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segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

"Dalva e Herivelto" terá Fábio Assunção barrigudo e careca


CAIO BARRETTO BRISO
da Folha de S.Paulo, no Rio

Fábio Assunção barrigudo, papudo e meio careca. Adriana Esteves com o rosto cheio de rugas e os cabelos grisalhos e desgrenhados. É assim que os dois atores vão aparecer na parte final da minissérie de cinco episódios "Dalva e Herivelto -Uma Canção de Amor", de Maria Adelaide Amaral, que estreia amanhã na Globo.

Para interpretar dois importantes nomes da música brasileira, Herivelto Martins (1912-1992) e Dalva de Oliveira (1917-1972) --que foram casados durante mais de dez anos e fizeram sucesso na era de ouro do rádio, entre as décadas de 30 e 50, e mesmo depois dela--, Assunção, 38, e Esteves, 40, tiveram que envelhecer quase 40 anos. Os cinco episódios percorrem na história um período que vai de 1936 a 1972, ano em que Dalva morreu.

"Tivemos que criar essa prótese para o Fábio, que o deixou papudo. Além disso, clareamos suas sobrancelhas, aumentamos as entradas do cabelo e deixamos seu bigode igual ao do Herivelto", conta a maquiadora Anna Van Steen, que tem no currículo filmes como "Carandiru", "Cidade de Deus" e "Ensaio sobre a Cegueira".

Renato Rocha Miranda/TV Globo
Produção de Maria Adelaide Amaral, que estreia amanhã na Globo, conta história dos artistas, que foram sucesso na era de ouro do rádio
Produção de Maria Adelaide Amaral, que estreia amanhã na Globo, conta história dos artistas, sucesso na era de ouro do rádio

Steen explica que seu trabalho começa sempre pelos cabelos dos personagens. "Aprendi com Betty Faria que televisão é 3x4. Começar pelos cabelos me inspira para todo o resto."

Ela trabalhou com uma equipe de sete maquiadoras fixas, além de outras 13 colaboradoras. Para tornar o elenco de 38 atores o mais parecido possível com os personagens reais, reuniu mais de mil fotos.

"Quando interpreto o Herivelto mais velho, com a prótese no pescoço, com a barriga postiça, com as entradas maiores, isso me faz sentir pesado, mais lento, mais velho", diz Assunção, que faz seu primeiro trabalho desde que deixou a novela "Negócio da China", em 2008, para se tratar da dependência de drogas.

E toda a caracterização precisa estar em sintonia com a época da minissérie. Na década de 40, nenhuma mulher usava maquiagem azul, por exemplo. "Um tom muito comum nessa época, que nós adotamos em 'Dalva', foi o amarelo, que hoje ninguém mais usa", diz Steen.

A figurinista de "Dalva" é a experiente Marília Carneiro, que fez os filmes "Se Eu Fosse Você 2", "Os Desafinados" e "Tempos de Paz", além da minissérie "Maysa". "Tentei chegar a um realismo máximo em 'Dalva', principalmente por causa de sua origem pobre e da vida sofrida que teve", diz.

Adriana Esteves tem, na minissérie, 92 peças de roupa. A maioria foi desenhada por Carneiro e por sua equipe de sete assistentes, mas uma parte foi comprada em brechós.

Para os momentos finais da minissérie, quando Dalva morre, o figurino dos personagens foi feito com cores frias. "No fim é tudo cinza, concreto, pálido. Como num hospital."

DALVA E HERIVELTO - UMA CANÇÃO DE AMOR
Quando: de amanhã a sexta-feira, depois de "Viver a Vida"
Onde: Globo (classificação: 14 anos)







LAST






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