Nos últimos dias, ministros de Lula e coordenadores do gabinete de transição de Dilma Rousseff atracaram-se à responsabilidade fiscal.
Formaram uma espécie de esquadrão antigasto. Anunciaram a intenção de barrar no Congresso projetos que criam despesas novas. Coisa de R$ 126 bilhões.
Deseja-se barrar, por exemplo, uma penca de reajustes salariais –para ministos do STF, servidores do Judiciário, PMs, bombeiros...
De resto, tenta-se assegurar que o salário mínimo seja reajustado num percentual mínimo.
Simultaneamente, corre nos subterrâneos a proposta de tonificar os contracheques de deputados, senadores e, veja você, até de Dilma ‘Tesoura’ Rousseff.
Da África, onde se encontra, Lula apoiou a providência. Acha que os congressistas e sua pupila merecem aumento: é “justo” e “necessário”.
Lula recordou que, em 2002, quando virou presidente da República, aconteceu coisa semelhante. Com uma diferença:
"Fizeram uma sacanagem comigo, em 2002. Aprovaram [aumento] só para a Câmara e para o Senado. Não aprovaram para o presidente da República. Eu não reclamei".
Doravante, quando Dilma levantar a faca, suas vítimas ficam autorizadas a gritar, em uníssono: Fala sério!
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