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sábado, 20 de fevereiro de 2010

Pelo Twitter, oposicionistas criticam discursos de Dilma

JULIANNA GRANJEIA
Colaboração para a Folha Online
Após o lançamento oficial da pré-candidatura da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) à Presidência da República, na tarde deste sábado, políticos da oposição disseram, em sites e no Twitter, que o PT antecipou a campanha eleitoral e criticaram o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O anúncio da pré-candidatura ocorreu durante o encerramento do 4º Congresso Nacional do partido, que aconteceu hoje em Brasília.
O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) escreveu em seu blog que o presidente Lula ignorou a legislação e promoveu "a maior antecipação de campanha de nossa história". Segundo Dias, o anúncio do partido se agrava pelo fato de que Dilma ainda não deixou a função de ministra. "Mesmo antes da desincompatibilização exigida pela lei, Dilma é oficialmente candidata. E a lei? Ora, a lei!", escreveu em sua página na internet.
A desincompatibilização é a obrigatoriedade do afastamento de um cargo ou função, cujo exercício dentro do prazo definido em lei pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) gera inelegibilidade.
Questionado por um seguidor de seu Twitter sobre o discurso de Dilma, o senador tucano disse que irá ler antes de comentar. "Talvez segunda comente da tribuna do Senado, vou ler primeiro e ver se é importante fazer comentários a respeito", escreveu o senador, na tarde de hoje.
Também no seu microblog, o tucano afirmou que só irá falar sobre candidatura oficial ao governo em junho. Dias aproveitou para parabenizar, hoje à tarde, o governador José Serra (PSDB) pelo número de seguidores no seu microblog. "Parabéns ao @JoseSerra_.Até este momento 2.164.656 twitteiros acessaram seus tweets, neste sábado", afirmou o senador.
Na véspera do lançamento da pré-candidatura da ministra Dilma ao Palácio do Planalto, o presidente Lula negou nesta sexta-feira (19) que a ministra fosse uma candidata "tampão", apenas para preparar a volta dele. "Um político nunca indicaria uma pessoa para ganhar se ele quisesse voltar, ele preferiria que ganhasse um adversário. Eu quero eleger a Dilma para ter um primeiro mandato extraordinário e ganhe autoridade política para ter um segundo mandato", afirmou Lula.
Sobre esta afirmação do presidente, o deputado estadual João Mellão Neto (DEM-SP) escreveu ontem, em seu microblog: "Deus nos acuda!".
A subprefeita da Lapa, Soninha Francine (PPS), também escreveu sobre o assunto. "Prioridade do presidente Lula é eleger Dilma, segundo o próprio. O dep. (sic) Lula, do PT, teria chamado isso de 'uso da máquina'".
Já o deputado federal Emanuel Fernandes (PSDB-SP) elevou o tom das críticas em seu Twitter. "Perguntar não ofende: Se Dilma não é vaca de presépio (como disse o P. Lula), o eleitor deve ser?"
O presidente do PPS, Roberto Freire, foi mais irônico. "Dilma é candidata para dois mandatos, diz Lula. Cabe perguntar: e ela ganha, pelo menos, o primeiro?", escreveu ontem. O deputado federal Duarte Nogueira, vice-líder do PSDB na Câmara, escreveu que o presidente está em ritmo de campanha. "Lula já deu sinais de que não está mais a fim de muita coisa, a não ser viajar país afora com sua candidata a tiracolo."
Inspiração
Durante o congresso do PT, José Eduardo Dutra assumiu a presidência do partido e disse que vai se inspirar em líderes petistas envolvidos no escândalo do mensalão, como o ex-ministro José Dirceu e o deputado José Genoino (PT-SP), enquanto estiver no cargo. A afirmação gerou polêmica no Twitter.
O presidente nacional do PPS, Roberto Freire, escreveu em seu microblog que espera uma reação contra a participação de Dirceu na campanha de Dilma. "Penso que haverá alguma reação da opinião pública com essa ostensiva atuação de José Dirceu. Pelo menos espero."
O deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO) escreveu que Dirceu é um dos mentores do mensalão e citou trechos de uma entrevista com o petista. "José Dirceu diz que 'mensalão não é corrupção' e que 'está de volta' para ajudar Dilma Rousseff".
O lançamento da pré-candidatura da ministra ao Planalto também contou com a participação de peemedebistas, incluindo o presidente da Câmara e provável vice de Dilma, Michel Temer (SP), e ministros do governo.

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