliminação semirrápida pendentes | Prefeitos de municípios do Rio de Janeiro | Prefeitos de TeresópolisRegião Serrana enfrenta a pior catástrofe de sua história
Peritos exibem fotos das vítimas em frente ao IML para reconhecimento por parentes e os primeiros corpos começam a ser sepultados no cemitério municipal de Teresópolis, onde foram abertas 300 covas | Foto: Divulgação
Castigada por um temporal que fez chover em 24 horas mais do que era esperado para todo o mês, a Região Serrana do Rio enfrenta desde a noite da terça-feira 11 de janeiro a pior catástrofe natural do Brasil. Com o número de mortos, desabrigados, desalojados, feridos e desaparecidos, a tragédia já superou o registrado em janeiro do ano passado, em Angra dos Reis e, em abril, na capital e Niterói.
Localidades inteiras foram soterradas por lama no município de Teresópolis. No bairro Caleme, uma represa da Cedae transbordou por causa da tromba d’água, provocando o deslizamento de encostas sobre casas e carros. Em Nova Friburgo, três bombeiros que seguiam para resgatar vítimas quando o carro onde estavam foi soterrado por uma avalanche.
Petrópolis também sofreu devastação em diferentes pontos. O Distrito de Itaipava foi o mais atingido. O soterramento de uma casa na localidade Vale do Cuiabá matou 12 pessoas de uma mesma família. Corpos foram recolhidos por moradores e depositados às margens de um rio à espera de resgate. Sumidouro e São José do Vale do Rio Preto, também cidades da região, também contabilizam mortos.
Publicado em 18/01/2011 - 0 comentários
A desorganização dificulta ainda mais o socorro às vítimas das regiões atingidas pelas chuvas na Região Serrana do Rio.
Ontem, o Ministério Público disse temer excesso de doações a Teresópolis. Nova Friburgo, porém, segue com alimentos acima do preço, por escassez. Também em Teresópolis, membros da Cruz Vermelha acusaram a prefeitura da cidade de impedi-los de trabalhar.
A agente social da entidade, Eliana Moraes Leite, disse que guardas municipais proibiram a saída de equipes médicas do local onde a Cruz Vermelha está instalada.
A assessoria da prefeitura de Teresópolis afirmou que houve um mal-entendido e negou que a Cruz Vermelha esteja impedida de trabalhar.
Excesso de doações
O procurador da República em Teresópolis, Paulo Cezar Barata, diz que há necessidade de equilibrar as doações entre as cidades. "Há uma comoção nacional, em todo lugar vai haver doações e com certeza ultrapassará o necessário", disse a OEstado de S. Paulo.
Ao mesmo tempo, em São Geraldo, bairro de Nova Friburgo, um galão de água de 5 litros chegou a R$ 45 e uma caixa de leite, a R$ 10. Na mesma cidade, faltam máscaras faciais para moradores que temem epidemias.
Para coordenar ações, as prefeituras de Petrópolis, Nova Friburgo e Teresópolis anunciaram um gabinete integrado. No primeiro mês, ele será comandado pelo prefeito de Teresópolis, Jorge Mário.
Sphere: Related Content
Nenhum comentário:
Postar um comentário