15 Set 2007 - 16h01min
A Justiça determinou em Campinas (SP) determinou a reabertura das investigações sobre o assassinato do ex-prefeito da cidade, Antonio da Costa Santos, o Toninho do PT, em setembro de 2001. A medida, no entanto, pode demorar pelo menos mais dois anos. O Ministério Público do Estado (MPE) decidiu recorrer da decisão, assinada pelo presidente do Tribunal do Júri de Campinas, José Henrique Torres.
Enquanto tramitar o recurso, a decisão fica suspensa. A família e os amigos sustentam a possibilidade de o crime ter tido motivação política e iniciaram neste sábado uma campanha para tentar convencer os promotores a não recorrerem, a fim de que novas apurações sejam feitas.
A decisão judicial recusou a denúncia do MPE. Os promotores sustentaram que o seqüestrador Wanderson de Paula Lima, o Andinho, já preso e condenado a mais de 100 anos por outros crimes, foi o autor do crime. Na decisão, Torres sustenta que faltam indícios para que se aponte Andinho e sua quadrilha como culpados. Segundo o juiz, foram apresentados "indícios frágeis, inseguros, contraditórios e contrariados".
Segundo o promotor Ricardo Silvares, o juiz "desconstruiu as provas" e a Polícia sequer terá o que investigar. Ele disse que não atenderá aos apelos da família de Toninho. "Essa história de reabertura é conversa para fazer boi dormir. Se esse juiz quisesse reabrir realmente o caso, ele já poderia determinar isso de uma vez, independetemente do nosso recurso. Agora, nós vamos recorrer sim, porque discordamos da decisão" - disse.
O juiz determinou que as novas investigações sejam feitas pela mesma Polícia Civil de Campinas, que em 2002, concluiu em um inquérito que o prefeito foi morto apenas porque atrapalhou, no trânsito, a fuga da quadrilha de Andinho. Na noite do crime, Toninho dirigia seu carro e, sem querer nem saber, estaria na frente dos bandidos, que irritados, lhe deram três tiros, segundo a Polícia. (das agências de notícias)
Sphere: Related Content
26/10/2008
Nenhum comentário:
Postar um comentário