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terça-feira, 27 de abril de 2010

NOTA DO PSB REFORÇA, AINDA QUE TENTE DISFARÇAR, HUMILHAÇÃO IMPOSTA A CIRO


terça-feira, 27 de abril de 2010 | 19:37

O PSB emitiu uma nota jogando o deputado Ciro Gomes para escanteio. Poderia ter-se contentado em informar que não haverá candidatura porque essa é a decisão da maioria e ponto! Mas não! Resolveu transformar o vexame pelo qual ele passa na expressão de uma “Teoria do Poder”. Vale a pena ler. Prestem especial atenção ao que está em negrito (ou “vermelhito”).

“Aos militantes socialistas, aos partidos fraternos e à sociedade brasileira,

A Comissão Executiva Nacional (CEN) do Partido Socialista Brasileiro (PSB) reuniu-se nesta data em sua sede, em Brasília (DF), para avaliar o quadro político-eleitoral do país e deliberar, depois de ouvidos os Diretórios Estaduais, sobre o papel a ser desempenhado pelo PSB na sucessão presidencial. Decidiu a CEN, por maioria de votos, não apresentar candidatura própria à Presidência da República.

A Comissão Executiva Nacional avalia como correta e consequente a participação do PSB no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. É dever das forças populares contribuir para a continuidade desse projeto, a partir do qual o Brasil retomou o caminho do desenvolvimento soberano, com maior repartição de renda e menor exclusão social.

As eleições de outubro não estão definidas. A aliança da oposição representa um desafio real aos socialistas e outras forças populares. O PSB está pronto para ampliar sua presença nos governos estaduais e no Senado, e duplicar sua representação na Câmara dos Deputados, reafirmando-se como um partido capaz de liderar, ao lado de outros, o avanço das mudanças há tanto tempo exigido pelo povo brasileiro. Sob tal perspectiva, para o PSB a disputa das eleições de outubro, em todos os seus níveis, é um projeto estratégico, condicionado, obrigatoriamente, pelos balizamentos da conjuntura.

Ao patrocinar a pré-candidatura presidencial do deputado federal Ciro Gomes, enxergou o PSB, associadamente a esse projeto estratégico, a possibilidade de contribuir para o aprofundamento das mudanças iniciadas pelo governo do presidente Lula.

De nenhuma forma foram em vão os esforços do PSB e do deputado federal Ciro Gomes nestes movimentos iniciais da campanha presidencial. Administrador vitorioso em diversos níveis de governo, homem de ideias e de atos em favor do País, Ciro Gomes engrandeceu o debate republicano. Com ele, expusemos nossas propostas aos brasileiros, mobilizamos a nossa militância e abrimos novas e concretas vias de crescimento partidário. O PSB permanece firme e ativo no processo sucessório. Nele, queremos somar, unir e avançar, em favor da construção de uma Nação à altura das mais legítimas esperanças socialistas.

Brasília (DF), 27 de abril de 2010
Comissão Executiva Nacional (CEN)
Partido Socialista Brasileiro (PSB)”

Comento
Viram? Com “ele” — este “ele” é Ciro —, o partido diz ter aberto “novas e concretas vias de crescimento partidário”. Traduzindo em linguagem mais coloquial: “Usamos a candidatura de Ciro para arrancar do PT algumas concessões”. Ou ainda: “Nunca levamos Ciro a sério; sua candidatura só servia para a gente ameaçar um pouco o PT”. Ou em linguagem ainda mais sintética e de apelo zoológico: “Ciro foi nosso boi de piranha”.

O PSB agora quer que Ciro viaje logo e fique longe das entrevistas. Como diria Marco Aurélio Top Top Garcia, ele não pode “comprometer a sua trajetória”, certo?



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