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domingo, 22 de novembro de 2009

Manifestantes protestam no Rio contra visita de Ahmadinejad



22 de novembro de 2009 14h25 atualizado às 14h37



Cerca de 2 mil pessoas se reuniram neste domingo na praia de Ipanema, no Rio de Janeiro, para rejeitar a visita ao País do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, e pedir explicações ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por recebê-lo.

"Lula, explique a seu convidado o que são direitos humanos" e "negar o Holocausto é igual a negar a escravidão" foram algumas das frases exibidas nos cartazes dos manifestantes.

O protesto teve a participação das comunidades judaica e árabe, grupos afro-religiosos, coletivos homossexuais e vários civis insatisfeitos com o fato de que se ofereça uma recepção com todas as honras ao presidente do Irã, que chegará amanhã a Brasília.

Havia muitas bandeiras israelenses junto com a brasileira e a multicolorida do orgulho homossexual, além de camisas com escritos como "paz" e "que convidado é esse?".

A manifestação durou cerca de duas horas e percorreu grande parte da pista vizinha à praia, lotada em domingo ensolarado no Rio de Janeiro.

Os manifestantes usaram apitos para protestar contra Ahmadinejad e Lula, distribuíram panfletos, gritaram e dançaram, ao ritmo de percussão africana.

Também foi feito um minuto de silêncio em homenagem ao povo iraniano, que, segundo os presentes, é o que mais sofre com as "políticas discriminatórias" de Ahmadinejad. Os manifestantes ainda cantaram o hino brasileiro.

No final da concentração, os presentes soltaram balões brancos com palavras como "direitos humanos", "liberdade de imprensa" e "paz", que antes estavam em uma gaiola, que representavam as "vítimas" do regime iraniano, nas palavras dos organizadores.

Além da marcha no Rio, também foram convocadas concentrações de repúdio em Brasília, em frente ao Itamaraty, e em algumas outras cidades do País.

Ahmadinejad chegará amanhã à capital brasileira acompanhado de uma delegação de 200 empresários e se reunirá com Lula para tentar conseguir apoio ao polêmico programa nuclear iraniano



domingo, 22 de Novembro de 2009 | 12:02

Lula da Silva recebe amanhã Mahmoud Ahmadinejad

O presidente do Brasil vai receber amanhã, em Brasília, o presidente do Irão, com o objectivo de consolidar o papel do país, que ambiciona um lugar permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas, como mediador do conflito do Médio Oriente. O Governo brasileiro defende um diálogo com todas as partes.

Assim, depois das recentes visitas do presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, e do presidente israelita, Shimon Peres, Lula da Silva encontrar-se-á segunda-feira com Mahmoud Ahmadinejad, que nega o Holocausto, quer «apagar Israel do mapa» e desenvolve um programa nuclear que o Ocidente suspeita ser para a criação de armas atómicas.

O embaixador do Irão em Brasília, Mohsen Shaterzadeh, afirmou que Ahmadinejad chegará ao território brasileiro com uma comitiva de 280 pessoas, 150 das quais são empresários de diversos sectores, uma vez que estão interessados em comprar terras naquele país, para cultivar milho e soja para a produção de etanol, e consideram a possibilidade de construir siderúrgicas.

O Brasil, por sua vez, tem interesse em aumentar suas exportações para o Irão, que já duplicaram durante os dois Governos de Lula da Silva para 1,148 mil milhões de dólares (770 milhões de euros) em 2008, segundo dados do Ministério brasileiro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

Irã inicia cinco dias de exercícios de defesa

Imagem do canal oficial de televisão iraniano, transmitido em inglês, Press TV

Imagem do canal oficial iraniano transmitido em inglês Press TV mostra os exercícios

O governo do Irã iniciou neste domingo cinco dias de um grande exercício militar para simular ataques em suas instalações nucleares, segundo informações de autoridades do país.

De acordo com o chefe da defesa aérea do Irã, o brigadeiro general Ahmad Mighani, o objetivo é evitar o reconhecimento e ataques aéreos no país.

Mighani disse à imprensa estatal iraniana que o exercício vai cobrir uma área de 600 mil quilômetros quadrados e vai "mostrar a prontidão para combate do Irã e seu potencial militar".

"Devido às ameaças contra nossas instalações nucleares, é nosso dever defender as instalações vitais de nosso país", acrescentou o militar.

Outra autoridade do país, Mojhtaba Zolnoor, conselheiro do líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, afirmou que o governo iraniano vai retaliar com mísseis contra Tel Aviv, em Israel, caso o Irã seja atacado por israelenses.

"Se o inimigo atacar o Irã, nossos mísseis vão atacar Tel Aviv", teria dito Zolnoor de acordo com a agência de notícias oficial iraniana Irna.

'Aniquilados'

O comandante do braço aéreo da Guarda Revolucionária iraniana, Amir Ali Hajizadeh, também fez ameaças em declarações à agência de notícias iraniana Fars, afirmando que as defesas aéreas iranianas iriam "aniquilar" os aviões de guerra israelenses em caso de ataque.

"Os F-15 e F-16 (israelenses) serão capturados por nossas defesas aéreas e serão aniquilados", afirmou.

"Mesmo se os aviões deles escaparem e pousarem nas bases de onde saíram, suas bases serão atingidas por nossos mísseis terra-terra."

Estas manobras ocorrem no momento em que o governo iraniano está sendo pressionado devido ao seu programa nuclear, que, de acordo com países como Israel e Estados Unidos, visa produzir armas nucleares.

Imagem do canal oficial de televisão iraniano, transmitido em inglês, Press TV

Autoridades afirmam que exercícios visam evitar ataques aéreos contra o país

Os americanos e israelenses inclusive não descartaram a possibilidade de um ataque militar para evitar que o Irã desenvolva uma bomba nuclear. Mas o governo iraniano insiste que seu programa nuclear tem apenas fins pacíficos.

Acordo em dúvida

Os exercícios no Irã ocorrem dias depois de os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU - China, Estados Unidos, França, Grã-Bretanha e Rússia – e a Alemanha pedirem na sexta-feira que o Irã reconsidere a proposta de acordo da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) sobre o programa nuclear do país.

A proposta, apresentada no mês passado, prevê que 70% do urânio iraniano com baixo grau de enriquecimento seja enviado à Rússia e à França para ser enriquecido e transformado em combustível nuclear, a fim de ser usado no Irã.

Este processo iria evitar que o Irã enriqueça o urânio de uma forma que possa ser usado para a fabricação de uma bomba, de acordo com a ONU.

Mas o Irã rejeitou parte do acordo, pedindo mais garantias.

O Conselho de Segurança da ONU pediu que o Irã parasse com o enriquecimento de urânio e aprovou três rodadas de sanções contra o país - que cobrem o comércio de material nuclear além de restrições financeiras e de viagens.


Após visita ao Brasil, líder do Irã quer consolidar aliança com Chávez

Hugo Chávez e Mahmoud Ahmadinejad

Chávez e Ahmadinejad compartilham discurso "anti-imperialista"

Os presidentes da Venezuela, Hugo Chávez, e do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, dois dos principais críticos do governo americano, voltarão a se encontrar nos próximos dias para consolidar sua "aliança estratégica" e "anti-imperialista".

Ahmadinejad deve passar por Caracas depois de seu encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, previsto para a próxima segunda-feira.

Nos últimos anos, Chávez se converteu no principal aliado político do Irã na América Latina. Defensor da "construção de um mundo multipolar", além de compartilhar o discurso anti-imperialista com o governo iraniano, o presidente venezuelano considera o Irã um "aliado estratégico" para a consolidação do eixo sul-sul, tanto no âmbito político como econômico.

Na última semana, durante a visita do ministro de Relações Exteriores da Venezuela, Nicolas Maduro, a Teerã, para preparar a visita de Ahmadinejad, o presidente iraniano disse que as relações entre as "duas nações revolucionárias" é "necessária" neste momento.

Na última visita de Chávez a Teerã, em setembro, Ahmadinejad disse que "Irã e Venezuela compartilham a importante missão de ajudar as nações revolucionárias oprimidas, e de estender a frente anti-imperialista pelo planeta".

"Acabaram aqueles tempos em que os poderes arrogantes podiam influir nas nações revolucionárias", afirmou o líder iraniano.

Para o governo americano, a presença do Irã na América Latina, utilizando a Venezuela como porta de entrada, chegou a ser considerada como "inquietante" pela secretária de Estado americana, Hillary Clinton, quando avaliou, em maio, o aumento da influência de outros países na região. Na lista de preocupação de Washington também apareciam China e Rússia.

Energia nuclear

A Venezuela é um dos poucos países que tem defendido abertamente o programa nuclear iraniano, fortemente criticado por países ocidentais.

Na última visita a Teerã, Chávez afirmou que "não existe prova alguma de que o Irã construa uma bomba".

"Estamos convencidos de que o Irã, como demonstrou, não vai deixar seus esforços para conseguir o que é um direito de seu povo: ter equipamento e estruturas para fazer um uso civil da energia atômica", disse o presidente venezuelano.

Estados Unidos, Israel e países da União Europeia acusam o governo iraniano de ocultar um possível programa nuclear de caráter militar, para uma suposta aquisição de armas atômicas. O governo de Teerã nega as acusações e diz que seu programa tem fins pacíficos.

Aliados econômicos

Aliados na Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), Irã e Venezuela começaram a estreitar relações em 2000, quando Chávez visitou Teerã pela primeira vez.

Desde então, mais de 300 acordos de cooperação comercial e energética foram assinados e estão sendo implementados na Venezuela. A aliança entre os dois países vai desde a construção de casas e desenvolvimento industrial à cooperação energética.

A Venezuela se comprometeu, em setembro, exportar 20 mil barris de petróleo por dia ao parceiro, em um acordo da ordem de US$ 800 milhões. O Irã é o quarto maior produtor de petróleo do mundo, mas tem limitações em infraestrutura para o refinamento.

A aliança energética também fortalece o interesse venezuelano de reduzir sua dependência econômica dos Estados Unidos, principal comprador do petróleo da Venezuela.

Há duas semanas, ao anunciar a visita de Ahmadinejad, Chávez disse que seu colega, assim como ele, também "é atacado pelo Império".

"Nos acusam de exportar terrorismo, mas eles (os americanos) são os genocidas", atacou o líder venezuelano. "Nós queremos paz contra os que pretendem nos encher de violência e morte."









Lula acumula: -Aposentadoria por invalidez,aposentadoria de Aposentadoria por invalidez, Pensão Vitalícia de "perseguido político" isenta de IR, salário de presidente de honra do PT, salário de Presidente da República. Você sabia???

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