4 de janeiro de 2010
Depois de 22 anos, os Estados Unidos decidiram suspender um veto à entrada de estrangeiros portadores do vírus HIV no país. A proibição foi encerrada nesta segunda-feira. De acordo com o presidente americano Barack Obama, a posição de proibir o desembarque de pessoas que têm o vírus da Aids não era compatível com o plano de seu governo de ser um líder mundial na luta contra a doença.
A proibição foi imposta nos anos 1980, auge do pânico global provocado pela epidemia de aids. Durante mais de duas décadas, estrangeiros que tivessem o vírus que provoca a doença estavam automaticamente proibidos de entrar nos EUA. Os americanos estavam num grupo de apenas doze países que tinham adotado essa mesma regra. Junto com os EUA estavam nações como Arábia Saudita e Líbia.
Os EUA planejam realizar uma cúpula mundial a cada dois anos para tratar do combate à aids. A primeira edição do encontro está prevista para 2012, no próprio país. "A conferência corria o risco de não acontecer por causa da restrição", disse Rachel Tiven, da ONG Immigration Equality, em entrevista à rede britânica BBC. "Agora é bem provável que o encontro ocorra como era planejado", afirmou.
Em outubro, ao anunciar o fim da proibição ao ingresso de portadores do HIV, o presidente Barack Obama afirmou que a medida adotada décadas antes estava baseada "mais no medo do que nos fatos". "Somos líderes mundiais no combate à expansão da pandemia de aids. Ainda assim, somos um dos poucos países que ainda proíbem a entrada de pessoas com HIV", lamentou ele, admitindo o equívoco.
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