Os pais e mães das supostas vítimas de pedofilia no município de Catanduva, no interior de São Paulo, cobram apoio das autoridades locais para sobreviver. Eles querem ajuda, por exemplo, para conseguir emprego, alegando que muitos foram dispensados do trabalho por causa das inúmeras vezes que tiverem de prestar esclarecimentos à polícia.
Mãe de uma das supostas vítimas de pedofilia, a auxiliar de cozinha Marci Soares contou à Agência Brasil que ficou desempregada em razão das várias vezes em que precisou ir à polícia falar sobre o caso. "O empregador não entendeu, assim como os patrões de muitos outros pais. Queremos emprego e esse encontro foi importante porque conseguimos mostrar isso', disse Marci. Ontem (21), ela participou de uma reunião com as autoridades locais, por quase quatro horas, para tratar do assunto.
De acordo com Marci, outra reivindicação apresentada pelos pais foi a do reforço no policiamento do município. "Continuo me sentindo insegura."
Os parentes das supostas vítimas de pedofilia também pediram que o atendimento psicológico seja individual. No momento, as crianças são atendidas em grupo. "Elas se sentiram à vontade e pediram também para criarmos um passeio para fazer com as crianças em um domingo", revelou a secretária de Educação de Catanduva, Tânia Aparecida Ribeiro Botós.
Segundo Tânia, a conversa foi positiva. "Estamos todos dispostos a trabalhar e curar as feridas dessas crianças. Conseguimos ouvir as mães e elas também nos entenderam."
Conforme a educadora, as medidas para atender as reivindicações, como consultas individuais com psicológicos, serão tomadas a partir desta semana. Ainda de acordo com ela, estão sendo analisadas outras propostas, como a de não transferir as crianças de escola. "Acho que criaríamos um outro problema. Temos que lutar para criar uma cultura de paz."
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