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terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Senado vai investigar vazamento de informações, mas não quem pagou indenizações superfaturadas


Publicada em 18/01/2010 às 21h33m

Adriana Vasconcelos

BRASÍLIA - Embora o Senado esteja aguardando há quase seis anos a devolução de valores pagos a mais a 131 servidores comissionados que foram exonerados entre 2004 e 2008, o diretor-geral da Casa, Haroldo Tajra, parece mais preocupado em descobrir o funcionário responsável pelo vazamento, na semana passada, da informação de que a instituição teria pago indenizações superfaturadas. Por determinação de Tajra, foi criada na última sexta-feira uma comissão de sindicância composta de cinco servidores da Polícia Legislativa para apurar o vazamento.

" A Sindicância deveria apurar se algum servidor da Casa compactuou com esses pagamentos indevidos e não ir atrás de quem vazou a informação "

De acordo com o ato publicado no Boletim Administrativo do Senado do dia 15 de janeiro, a comissão de sindicância terá 90 dias para descobrir o responsável pelo vazamento da informação. Nenhuma providência foi tomada, porém, para se averiguar quem foi o responsável pelos pagamentos indevidos ou mesmo questionar o motivo pelo qual se arrastam há anos os processos de cobrança dos valores pagos a mais. Uma dívida estimada hoje em R$ 257 mil, já que apenas dois dos 131 servidores beneficiados por pagamentos indevidos ressarciram o Senado.

- A Sindicância deveria apurar se algum servidor da Casa compactuou com esses pagamentos indevidos e não ir atrás de quem vazou a informação. Caso contrário fica parecendo que um sujeito pode roubar os cofres públicos, mas quem é punido é o que denunciou o roubo - criticou o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), senador Demóstenes Torres (DEM-GO).

O 1º secretário da Mesa, senador Heráclito Fortes (DEM-PI), disse que não foi consultado sobre a abertura de sindicância, mas duvida que a medida tenha a intenção de intimidar jornalistas ou mesmo servidores da Casa. Nos bastidores, porém, a medida foi condenada. Por meio de sua assessoria, Tajra alegou que o vazamento de determinadas informações da Casa pode abrir espaço para que a instituição seja processada por servidores.




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